Fanfic: Enséñame

“Dulce: Sério professor? – á essa hora, todos os alunos já
estavam acordados. Eu irritada levantei-me de minha carteira e apoiei as mãos
sobre a mesa – Eu também não sabia que mandar o Alfonso, eu e o Christian
limpar a escola depois do término das aulas, também fazia parte do nosso
aprendizado! Que eu saiba viemos aqui para aprender notas de músicas, ter aulas
de canto e aprender a cantar sem desafinações, aprender a dançar, aprender a
tocar instrumentos... Pois pelo que eu saiba, isso é uma FACULDADE DE MÚSICA – enfatizei
as últimas palavras –, e não uma “empresa em que os empresários” – fiz aspas
com as mãos – mandam os funcionários limparem-na. Nesse caso, o senhor é um
professor, e não um empresário, e nós somos os alunos, e não os funcionários
que você manda limpar a escola por que teve antipatia com a gente. Faça-me o
favor, professor! – ao terminar de falar, os alunos me aplaudiram.

Todos: Apoiaaada, apoiaaada, apoiaaada! – eu sorri ainda
olhando para o professor, que estava extremamente irritado.

Prof. David: Eu não tenho antipatia por alunos, senhorita
Dulce María! Vocês estavam conversando, então... ahn, eu... bem, eu resolvi
fazer isso! – falou tentando procurar uma explicação, eu ri irônica.

Dulce: Procurando uma explicação, professorzinho? – falei
irônica e maneando a cabeça negativamente.

Prof. David: Ora, claro que não senhorita Dulce! Venha
logo, vamos já para a direção. – falou autoritário, eu não me mexi e o olhei
desafiadora.

Dulce: Claro. – percebi que todos os alunos se
surpreenderam com a minha atitude, com esse um mês na faculdade, já dava para se
dizer que eu não desistia fácil assim dos meus propósitos – Mas o senhor não
precisa levar-me, eu vou por livre e espontânea vontade. Terei o enorme prazer
de falar para o diretor desta prezada faculdade – eu falava com deboche –, o
que o senhor faz com os alunos que tem antipatia.”

Antes de mais alguma coisa, eu fui despertada pela Mai que
bocejava.

Dulce: Também dormiu? – perguntei coçando os olhos e
levantando meu rosto da carteira.

Maite: Arram! Vamos, o recreio começou. – concordei e nós
fomos até a mesa de sempre, onde nós quatro ficávamos. No caminho eu contei meu
sonho, e a Mai ficou rindo, eu também ri, por que chegava a ser engraçado.

Talvez se eu não estivesse com tanto sono, eu realmente
fizesse aquilo... Até por que, eu sabia que o errado da história era o
professor. Mas aquela parte dele ter nos mandado limpar o colégio, aquilo era
mentira, ele apenas nos mandava muitos deveres e só. Acho que, por todo o meu ódio
do professor, o sonho acabou generalizando.

Anahí me culpava de ter roubado o “Pollitozinho” dela. Eu não
tinha culpa se ele preferia ficar com nós, ao invés de ficar ouvindo as
futilidades de uma patricinha e os papos do mulherengo do Uckermann. Chegando lá,
o Pollito e o Poncho já estavam na mesa. Os cumprimentamos e nos sentamos junto
deles.

Dulce: E aí, falavam sobre o quê? – perguntei logo depois de
ter pedido um suco de laranja para a garçonete.

Maite: Um suco de morango, por favor! – pediu a garçonete.

Poncho: Falávamos de mulheres! – falou rindo junto com
Christian que tomava um gole de seu refrigerante. Mai revirou os olhos, junto
comigo.

Maite: Vocês só sabem falar nisso?

Poncho: Que é isso, Maizita! Claro que não!

Christian: Nós sabemos falar também de futebol, mulheres,
bebidas, mulheres, festas, mulheres, sexo...

Christian/Poncho: MULHERES! – falaram juntos e em coro. Eu e a Mai fizemos
careta.

Dulce: Tarados, sem-vergonhas... – falei ainda com a careta.