Fanfic: Enséñame

Dulce: Aqui é muito
bom... – falou observando o local.

Maite: Também
achei... – fazendo a mesma coisa que a amiga – Vou ali pegar um sorvete –
apontou para um carrinho de sorvetes –, você quer?

Dulce: Quero sim,
duas bolas de chocolate. – falou sorridente.

Maite: Ok... – e foi
até a barraquinha.

Dulce decidiu
passear um pouco, a praça era extensa e tinha vários locais. Famílias tinham
momentos felizes, faziam piqueniques, enfim... Passavam seu tempo juntos,
desfrutando uns ao lado dos outros. Dulce suspirou. Seus olhos já estavam marejados
vendo aquelas famílias lá, com seus filhos, divertindo-se, rindo, brincando.
Era tudo o que era queria ter desde sua infância cruel. Uma lágrima de dor
escorreu por seu rosto. Ela lembrava-se da maldita sala do orfanato, uma sala
vazia, solitária. Solitária, a sala era uma solitária. Fora lá que Dulce
passava a maior parte do seu tempo enquanto estava no orfanato, por causa das mau-criações.
Fora lá que ela ficava refletindo, “como seria ter pais?”, “como seria ter
gente que te ama?”, “como seria ter carinho, afeto?”, era tudo o que ela mais
queria. Sem comer, sem beber, sem fazer nada. Nem dormir ela conseguia naquela
maldita sala preta e sem luz. Sem perceber, Dulce já estava chorando. Por que
seu passado a atormentava tanto? Dulce chorava olhando para as famílias
conversando, felizes. Suspirou triste.

Dulce: Será que
algum dia, eu terei isso? – fechou os olhos com força, tentando conter as lágrimas,
mas elas continuavam escorrendo por sua face.

Perto dali,
Christopher, Anahí e Christian estavam no carro de Christopher. Eles estavam
passeando perto da praça que Dul e Mai estavam.

Christopher: E aí,
pra onde a gente vai? – falou com toda a atenção na pista.

Christian: Não
sei... o que você acha, Any? – falou virando a cabeça para trás, e olhando para
Any. Christian estava no banco do passageiro, ao lado de Christopher, e Any
estava atrás.

Anahí: Ah, não
sei... É de manhã ainda, não tem muito o que se fazer... – os dois concordaram –
Eu tou com uma louca vontade de comer sorvete! – ela riu da própria vontade.

Christopher: Tem uma
praça aqui... – falou apontando com o dedo para a praça.

Anahí: Vamos pra lá
então, lá deve ter uma barraquinha de sorvete... – falou esfregando a mão na
barriga e lambendo os beiços – Anda logo, Chris! Acelera isso, eu quero
sorvete! – falou birrenta.

Christopher: Calma
madame... – rindo da louca vontade de Any de comer sorvete.

Christian: Ei
pessoal, aquela ali não é aquela garota?

Christopher/Anahí:
Qual? – perguntaram sem prestar atenção.

Christian: Aquela
ruiva... – falou apontando para Dulce, que estava parada com as mãos no bolso,
ainda observando as famílias a sua frente. Ela estava parada em frente a uma
poça d’água, Anahí logo sorriu maliciosa.

Christopher: O que
está aprontando Any? – perguntou sorrindo também, a olhando pelo espelho do
carro.

Anahí: Que tal
molharmos um pouco a donzela? – falou maliciosa.

Christian: Demorou!
Pisa no volante Chris! – mandou sorrindo. Christopher por algum motivo, mesmo
estando com um sorriso no rosto, não estava muito satisfeito a ter que molhar a
bela garota ruiva, a quem ele odiou desde o primeiro minuto. O carro chegou
mais perto, Dulce nem percebia o carro, só sentia as lágrimas de dor invadirem
seu rosto. Ela nem sequer conseguia afastar a visão sobre aquela cena tão
bonita, em família.

Christian observou
Dulce pela janela do carro, o carro já estava bem próximo, Christopher dirigia
lentamente para depois acelerar, molhando Dulce por inteira. Christian olhava
para o rosto de Dulce, tinha alguma coisa errada. Ele percebeu que o rosto de
Dulce estava molhando, e algumas lágrimas escorriam. Mesmo o rosto da mesma
estando virado, dava para perceber que ela tinha e estava chorando.

Christian: Pára
Christopher... – pediu ainda olhando pela janela, Christopher e Any
estranharam, mas Christopher não havia parado – Eu disse pára, porra! – falou
com raiva, agora olhando para eles. Christopher parou o carro.