Fanfic: Enséñame

Dulce estava suando. Sua testa estava molhada,
seu pescoço também, de suor. E ela se retorcia, como se tivesse um pesadelo.
Christopher logo parou de franzir as sobrancelhas assim que colocou a mão na
testa de Dulce. Arregalou seus olhos e logo correu para a porta, destrancando-a
(só pra constar bebês, o Chris ainda tá de calça!) e vendo Anahí, Maite e
Poncho no corredor, andando de um lado para o outro, preocupados. Assim que
eles viram Christopher correram até ele.

Christopher: Pelo amor de Deus, Any e Mai, a
Dulce tá queimando de febre. – em um piscar de olhos, Any e Mai já haviam
corrido para dentro do quarto.

Poncho: A Dul? Queimando em febre? O quê... mas
como? – tentou entrar no quarto, mas Christopher impediu.

Christopher: Não Poncho, fica aí... ela... ela...
– Poncho fez sinal pra ele continuar – Ela tá só com roupas... íntimas.

Poncho: Uou! Mas então, vocês... - coçou o queixo
tentando achar as palavras.

Christopher: Não, a gente não transou. –
deixou-se cair no chão, sentado e encostado na parede, ele estava do lado da
porta. Poncho agachou-se e sentou-se do lado de Christopher.

Poncho: Mas então... o que houve? – perguntou com
a testa franzida – Só fala se quiser! – levantou as mãos, mas logo depois as
baixou. Christopher deu um risinho e puxou ele pra dar um abraço.

Christopher: Claro que não, mano, você é meu
brother! – Poncho sorriu – Mas antes... cadê o “mentecapto” – fez aspas com as
mãos – do Christian? – eles riram.

Poncho: Tá dormindo! – revirou os olhos – Sabia
que ele fala coisas enquanto dorme? Eu fui acordar ele e ele tava falando umas
coisas muito tensas... sobre a Mai. – cara de ‘G.G’. Logo depois eles riram, e
depois de uns segundos der silêncio, Christopher se pronunciou.

Christopher: Sinceramente, nem eu sei o que
aconteceu...

Poncho: Hum? Como assim? – perguntou confuso. Christopher
suspirou.

Christopher: A gente... a gente... tava tudo indo
as mil maravilhas! Mas, de repente, ela começou a chorar e me empurrou e... eu
não sei... Ela... ela ficou fora de si, não abria os olhos e gritava pra mim
sair de perto dela, para não tocá-la... A princípio eu pensei que eu havia a
machucado, e... desesperei-me, tentei tocá-la, mas ela gritava e se debatia. Então
a agarrei a força, e depois de um tempo, não sei, acho que ela me reconheceu
porque sussurrou meu nome e se agarrou mais em mim. Sem nunca abrir os olhos...
Acabei colocando-a pra dormir, e... foi aí que eu percebi que ela queimava em
febre. E foi por isso que eu saí do quarto... então... é isso. – suspirou novamente.

Poncho: Nossa cara, mas você não tem a mínima ideia
do que aconteceu não? – perguntou triste.

Christopher: Não... – falou cabisbaixo. E só aí
Poncho se lembrou.

Flashback (ponto de vista do Poncho)

Eu havia acabado de sair de casa, era sábado de
manhã, e eu gostava de caminhar um pouco. Era bom sentir o cheirinho que as
folhas das árvores tinham. Fiquei caminhando durante uns quinze minutos, mais
ou menos. Até que, eu ouço um barulho. Acho que era uma voz de uma mulher. Revirei
os olhos pra mim mesmo.

Poncho: Já tá alucinando, Alfonso? Tá ruim, hein!

Bufei e continuei caminhando, e o barulho ficava
mais e mais alto. Vi um galpão e me aproximei de lá, assim que cheguei mais
perto, constatei que o barulho vinha de lá. E o barulho... eram vozes... ou
melhor, eram gritos... e de mulher... e... Oh meu Deus! Era a voz da Dulce! Não
pensei em mais nada, só o que eu sei era que, quando eu me dei conta, já estava
correndo em direção à entrada do galpão.

Poncho: SOLTA ELA, SEU INFELIZ! – gritei tremendo
de raiva ao ver a cena. Como ele ousava fazer aquilo com a minha maninha? Eu
parti para cima do homem, enquanto Dulce pegava suas roupas e as vestia, apressadamente – CORRE DUL,
CORRE! – eu mandei e ela correu.

Fim do Flashback