Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)
- Pare, canalha!
Em
vez de obedecer ao grito do guarda que o perseguia, Alfonso Herrera caminhou
pela ala entre os bancos, as correntes se arrastando, os olhos fixos no rosto
assustado da Portilla, Anahí Portilla... Annie. Que volta amaldiçoada do destino
transformara a mais doce lembrança de sua juventude na nêmesis do presente?
Três guerreiros dela o haviam
atacado esta manhã enquanto dormia ao lado da fogueira de seu
acampamento. Nas horas seguintes, perdera a noção do quanto fora agredido,
os diversos episódios de espancamento se transformando num só poço de dor.
Fora
esmurrado no rosto tantas vezes que não sabia se seu nariz tinha
sido quebrado. O olho esquerdo estava tão inchado que não conseguia abri-lo, a visão do direito era embaçada. Mas reconheceu o
guerreiro grisalho ao lado de Anahí como o líder do grupo que o
atacara. Gostara muito de chicoteá-lo depois que os dois
mais jovens o haviam amarrado.
Chegou
até
o cordão de veludo que separava a plataforma exatamente
quando sentiu uma onda de tontura. Um pé pesado o atingiu na parte
traseira do joelho, fazendo-o cair.
O
velho guerreiro olhou para ele, a expressão gelada.
-Alfonso Herrera, milady, irmão mais moço do chefe do clã. O prisioneiro aguarda
suas ordens.
Um
arquejo coletivo ricocheteou pelo teto alto e as paredes de pedra do hall.
Vozes murmurantes repetiam-lhe o nome de novo e de novo, as palavras ecoando
dentro de sua cabeça no mesmo ritmo da dor pulsante.
Alfonso...
Herrera, Herrera, Herrera...
Uma
voz suave se ergueu:
- Minhas ordens, se me lembro bem, eram de
ele não fosse ferido, não tivesse nem mesmo um fio
de cabelo arrancado. No entanto, ele parece ter sido massacrado. Qual é o significado do desafio às minhas ordens,
trazendo-o para mim assim?
Ela
o defendia! Contra toda a probabilidade, Alfonso sentiu o coração bater mais. Forçou-se a recuperar os
sentidos, lembrando-se que esta suposta defensora fora a mesma bruxa sem coração que ordenara seu seqüestro.
- Sábias palavras, milady. - Uma bota em suas costas o
impediu de se levantar, mas ele juntou as mãos, lutando para ignorar
as juntas inchadas dos dedos e os grilhões que lhe machucavam os
pulsos. - Qual é o significado de tudo
isso?
Sabia
que era um idiota por falar, mas o que era mais um golpe?
- Fui trazido como um cativo, seqüestrado nas terras do meu
clã,
embora não tenha insultado ninguém nem feito nada errado.
Seu
nariz não podia estar quebrado porque sentia o perfume de
primavera, uma lembrança de tantos anos atrás. Flores de cerejeira
misturadas com alguma erva familiar de que não se lembrava o nome, mas
que estava muito ansioso para provar.
- Para um prisioneiro, você tem uma língua muito ousada - disse Anahí.
Alfonso
ergueu a cabeça dolorida... e ficou sem fôlego. A garganta seca
como poeira, ele umedeceu os lábios feridos.
- E você, Lady, tem um rosto
bonito demais para uma laird.
Era
verdade. Olhos verdes brilhantes cercados por cílios longos o observavam.
Vista de perto, sua compleição era cremosa, a testa
alta e lábios cheios, feitos para beijar. Uma echarpe fina
de linho branco, enfeitada com uma fina corda dourada, cobria-lhe os cabelos cor de cobre, os longos
cachos apertados numa única trança que lhe chegava à cintura e era grossa como
seu braço.
Imaginou-se
enrolando aquela trança na mão e puxando-a para ele até seus lábios se encontrarem e seus
corpos se fundirem e sentiu seu sexo despertar. Pesado, firme, e dolorido, era
a Única
parte do corpo que ainda funcionava sem dor.
Abaixou
as mãos acorrentadas para esconder a excitação. Ao mesmo tempo, pulou
de novo no fogo do perigo quando deixou o olhar escorregar pelo corpo dela. A
bonita e rechonchuda menina de sua lembrança se tomara uma adorável e esguia mulher. Era
alta, quase tão alta quanto ele, e seu vestido verde era
simples, sem enfeites. A roupa larga insinuava braços fortes e esguios, seios
maravilhosamente cheios e uma cintura fina, circundada por um cinto onde
estava pendurado um grosso molho de chaves. Perguntou-se se uma delas seria seu
caminho para a liberdade. Suspeitava que sim.
Ouviu
um pigarro.
- As leis das escrituras afirmam que a justiça se faz com olho por
olho, dente por dente. - Dirigia-se a ele e seu olhar era frio como o
gelo. - Por causa de seu irmão, meu marido e meu bebê estão enterrados. Seu irmão, Ucker, me deve uma
vida, Alfonso Herrera, duas vidas para ser exata, e pretendo receber a dívida de você.
- Meu irmão não teve participação na morte do seu marido,
juro pela minha honra.
Enquanto
defendia a inocência de Ucker, Alfonso apreendeu o significado
pleno do que ela dissera. Sangue de Deus, pretendia matá-lo! Presumira que fora
feito prisioneiro para um pedido de resgate, mas não era assim. O pânico o dominou, sua força muito superior a
qualquer golpe físico que recebera.
Cenas
de seus 22 anos de vida lhe passaram pela mente. Descobriu-se lamentando não o que fizera, mas o que
jamais poderia fazer agora. Viajar pelo mundo, ensinar seu futuro filho a
pescar, beijar Anahí Portilla como gostaria.
Depois
do abraço desajeitado que partilharam como crianças, passara os anos
seguintes esperando uma oportunidade para abraçá-la e beijá-la como devia ser. Quanto
tempo teria antes que o matasse? Não poderia viajar nem
procriar, mas ocorreu-lhe que pelo menos um último desejo podia ser
atendido.
- Sua honra - disse ela com desdém. - A honra de um Herrera não tem valor nesse hall,
senhor.
- Nesse caso, Lady, entrego-me à sua terna misericórdia. Peço apenas que me conceda a
morte de um guerreiro e mande aquele grandalhão ali... - fez um gesto com o queixo
em direção ao homem grisalho ao lado dela - cortar minha cabeça com uma espada, como é adequado à minha posição. - Depois de tudo o que
sofrera, ser sujeito ao estripamento ou à morte na fogueira parecia
muito injusto.
- Cortar-lhe a cabeça? - Os olhos verdes se
abriram e os lábios luxuriosos, que esperava beijar, se abriram,
como se dessem passagem para sua língua.
Ignorando
o pulsar dentro da cabeça, acenou.
- Sim, mas, antes disso, faço um apelo. Um beijo nos lábios de mel de milady e
irei até são Pedro com um alegre
cumprimento.
Os
cantos da boca atraente se moveram de leve, o mais próximo que ela chegara de um
sorriso.
- Você é um canalha, Alfonso Herrera,
e provavelmente merece ser esquartejado por todos os corações que destruiu.
Esquartejado...
bom Deus, que mulher sanguinária! O beijo teria que ser
o melhor de sua vida, longo e profundo, enquanto ainda tinha todas as suas
partes masculinas.
- Primeiro vamos àquele beijo, milady.
hei comentem ok!
continuo ou não?
Autor(a): annytha
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gracias pelos comentários, fiquei super contente em saber que querem que continuo com essa web, juro que é umas das melhores. Começou a se erguer para reclamá-lo. A cabeça zonza, lutou para se equilibrar no chão de pedra, mas a sala rodou, o chão desapareceu e estrelas brilharam na escuridão que o envolveu. Obs ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37
maaiissssssssss posta maiiiisssssss
to adorando essa web -
mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12
Posta maisssssss
-
mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25
postaaaa
-
mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47
Sou leitora nova!
Estou amando sua web!!! Posta maissssss. -
ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03
POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA
PEDRO MALDITO AFF¬¬' -
ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]
morri loucamente...
como vc para assim?
POSTA -
rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45
AINDA TOU ME ATT NA WEB
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
poosta +++++++++++++++++ -
liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08
uh adorei , muito quente.bjs
-
ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50
KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'