Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)
Então ele se lembrava de seu
pacto de noivado. Um nó invisível fechou a garganta de Anahí.
Ternas emoções, que achava trancadas junto à flauta que ele lhe dera,
a dominaram. Seu encontro de conto de fadas também significara alguma coisa
para ele.
Começou a se aproximar, mas a mão de Pedro lhe segurou o
cotovelo.
- Ele fala por enigmas, milady. Com sua
permissão, mandarei removê-lo para o calabouço até que esteja em condições de ser trazido à sua presença.
Anahí
se livrou da mão dele.
- Você não fará nada disso. Lorde Alfonso
não
é
um criminoso comum, mas um refém nobre. Não irá para o calabouço, mas para um quarto
adequado à sua posição. Mande carregá-lo porá o quarto do laird, meu quarto, e garanta que desta vez seus homens façam como eu mandei e sejam
gentis.
Uma
hora depois, Anahí dirigiu-se ao quarto do laird, um cálice numa das mãos, uma vela na outra.
Pendurada no braço levava a cesta com os bálsamos especiais de
Milread. Mandara a velha ama cuidar de Alfonso e dar-lhe banho. Foram estritamente
proibidas menções a galhos de aveleiras, pétalas de rosa ou amor
verdadeiro.
Seus
passos se tornaram mais lentos quando se aproximou do quarto. Nos últimos dez anos,
lembrara-se de Alfonso Herrera como um menino esguio, com olhos claros como
cristal e um sorriso bem-humorado. Os olhos não tinham mudado, mas tudo
o mais era completamente diferente.
O
Alfonso Herrera esperando por ela era um homem extremamente atraente e belo,
com quem logo teria relações sexuais, se seus ferimentos não o tivessem tornado
incapaz.
Um
guarda estava do lado de fora da porta. Reconheceu-o como Seamus. O jovem
guerreiro não tinha parentes, mas Pedro jurava que era um de
seus guardas mais confiáveis e um hábil lutador. Mesmo assim,
seu queixo longo e pontudo, os olhos vivos e estreitos e o rosto marcado por
cicatrizes a fazia se lembrar de um rato.
Ele
lhe fez uma mesura.
- Boa noite, milady. Lorde Pedro me mandou
guardar o prisioneiro e a... senhora.
A
entrada inesperada de Alfonso no grande hall, enquanto o tribunal estava em
sessão, atrapalhara sua intenção original de mantê-lo confinado em segredo
até
seu plano dar... frutos. Agora, todo o castelo sabia que fora levado
para seus aposentos particulares.
As
sombras do começo da noite escondiam o rubor que lhe cobria o rosto.
Grata, acenou.
- Compreendo.
- Durma bem, milady. - Segurou a porta para ela
entrar, o olhar passando-lhe pelo corpo e a boca se entortando num sorriso
malicioso.
Dizendo
a si mesma que a culpa a fazia imaginar coisas, Anahí entrou e fechou a porta.
O quarto estava na escuridão, aliviada apenas pelo
brilho do fogo na lareira e das velas acesas em suportes nas paredes. Seu
olhar dirigiu-se para a cama... e para a forma escura que estava deitada ali,
acorrentada. Ah, Alfonso...
Grilhões de ferro lhe prendiam
os punhos, a cabeceira entalhada servindo como âncora para as pesadas
correntes que lhe mantinham os braços poderosos erguidos bem
alto acima da cabeça. Vendo-o assim, seu coração apertou, o remorso
atingindo-a como uma dor física. Se apenas fossem livres
para cumprir seu voto do dia da feira, dez anos atrás, poderiam estar juntos
como marido e mulher, de braços e vontades livres e os
corações cheios de alegria, em vez desse arremedo de união forjada por vingança e dor.
Foi
até
a arca nos pés da cama e parou, olhando-o. Apesar das sombras
no quarto, imaginou que Alfonso lhe seguia os movimentos com os olhos.
Ordenara
que o despissem para o objetivo prático de cuidar de seus
ferimentos. Até agora, não pensara em como se
sentiria ao exibir o corpo, que considerava feio. Alta, seios e quadris amplos,
não
era a menina bonita e rechonchuda que havia se aninhado tão bem no corpo magro e
juvenil de Alfonso.
Mas
não
eram mais crianças, nem amantes, nem mesmo amigos. Uma onda de
tristeza a invadiu. Ignorando-a, pôs a vela, a cesta e o cálice sobre a escrivaninha.
Removeu a touca com o véu. Sob ela, seu cabelo estava preso numa única e longa trança. Pensou brevemente em
desfazê-la, como fizera na noite de núpcias, mas desistiu.
Lembrar aquela noite horrível poderia ser um mau sinal.
Autor(a): annytha
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Soltou a longa manta de lã do seu clã e deixou de lado a extensa peça, junto com o broche onde estava gravado o timbre do clã, os chifres de um touro e a divisa em latim, Segure Firme. Olhou de novo para a cama. Ele não havia se movido, talvez estivesse dormindo. Com dedos desajeitados, desfez os laços na frente do vestido ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37
maaiissssssssss posta maiiiisssssss
to adorando essa web -
mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12
Posta maisssssss
-
mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25
postaaaa
-
mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47
Sou leitora nova!
Estou amando sua web!!! Posta maissssss. -
ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03
POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA
PEDRO MALDITO AFF¬¬' -
ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]
morri loucamente...
como vc para assim?
POSTA -
rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45
AINDA TOU ME ATT NA WEB
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
poosta +++++++++++++++++ -
liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08
uh adorei , muito quente.bjs
-
ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50
KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'