Fanfics Brasil - O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: 13? Capítulo

490 visualizações Denunciar



Soltou
a longa manta de lã do seu clã e deixou de lado a
extensa peça, junto com o broche onde estava gravado o timbre
do clã, os chifres de um touro e a divisa em latim, Segure
Firme.
Olhou de novo para a cama. Ele não havia se movido, talvez
estivesse dormindo.


Com
dedos desajeitados, desfez os laços na frente do vestido e
tirou-o. A modéstia a impediu de tirar a camisa de linho fino,
que descia até os tornozelos. Tirou também a corrente com o anel do
selo e guardou-a na gaveta.


Dobrou
as roupas cuidadosamente e deixou-as numa pilha nobre a cadeira e, quando
terminou, suas mãos estavam úmidas e trêmulas.


Pegou
novamente o cálice e a cesta e foi até a cama. Debru­çou-se e sussurrou:


- Alfonso, está dormindo?


Os
olhos dele estavam fechados, os cílios longos lançando sombras sobre as
faces. Ou a brutalidade com que fora tratado o fizera desmaiar ou estava
fingindo, porque nem piscava.


Com
a pele em fogo, passou os olhos pelo corpo dele, nu exceto por uma estreita
tira de linho sobre seus quadris. Mesmo marcado por cortes e hematomas e linhas
de um louro forte, era impossivelmente belo. Ombros largos e cintura e quadris
es­treitos, a pele pálida se esticava sobre músculos bem formados, ossos
longos, fazendo-a se lembrar de uma estátua entalhada em mármore ou alabastro.


Recuou
um passo, sentindo uma estranha pulsação entre as coxas. Pelo
menos uma de suas ordens fora obedecida, estava limpo. A pele suada tinha o
perfume do sabão de alecrim e menta, feito por Milread, além de um cheiro peculiar
que era nó dele, como o aroma do ar logo depois de uma chuva
de primavera.


Milread
lavara-lhe também os cabelos. O travesseiro sob sua cabeça estava úmido e os cachos negros
brilhavam como ébano polido, um deles caindo sobre a testa e
cobrindo-lhe o olho in­chado e fechado.


Tomada
por uma onda súbita de ternura, Anahí estendeu a mão para afastá-lo. Alfonso abriu de
repente o olho bom e fixou-o nela.


- Veio tripudiar, milady?


Ela
pulou para trás.


- Você me assustou.


- Verdade? - A sobrancelha sobre o olho
bom arqueou. - Vai me perdoar se acho isso um pouco difícil de aceitar.


Presa
no brilho do olhar da cor do raio de luar, Anahí sen­tiu a respiração presa nos pulmões. Mesmo marcado pelos
feri­mentos, seu rosto fino era uma obra-prima de beleza masculina. Deixou o
olhar se demorar sobre a testa alta, o nariz firme e aquilino, a boca cheia - aquela mesma boca que lhe
dera seu primeiro beijo tantos anos atrás -, e sentiu uma forte
umidade entre as coxas.


Constrangida
pela reação do corpo, pôs a cesta sobre a cama e
segurou o cálice.


- Trouxe-lhe uma bebida. - Hesitou e então se sentou per­to dele, o
quadril roçando-lhe o lado do corpo.


Ele
olhou com desconfiança para o cálice.


- O que é isso?


- Uma bebida curativa. - Vendo a pergunta nos
olhos, ex­plicou: - Vinho quente misturado com pequenos pedaços de pão, açúcar, ovos e especiarias
para dar sabor. É uma receita inglesa. Minha ama me ensinou a
fazer. Com isso você descan­sará e se alimentará.


- Com certeza é para me envenenar. - Cerrou os lábios in­chados, belo mesmo
assim, e balançou a cabeça morena. - Não vou beber nem uma gota.
Se pretende me assassinar, então cometa o crime
abertamente, como deve fazer um laird. Veneno é
arma de
covardes... e de mulheres.


Sua
expressão desdenhosa indicava que, para ele, os dois eram
iguais.


Debruçando-se sobre ele, Anahí
se descobriu lutando con­tra o riso. Passou o braço sob o pescoço dele para erguê-lo e comprimiu a beira do
cálice
nos lábios inchados.


- Se o quisesse morto, Alfonso Herrera, já o teria matado há
muito tempo.
Portanto, beba.


No
fim, a fome e a sede foram maiores que o orgulho, e ele bebeu, de leve a princípio, depois com ansiedade,
em grandes goles. Anahí sentiu uma pontada de culpa, mas sufocou-a, sa­bendo
que, apesar das lembranças doces daquele dia na feira, Alfonso Herrera era
seu inimigo. O crime do irmão assim o tornara e não só partilhavam o mesmo
sangue, mas, como gêmeos, ti­nham partilhado também o útero da mãe. Além das necessida­des de
abrigo e sustento, não merecia consideração.


Repousou-lhe
a cabeça no travesseiro e então, deixando de lado o cálice vazio, pegou a cesta.
O olhar dele seguia cada movimento que fazia. Tirou o jarro com o bálsamo especial de Milread.


Retirando
a tampa, Anahí advertiu:


- Isso pode arder um pouco, mas vai diminuir a dor.


- O que é isso?


- Não é veneno, se é com isso que está preocupado.


Ela
mergulhou dois dedos no jarro, tirou-os com o bálsamo e mostrou-o.


- Uma mistura de ervas e outros ingredientes para
curar ferimentos.


Ele
cheirou, uma sobrancelha escura se erguendo de novo.


- Não me diga que também é uma curandeira?


Ela
balançou a cabeça. Mantendo o toque leve,
começou a passar o bálsamo nos ombros.


- O que sei sobre ervas e coisas assim aprendi com
minha ama. Os remédios dela incluem tudo, desde amuletos contra mau-olhado
até
poções
de amor... para jovens tolas - acrescentou, sem querer
que ele pensasse que ela procurava coisas tão idiotas.


- Poções de amor? Há alguma nessa cesta? - Olhou-a com ceticismo.


O
rubor cobriu o rosto de Anahí e ela sacudiu a cabeça.


- Não, não desejaria a maldição do amor para meu pior
inimigo.


Ele
deu de ombros, depois se encolheu como se o movimento lhe causasse dor.


- Então, o que quer de mim? Se é resgate, precisa saber
que meu irmão prefere ver minha cabeça no alto de um poste a se
separar de uma só moeda.


Ela
tampou o jarro, colocou-o dentro da cesta e afastou-a; erguendo o olhar para
ele, disse:


- Não é resgate que quero, mas
paz... e um bebê. Uma criança com nosso sangue poderá acabar com o ódio entre os clãs mais certamente do que
qualquer tratado. Para isso, Alfonso Herrera, você foi trazido aqui.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  Mesmo com as sombras lhe cobrindo o rosto, o choque que Alfonso sentiu era evidente. - Você mandou me seqüestrar para eu servi-la como um garanhão serve uma égua no cio? Você deve estar louca, milady. Seria a idéia de fazer sexo com ela tão odiosa para ele? Anahí se encheu de vergonha, o rubor cobrindo-lhe ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais


Ad Blocker foi detectado!

Nós utlizamos anúncios para manter nosso site online

Você poderia colocar nosso site na lista de permissões do seu bloqueador de anúncios, obrigado!

Continuar