Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)
Voltou
a se sentar no banco. Temendo que Milread pudesse usar seus poderes e ver o que
pensava com seu invisível "terceiro olho", desviou dela o
olhar.
- Que diferença pode fazer, para um bebê ainda não concebido, o meu prazer
ou o de Alfonso?
- Se ele der sua semente voluntariamente, o fruto
que crescerá em seu útero será bom.
O
coração de Anahí apertou. Só agora admitia que procurara
Milread na esperança de ela lhe dar uma poção do amor ou, pelo menos,
um afrodisíaco para fortalecer o desejo de Alfonso.
Mas
a velha não parecia inclinada a oferecer nenhum dos dois e
Anahí era orgulhosa demais para pedir. Tentou pensar em algum remédio simples que
conhecesse, mas nada lhe pareceu adequado. Além disso, não era a potência dele que precisava de
remédio,
mas sim seu desejo.
A
voz áspera de Milread lhe interrompeu os pensamentos,
mais uma vez respondendo a perguntas que Anahí não fizera.
- A chave para conquistar o Herrera não está em poções ou encantamentos, mas
nos poderes femininos que você tem.
- Você fala por enigmas.
- Não, criança, é seu orgulho que não a deixa compreender.
Para seduzir-lhe o corpo e suavizar-lhe o coração, precisa primeiro
brincar com ele.
- Brincar com ele?
- Sim, brincar com ele e permitir que ele também brinque com você. O sexo não precisa ser sombrio. Brinque
como se vocês ainda fossem crianças. Não foi assim que vocês se conheceram,
brincando, soltos e... livres?
Seria
a menção à liberdade uma insinuação às correntes que prendiam
Alfonso? Se fosse, concordava que Milread podia ter razão. Grilhões de ferro não eram o meio certo para
conquistar boa vontade. Lembrando-se dos pulsos feridos, sangrando, sentiu-se
intensamente culpada.
E,
no entanto, Alfonso tinha um corpo poderoso e estava furioso com ela. Se lhe
libertasse as mãos, o que o impediria de estrangulá-la? Duvidava que fosse
capaz de assassinar uma mulher, mesmo ela, a sangue frio, mas, depois que a
dominasse, poderia tomá-la como refém.
Antes
de pedir mais respostas, Dulce entrou na horta, carregando Alasdair. Usava um
avental branco engomado sobre o vestido amarelo.
- Oi, Dulce, como está?
Anahí
observou-a, vendo como era realmente bonita, miúda e loura, com uma testa
alta, olhos de um azul-violeta e uma boca perfeita, como um botão de rosa. Fazia-a se
lembrar da própria boca, larga demais, os lábios cheios demais, e
sentiu inveja. Acorrentado ou não, Alfonso certamente não pensaria duas vezes em
aceitá-la. E Dulce também era conhecedora das
artes eróticas, o que tornava Anahí ainda mais inadequada.
Alfonso devia ter achado patéticos seus esforços desesperados e desajeitados
para lhe dar prazer.
O
rosto ruborizado, Dulce parou de andar.
- Estou bem, milady. Mas, perdoe-me, não tive a intenção de perturbá-la. Alasdair ainda não parou de mamar e pensei
em me sentar ao sol para alimentá-lo.
Começou a recuar para o portão e Anahí disse:
- Fique, você não incomoda.
Milread
completou:
- Sim, fique, senhora, precisamos de suas
habilidades. Dulce parou.
- Minhas habilidades? Milread se aproximou.
- Sim, na arte do amor.
Ondas
de vergonha tomaram Anahí. Estendeu a mão e segurou a manga da
velha, tentando lhe pedir discrição. Tivera de enfrentar o
olhar malicioso do guarda, Seamus, duas vezes na noite anterior e se sentira
muito humilhada. Não queria que toda a criadagem do castelo também zombasse dela pelas
costas.
Milread
puxou a manga e se sentou no banco, fazendo um gesto para Dulce se acomodar do
outro lado de Anahí.
- Sente-se, senhora, precisamos de seus conselhos.
Dulce
hesitou, então se juntou a elas no banco. Alasdair não gostou e ela o pôs no chão, para brincar. Milread
foi diretamente ao ponto.
- Temos um problema. Para acabar com o feudo com os
Herrera, milady precisa ficar grávida de um filho de
Alfonso Herrera enquanto ele é prisioneiro. Ela, até agora, não obteve sua semente de
boa vontade.
Dulce,
nervosa, olhou para Anahí, então baixou o olhar para as
próprias
mãos,
que descansavam em seu colo.
- Sim, já ouvi falar.
Ainda
não
era meio-dia e todos já falavam. Embora fosse Alfonso o prisioneiro,
mantido nu em correntes, Anahí se sentiu como se ela é que tivesse sido
desnudada. Incapaz de encontrar o olhar das duas mulheres, Anahí olhou para os
pés,
grandes como o resto dela. Se fosse delicada, bonita e pequena como Dulce,
tinha certeza de que o sexo com Alfonso teria sido mais fácil e melhor. Mas não podia mudar seu rosto,
ou seu tamanho ou seus cabelos
vermelhos.
Para
fazer Alfonso desejá-la, precisaria de um pouco de ajuda das amigas.
Olhou
de lado para Dulce e percebeu seu rubor, mas ela não desviou o olhar. Debruçando-se, Dulce dividiu sua
atenção entre Milread e Anahí.
- Não sei o que querem saber,
mas qualquer conhecimento que tenho dividirei com alegria.
Milread
falou pelas duas:
- Bem, para começar, talvez possa
aconselhar milady sobre o que um homem mais gosta de ver numa mulher.
Dulce
pensou um pouco e, virando-se para Anahí, passou os olhos por seu rosto e
cabelos.
- Bem, a senhora tem cabelos adoráveis, milady, mas
poderia usar um penteado diferente.
- Dessa maneira ele não cai no meu rosto quando
desempenho minhas tarefas.
Milread
lhe deu uma cotovelada.
- Não é com seus dias que
precisamos nos preocupar, mas com suas noites.
- Sem dúvida é muito prático para o dia, como a
senhora diz. Mas, na minha... experiência, homens gostam de
passar os dedos pelos cabelos de uma mulher.
Anahí
perguntou:
- O que você sugere?
Dulce
estudou-a, depois levou a mão à trança e desmanchou-a,
penteando as mechas com os dedos, e disse:
- Talvez nós possamos fazer uma trança fina e enrolá-la como uma pequena
coroa, deixando o resto do cabelo longo e solto.
Era
claro que o "nós" se referia a Dulce. Nem Milread nem Anahí
sabiam fazer penteados.
Na
época
que deveria começar a se interessar por coisas como cabelos, roupas
e cosméticos, sua mãe já estava morta. Sem ninguém para ensiná-la, chegara à idade adulta sem conhecer
as artes femininas. Agora lhe ocorria que perdera uma parte importante de ser
mulher.
Lembrou-se
das palavras de Milread: Você já sabe o que significa ser
uma laird.
É hora de seguir em frente e ser uma mulher.
Seria
possível despertar a paixão num homem tanto quanto
seu respeito? No passado, achara que devia escolher entre um e outro. Casara-se
com Derrick porque fora a escolha de seu pai. Dizia a si mesma que sexo era um
meio para um fim, nada mais, porém, depois de fazê-lo com Alfonso, não tinha tanta certeza.
Conceber um filho ainda era o resultado que buscava, mas estava começando a suspeitar que o
prazer, e muito prazer, podia ser obtido com o ato. Apesar de sua inexperiência, sentira na noite
anterior que tivera apenas uma pequena porção do que devia ser um
banquete, se encontrasse um meio de tornar Alfonso tão faminto por ela como era
por ele. Precisava que ele a visse não como carcereira, nem
como a menina de quem se lembrava, mas como mulher.
Autor(a): annytha
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Comentários da Fanfic 69
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bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37
maaiissssssssss posta maiiiisssssss
to adorando essa web -
mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12
Posta maisssssss
-
mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25
postaaaa
-
mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47
Sou leitora nova!
Estou amando sua web!!! Posta maissssss. -
ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03
POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA
PEDRO MALDITO AFF¬¬' -
ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]
morri loucamente...
como vc para assim?
POSTA -
rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45
AINDA TOU ME ATT NA WEB
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
poosta +++++++++++++++++ -
liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08
uh adorei , muito quente.bjs
-
ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50
KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'