Fanfics Brasil - CAPITULO SETE O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: CAPITULO SETE

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Impediu-se
de pensar mais a respeito, lembrando-se de que Anahí Portilla não era a espécie de mulher por quem
devia sentir empatia... ou qualquer emoção. Tinha a intenção de usá-lo como um garanhão para servi-la na cama.
Embora quisesse filhos, não os queria desse jeito.


Uma
mosca entrou zunindo pela janela. Desta vez seus ins­tintos de caçador funcionaram, e o gato
pulou da cama e correu para cima dela. A mosca desviou e mergulhou e o gato, na
ten­tativa de pegá-la, pulou sobre a mesa onde estava o tabuleiro de
xadrez, derrubando as peças.


Anahí
devia jogar xadrez, pensou Alfonso. Xadrez era o jogo predileto daqueles que
davam mais valor à inteligência e à estra­tégia do que à força física. Inteligência... estratégia. Alfonso abriu um
largo sorriso e sentiu o lábio machucado sangrar de
novo. Mas valera a pena. Encontrara sua resposta, e estava bem diante dele o
tempo todo. Se não conquistasse Anahí dando-lhe prazer ao corpo,
talvez conseguisse a liberdade cortejando-lhe a mente.







Segunda
semana


Anahí
ficou afastada de Alfonso durante toda a semana se­guinte, embora tomasse as
providências para lhe dar confor­to. Um deles foi enviar
o ferreiro para aumentar suas corren­tes, de modo a lhe proporcionar os meios
de atender a suas necessidades pessoais e se mover com liberdade pelo quarto.
Quando descobriu que sabia ler, enviou-lhe seu precioso vo­lume The
Canterbury Tales,
de Geoffrey Chaucer, para se divertir.


Ficou
surpresa quando, por meio de um dos guardas, recebeu um convite de Alfonso para
visitá-lo. O pedido fez seu coração dar pulos e, para acalmá-lo, disse a si mesma que
ele pretendia apenas pedir a liberdade. Mas sua menstruação acabara e era hora de
tentar de novo conceber um bebê. Esperava que as me­didas
que adotara para tornar seu cativeiro menos insuportável diminuíssem seu ressentimento.


O
convite que partira dele lhe pareceu um promissor primei­ro passo nessa direção. Quem sabe, talvez, o
encontrasse dis­posto a se deitar com ela?


Encontrou-o
sentado na beirada da cama, o volume aberto das histórias de Chaucer nas mãos grandes, as correntes
mais longas que saíam dos grilhões em seus pulsos
enroladas no chão, junto a seus pés. A luz do final da manhã iluminava o quarto e uma
brisa marinha lhe arrepiava os cabelos.


Passou
os olhos pelo rosto dele. Os machucados e cortes mais graves haviam sarado,
deixando-lhe apenas finas cica­trizes e os hematomas estavam pálidos, quase invisíveis. Pela primeira vez, pôde ver bem como era belo.
Suas feições, não mais inchadas, eram tão perfeitas que pareciam
ter sido es­culpidas por um mestre. A covinha que lhe partia o queixo dava caráter ao rosto, e Anahí
sentiu um desejo insano de beijá-la.


Algumas
peças
de roupa do pai haviam sido levadas para ele e, embora Alfonso fosse muito mais
alto e mais esguio que o pai, a camisa cor de açafrão, com gola e punhos bordados,
o gibão com botões de metal e a calça justa em tecido
castanho-claro pareciam muito bem nele.


Como
se a sentisse entrar, ele ergueu os olhos, encontrando os dela, e sorriu.
Sentindo-se feliz com o calor inesperado de suas boas-vindas, Anahí fechou a
porta e se aproximou.


- Como está se sentindo neste belo
dia, milorde? - Lembrando-se dos conselhos de Milread e Dulce,
sua voz era suave.


O
sorriso dele aumentou, o brilho chegando-lhe aos olhos, que pareciam claros
como cristais, sem sombras. Ele devia estar se sentindo melhor mesmo.


- Estou muito melhor pelo presente deste belo livro.
Obrigado.


Fechou
o livro com reverência, colocou-o sobre a mesa de cabeceira e
levantou-se.


Seu
olhar passeou pelo corpo dela numa avaliação lenta, medida, que a fez
ruborizar. Talvez fosse apenas ilusão, mas achou ter visto um
brilho de apreciação nos olhos dele quan­do os ergueu para seu rosto.
Achava que estava bem, se não exatamente bonita. Dulce
lhe penteara os cabelos num estilo simples, mas bonito, trançando-lhe os cabelos da
frente e prendendo a fina trança em torno da testa, como
uma coroa. Deixara o resto dos cabelos livres, os longos cachos lhe chegando
aos quadris. Lavados naquela manhã, as mechas
vermelho-douradas haviam secado ao sol e então escovadas até
brilharem.


Dulce
também se mostrara excelente costureira. Alterara o
vestido de Anahí, tornando-o mais justo. O corpete acentua­va-lhe os seios, que
geralmente ela escondia, e a linha da cintura exibia o torso esguio e as curvas
dos quadris.


- E você, milady, como está? - Os olhos intensos lhe dis­seram
que a achavam realmente bonita.


- Estou bem, obrigada. - Inquieta, evitou olhar
nos olhos dele e mexeu na corrente de ouro no pescoço. Sem querer que a visse,
esperara que ele dormisse e a recuperara, junto com o anel. Era bom tê-lo de volta.


Um
silêncio
vazio se instalou. Nervosa, interrompeu-o:


- Se soubesse que podia ler, teria mandado o livro
antes.


Ele
deu um passo em direção a ela, as correntes batendo no chão de pedra. Um rápido olhar pelos quatro
cantos do quarto lhe mostrou que ele não perdera tempo em usar a
nova liber­dade... a bacia com água e sabão sobre o lavatório, a escova de prata na
penteadeira com fios de cabelos negros misturados aos fios vermelhos. A visão lhe causou um estranho
aperto na garganta.


- Há muita coisa que ainda
precisa descobrir sobre mim. Não sou um selvagem como você parece pensar.


Sangue
de Deus, ao lhe fazer um elogio, parecia que o ofen­dera... de novo.


- Não pensei que você fosse... oh, esqueça. Gosta?


- Milady?


- Do livro.


Não se lembrava de ter tanta
dificuldade de se comunicar com Derrick, mas recordou que, além de seu marido, haviam
sido criados juntos como irmãos. Ele nunca a fizera
perder a fala, ou o fôlego ou lhe fizera os joelhos parecerem feitos de
algodão. Mas um olhar de Alfonso Herrera era suficiente
para fazê-la sentir todas essas coisas.


- Muito, é divertido.


Anahí
tivera uma reação semelhante quando lera o livro pela primeira
vez. Mais velha, se não mais sábia, porém certa­mente mais
desiludida, ela não se sentia mais disposta a rir.


Seus
olhos caíram no tabuleiro de xadrez do pai. Embora sou­besse
que não jogaria de novo tão cedo, não conseguira guardar o
jogo. Um olhar rápido lhe mostrou que as peças haviam sido movidas dos
dois lados do tabuleiro. Aproximou-se da mesa.


- Você é cheio de surpresas,
Alfonso Herrera. Não só lê como também joga xadrez... embora
contra si mesmo, o que é um de­safio e tanto.


O
barulho das correntes mostrou que ele a seguira.


- Sim, é, mas há algumas... diversões que exigem um par­ceiro
para serem realmente satisfatórias, mesmo se o parceiro é
um oponente.


A
cabeça de Anahí se ergueu rapidamente do tabuleiro que
fingia estar estudando. Era evidente, pela expressão dele, que não estava falando de
xadrez. Seu coração deu um pulo e o calor lhe tomou o baixo-ventre.
O lugar sensível entre suas coxas ficou apertado e úmido.


- Você joga?


- Sim, meu pai me ensinou. Passamos muitas noites
de in­verno nesse quarto até tarde, com as cabeças curvadas sobre o
tabuleiro.


Aquelas
noites longas eram mais dedicadas à preparação de Anahí como a futura laird do que ao xadrez.
Como a Portilla, seu dever era manter a divisa do clã e "segurar
firme"... seus princípios, mesmo quando os outros os abandonavam, fazer
a coisa certa e não a coisa fácil, ter sempre em mente
que sua obrigação para com o clã vinha em primeiro lugar e
seus desejos pessoais no último.


Isso
significava esquecer sua adorável lembrança daquele dia na feira e
se casar com Derrick, seu primo pelo lado da família da mãe, os McBride. Com a morte
de Beatrice, um casamen­to entre os membros da geração seguinte era necessário para manter o vínculo de sangue com um clã maior, mais poderoso.
Olhos claros como o cristal, uma boca ágil com lábios que pe­diam beijos e
cachos negros como as asas de um corvo, que se curvavam sobre o colarinho, eram
uma bela lembrança, mas o casamento de uma laird precisava
ser tão cuidadosamente, tão estrategicamente
decidido como um jogo de xadrez.










 



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Autor(a): annytha

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- Você joga bem? - Sim, jogo, ganhei do meu pai algumas vezes, mas apenas no fim da vida dele. - Dizem que sou um bom jogador. Acha que pode me ven­cer? - Seu sorriso meio torto era acompanhado por um olhar malicioso. Ela sentiu a boca ficar seca e forçou a atenção de volta ao tabuleiro. - Não posso dizer, milorde, já q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'


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