Fanfics Brasil - O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: 35? Capítulo

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O
coração de Anahí apertou. Nos últimos meses ficara tão imersa em seus problemas
que se esquecera que os outros tam­bém os tinham.


- Essa é uma história muito triste.


Dulce
deu de ombros, como se sua tragédia não fosse maior que a de
muitos.


- Não tinha parentes nem
dinheiro, então ficamos aqui mes­mo. - Olhou para Anahí, abriu a
boca como se fosse dizer alguma coisa, então desistiu.


- Se houver alguma coisa que queira me dizer, Dulce,
me diga. Estamos sozinhas aqui e gostaria que pensasse em mim como uma amiga.


- A senhora o ama, milady!


Anahí
não
estava preparada para a pergunta.


- Alfonso Herrera é meu inimigo. O irmão dele matou meu marido e
mesmo antes disso havia um feudo entre nossos clãs.


Dulce
se debruçou, seu olhar segurando o de Anahí.


- Mas a senhora o ama, milady!


- Até a semana passada, não nos víamos há dez anos. E só
nos
encontramos uma vez, num dia de feira.


- No momento em que vi meu Alex, soube em minha
alma que ele era o único para mim, sem pensar que era inglês e o inimigo, ou que meu
pai me bateria até quase me matar se nos descobrisse. Apenas soube
que o amava. Não importa como as coisas ficaram ruins mais tarde,
não
trocaria um só momento que tivemos juntos por todos os tesouros
da Terra.


Anahí
a invejou por amar e ser amada assim. Ela e Derrick tinham sido amigos na
juventude, mas não houve paixão entre eles. Quando
descobrira que estava grávida, seus encontros conjugais tiveram fim.
Tentava se consolar pensando que, quando o bebê nascesse, ficaria ocupada
demais cuidando dele, mas a negligência do marido a magoara.


Só depois de fazer amor com
Alfonso compreendera o quanto havia perdido no casamento. O fato de Alfonso não ser marido dela era cada
vez menos importante. Era o amante perfeito, a personificação de todos os seus desejos
secretos. Como se lesse sua mente, sabia se queria ser tomada lenta e
gentilmente ou rápida e selvagemente. Ao pensar nas muitas vezes em
que fi­zeram amor naquela tarde, seu desejo por ele voltou. Se algum dia
casassem, sabia que continuaria a encontrar meios novos para surpreendê-la e lhe dar prazer.
Apesar de lhe ter prometido a liberdade depois que a gravidez fosse confirmada,
como Dulce com seu Alex, Anahí jamais de arrependeria do tempo que tivessem
juntos.


Levantou-se
da cama.


- Obrigada, Dulce.


- Pelo quê, milady?


- Por partilhar sua história e seu conhecimento
comigo.




O
dia de Ucker Herrera não estava sendo bom. No lugar especial de Alfonso,
para onde fora a cavalo, descobrira apenas uma fo­gueira apagada e as botas do
irmão.
Um homem simplesmente não vai embora deixando as botas para trás.


Ucker
desmontou e caminhou pelas imediações da foguei­ra,
procurando uma pista. Pisou em alguma coisa, olhou e en­controu a bolsa de
couro do irmão. Isso não era nada bom e, por mais
que quisesse, não podia fugir da verdade. Seu irmão fora vítima de alguma violência.


Quem
poderia lhe querer mal? Não fazia sentido. Gentil, bom e, bem, nobre, seu
gêmeo
não
tinha inimigos, pelo menos nenhum que Ucker conhecesse. Ele, ao contrário, tinha mais do que
precisava.


Soubera
que a nova Portilla o culpava pelo assassinato do marido, uma acusação totalmente idiota. Nunca
vira nem a som­bra do homem, quanto mais chegar perto dele o bastante para matá-lo.


Um
cavaleiro chegou, desmontou e fez uma reverência.


- Meu laird, perdoe-me por perturbá-lo, mas isso chegou
depois que o senhor saiu.


O
coração disparado, Ucker pegou a mensagem, rompeu o selo
de cera e abriu o pergaminho. Ao ler, o suor lhe cobriu o corpo:


Tomei
seu irm
ão como você tomou meu marido. Olho
por olho...


Anahí,
chefe dos Portilla


Ucker
amarrotou a carta, pensando que, o que quer que a Portilla quisesse dele, não parecia pedir resgate em
gado ou ouro. Montou e dominou a fúria. Leu de novo a
mensagem e percebeu uma coisa estranha. As duas linhas eram claramente escritas
por uma mulher, mas a letra da assinatura era maior, mal desenhada. E as muitas
manchas de tinta e palavras começadas e riscadas indicavam
uma hesitação que não era comum entre líderes.


Mas
não
havia como negar o selo, com sua cabeça de touro e a divisa em
latim do clã Portilla, que conhecia bem.


- Notícias de lorde Alfonso,
milorde?


Ucker
olhou para o mensageiro e estudou-lhe o rosto. A pergunta era uma quebra do
protocolo, mas Ucker não se importou. Alfonso era o grande favorito entre
os integrantes do clã e sempre fora. Ucker acenou.


- Sim, parece que a Portilla mandou sequestrá-lo. Volte ao castelo e reúna nossas forças, quero os melhores
homens em marcha amanhã de manhã.


No
dia seguinte, Anahí estava sentada no banco do jardim, uma margarida na mão, tirando pétala por pétala.


Ele
me ama, ele n
ão me ama, ele me ama...


Olhou
para o outro lado do jardim, onde Alasdair e Dulce brin­cavam na grama. Desde
sua conversa com Dulce no dia anterior, a pergunta da moça ficara em seus
pensamentos. A senhora o ama, milady?


Jantara
com Alfonso no solar. Estar com ele sem as corren­tes separando-os acrescentara
uma nova intimidade à refeição. Mais tarde, fizeram
amor lentamente, gentilmente. Terminara a noite dormindo nos braços dele. Que maravilha!


Mas
a felicidade a estava tornando distraída. Parece que per­der
itens pessoais estava se tornando um hábito. No outro dia,
perdera o anel do selo de novo. Desde que estava dormindo com Alfonso,
adquirira o hábito de tirar a corrente do pescoço e guar­dá-la na gaveta da
escrivaninha. Na noite passada fizera exata­mente isso antes de se deitar com
ele.


No
entanto, no dia seguinte, quando se lembrara e voltara para pegar o anel, não o encontrara em lugar
nenhum. Perce­beu também que a carta para Ucker havia desaparecido.


Agora
que era a laird, tanta gente entrava e saía de seu quarto que era
difícil
se lembrar de todos. Detestava pensar que havia um ladrão em sua casa, mas, depois
de uma hora de procurar por todo o quarto sem encontrar, parecia a conclusão óbvia. Final­mente, já desesperada, chamara Dulce
para ajudá-la e ela encon­trara o anel no fundo da gaveta
onde Anahí sempre o deixava.


Por
um momento suspeitou de Dulce, mas rejeitou o pensa­mento. A moça era sempre muito grata e
leal. Mas era tudo mui­to estranho e, por mais que Anahí detestasse usar a
pesada corrente de ouro para dormir, tinha a intenção de fazer isso de agora
em diante.


O
passo de Pedro despertou-a de seus devaneios. Parou diante dela e fez uma reverência, a expressão grave.


- O que o traz aqui, milorde?


- Seus conselheiros pedem uma audiência, milady, na
sala privada do conselho.


- Está bem. Qual é o assunto?


- Não posso falar aqui, mas o
assunto é da maior impor­tância.


- Muito bem. Informe aos cavalheiros que nos
encontrare­mos em minha sala particular do conselho às 2h.


- Como sempre, a senhora é muito generosa. - Fez uma reverência e se afastou.


Observando-o,
Anahí se sentiu inquieta. Acreditava que a reunião tinha relação com Alfonso. Ele se
tornara um hóspede de honra, um amigo. A quem queria enganar?
Alfonso não era apenas hóspede ou amigo, embora
fosse as duas coisas. Era seu amante e; esperava, o pai de seu filho, um filho
que já podia estar car­regando.


Seria
imensamente feliz se pudesse fazer dele seu mari­do, mas, enquanto o feudo
sangrento continuasse, não havia esperanças. Os integrantes de seu
clã
jamais aceitariam um Herrera como consorte da laird. Uma coisa era ter
um filho que podia legitimar mais tarde, mas nem mesmo uma laird tinha a
liberdade de se casar com o irmão do assassino de seu
marido.


Voltou
a atenção para a flor. Ainda havia duas pétalas.


Ele
n
ão me ama. Ele me ama


Eu
n
ão o amo. Eu... o amo.



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'


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