Fanfics Brasil - O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: 44? Capítulo

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- Alfonso, não torne tudo mais difícil do que já é.


- Annie!


Ela hesitou e então lentamente se virou para ele. Um olhar para sua expressão angustiada a fez correr para os braços dele.


Fizeram amor lenta e docemente, sabendo que poderia ser a úl­tima vez. Depois se vestiram e ficaram sentados na beirada da cama de mãos dadas, o jantar intocado.


Alfonso tomou-lhe o rosto nas mãos, os polegares afastando as lágrimas.


- Não sei como dizer adeus a você.


- Então diga "até que nos vejamos de novo".


Uma batida na porta foi seguida pela voz de Seamus, que disse sem abri-la:


- Os cavalos estão selados e com provisões, milady. Hugh está esperando lorde Alfonso.


Levantando-se, ela respondeu:


- Lorde Alfonso já vai.


Voltou-se para Alfonso, que estava de pé ao lado dela, e segu­rou-lhe os ombros.


- Nós pertencemos um ao outro, Annie.


- Eu sei. - Tomou-lhe a mão e levou-a aos lábios. - Hugh o acompanhará em segurança até seu irmão.


- Ucker não matou Derrick, Annie. Pretendo prová-lo. Va­mos ficar juntos.


Ela acenou e sorriu.


- Se alguém pode fazer isso é você, meu amor. E agora, quero lhe fazer um pedido antes de você partir.


- Qualquer coisa, Annie, farei qualquer coisa que pedir.


Ela foi até uma arca, ergueu a tampa e, quando se voltou, tinha sua velha flauta na mão.


- Lembra-se de que me prometeu tocar qualquer canção que eu quisesse?


Ele ergueu o olhar da flauta para os olhos dela.


- Você a guardou todos esses anos? Por quê?


- Antes de Derrick e eu nos casarmos, eu a tirava da arca todas as noites antes de dormir, para olhá-la e me lembrar que, uma vez, há muito tempo, um menino me atraiu com ela para um estábulo. Toque para mim agora, Alfonso, uma canção que seja doce e triste, adequada para um adeus.


Pegou-lhe a mão, pressionou a flauta nela e recuou.


Com o coração na garganta, ele se sentou na cama, umedeceu os lábios e levou a flauta à boca. E tocou uma canção doce e triste, enquanto ela ficava em pé, observando-o, os olhos bri­lhantes e as mãos cruzadas. O rosto dela voltado para a luz era muito belo e triste. Quando terminou, levantou-se e lhe estendeu a flauta.


- Foi meu presente para você, meu presente de noivado.


Seu outro presente, o anel de sua mãe, deixara sobre a es­crivaninha. Se lhe desse agora, não o aceitaria. Esperava que o encontrasse um dia, quando fosse a hora certa, e o reconhecesse pelo que era... um testemunho de tudo que significava para ele.


Firmou a voz, e acrescentou:


- Se não quiser aceitá-la como um sinal do meu amor, en­tão aceite-a como um troféu para lembrar as duas semanas em que dominou um Herrera, não apenas seu corpo, mas também seu coração.


Alfonso se fora. Ela o mandara embora e agora tinha de aceitar o fato irrefutável. Ele se tornara uma parte tão essencial da vida dela nas últimas duas semanas que não conseguia imaginar um futuro sem ele. Encontraria um meio, é claro. O dever e a possi­bilidade de um filho exigiam isso.


Ela e Alfonso haviam dito adeus dez anos atrás como estra­nhos, amigos de apenas uma hora num dia de feira. Essa sepa­ração agora era diferente e final. Haviam comido e dormido e se amado juntos noite e dia por duas semanas. Anahí começa­ra por partilhar o corpo e terminara entregando a alma. Agora, apenas horas depois de sua partida, sentia tanta falta dele que parecia que estavam longe há um ano... um longo e solitário ano de inverno.


Acreditava que, desta vez, ele lhe deixara um presente bem mais valioso que a flauta. Passou a mão pelo ventre ainda liso, quase certa de que a preciosa semente fincara raízes em seu útero. Fosse o bebê menino ou menina, com cabelos negros ou dourados, esperava que tivesse os olhos de cristal de Alfonso.


Um miado lhe chamou a atenção. Muffin olhava-a do chão com expectativa, um presente na boca. Anahí esperou que o deixasse cair e, quando o fez, ouviu um som metálico. Abaixou-se para pegá-lo e só então viu que era o anel de Alfonso. Ela não acreditava em oráculos e sinais, mas desta vez ficou tentada a acreditar que o aparecimento do anel era um bom presságio.


Anahí ergueu a cabeça e viu Dulce em pé diante da porta aberta.


- Espero não a estar perturbando, milady. Acabo de ver lor­de Alfonso partir na companhia de lorde Pedro.


- Lorde Pedro? Tem certeza?


- Sim, milady, era ele.


- Mandei lorde Alfonso de volta para o irmão. Não tive esco­lha. O Herrera descobriu que o mantinha prisioneiro antes do que pretendia. Por mais que quisesse manter lorde Alfonso comigo, haveria muito derramamento de sangue se o fizesse.


A jovem hesitou, então entrou no quarto. Abriu a boca para dizer alguma coisa, depois fechou-a de novo.


- O que é, Dulce?


- Provavelmente não devia dizer nada, pode ser apenas mi­nha imaginação, mas...


- Diga-me, Dulce.


- No outro dia, quando seu anel do selo desapareceu... bem, vi lorde Pedro sair do quarto antes de a senhora dar por falta dele.


- Ele a viu?


- Não, acho que não. Parou para dizer alguma ao guarda com cara de rato, então foi embora.


A mente de Anahí começou a funcionar. Seu anel do selo desaparecera e aparecera no mesmo lugar onde o procurara an­tes. A chegada de Ucker Herrera na região. Pedro tentando fazê-la se casar com o filho dele. As cartas de Alfonso, de tantos anos atrás, que nunca lhe chegaram às mãos... Coincidências, talvez, mas Anahí não acreditava. Se seu conselheiro conspi­rava, então mandara Alfonso para a morte.


- Dulce, você se incomodaria de deixar Alasdair aos cuida­dos de Milread por dois dias, talvez três?


- Acho que não. Ele raramente mama agora, prefere ali­mentos sólidos. E ele gosta de Milread e ela dele.


- Nesse caso, vá à velha arca do meu pai e traga duas calças e camisas. As botas são muito grandes para nós, mas podemos pegar emprestadas dos pajens.


- Mas por que precisamos nos vestir com roupas de ho­mens, milady?


- Viajaremos mais depressa a cavalo e a única maneira se­gura é viajar como homens. Uma liteira chamaria muita atenção e precisamos do elemento surpresa.


- Onde vamos, milady?


- Trazer para casa o pai do meu bebê.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'




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