Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)
Vestida
em seu disfarce, Anahí subiu no cavalo e olhou para Dulce. Montada num corcel
manso, a moça estava pálida, mas parecia
corajosa.
- Já montou antes, Dulce?
- Sim, mas foi num burro, milady, e por
pouco tempo.
- Isso será diferente.
- Farei o que puder para não atrasá-la.
- Conheço um caminho secreto, mas
deve jurar nunca falar sobre ele. A segurança de todos no castelo
depende do seu silêncio.
- Juro sobre o túmulo de Alex que não direi nada.
- Nesse caso, siga-me.
Anahí
virou o cavalo para o noroeste e para a praia. Rochas cercavam três dos quatro lados da base
do castelo, um dos motivos por que ele nunca fora conquistado.
No
lado noroeste, porém, um caminho sinuoso, em degraus, descia pelo
lado do recife até o portão do mar. A entrada também permitia que os
habitantes do castelo tivessem uma rota de fuga.
Os
cavalos desceram devagar, escolhendo a passagem entre as pedras quebradas.
Anahí olhou para trás, para sua acompanhante. O rosto de Dulce estava
pálido
e seus olhos arregalados de medo. Mas continuava atrás da laird, as mãos brancas segurando as rédeas e os lábios fechados que não se abriam para fazer um
só
protesto.
- Você é uma jovem corajosa, Dulce,
apesar de ser das Terras Baixas.
- Ah, bem, milady, depois de dar à luz um bebê do tamanho de um filhote
de porco, tudo parece simples.
Depois
de contar sua história até o momento em que conseguira
escapar de Pedro, Alfonso cavalgou em silêncio ao lado do irmão. Desde sua captura,
quando Pedro demonstrara tanto prazer em chicoteá-lo enquanto os outros
dois o seguravam, Alfonso suspeitara que o conselheiro particular de Anahí não era o cavalheiro honrado
que parecia ser.
Quando,
no último
minuto, Pedro substituíra o filho como sua escolta, Alfonso ficou
desconfiado. Seu instinto de guerreiro lhe dizia para se livrar dele. A
oportunidade surgiu quando Pedro parará o cavalo e descera para
se aliviar; Alfonso não perdeu tempo e fugiu a galope.
Seu
corpo podia estar a caminho de casa, mas seu coração e seus pensamentos
estavam com Anahí. Ela lhe tirara os grilhões, mas continuava tão seu prisioneiro como
antes.
Haviam
viajado por uma hora quando percebeu que estava se comportando como um idiota.
Um homem tinha de ser louco ou imbecil para se afastar de uma mulher como Anahí
apenas porque ela mandara. Seu amor não era apenas teimoso como
ele, era também de natureza nobre. Além disso, precisava lhe
contar suas suspeitas sobre Pedro. Teria feito isso antes, mas a vergonha de
ter apanhado de um homem grisalho o impedira. Que idiota fora!
Quando
o feudo entre os clãs tivesse um fim, Anahí não teria motivos para se
recusar a casar com ele. Queria-a como esposa para o resto de seus dias.
Amava-a e, lembrando-se daquele dia na feira, soube que sempre a amara e
acreditava que ela também o amava. Nada mais tinha importância.
- Lamento muito, Ucker, mas tenho que voltar.
- Voltar? Por que diabos voltaria?
- Para buscar minha noiva.
Virou
o cavalo e cavalgou de volta para as terras dos Portilla.
Escondendo-se
na mata sobre seu cavalo, Pedro observou Anahí e a companheira passarem pelo
caminho coberto de pedras. Embora tivessem saído antes dele, a jovem
cavalgava mal e elas andavam muito devagar, o que lhe permitiu tomar a liderança. Não tivera dúvidas sobre o destino
delas. Anahí Portilla, como uma cadela no cio, ia em busca do homem dela.
Para
passar o tempo de espera, Pedro refletiu sobre os últimos meses cheios de
frustração. Ocorreu-lhe que a fuga de Alfonso era uma bênção disfarçada, porque lhe permitira
caçar
seu grande prêmio: Anahí.
O
envenenamento de Magnus foi a primeira das muitas conspirações que deram errado. O
veneno colocado nos alimentos de Magnus levara mais tempo do que devia. O laird era um homem saudável que, até Pedro começar a envenená-lo, nunca tinha passado
um dia de cama em seus quase 60 anos. Mesmo assim, tivera paciência para não despertar suspeitas.
O
veneno que escolhera devia ter um efeito paralisante e, nos estágios finais, impediria a vítima de falar. Mais uma
vez foi desapontado. O laird mantivera o poder da fala até o último dia e nomeara Anahí
sua herdeira diante dos 12 membros do conselho e logo depois morreu.
Para
alguém que esperara nos bastidores por décadas, fora um desapontamento
grande demais. Tudo o que Anahí tinha a fazer era um filho saudável, e então os sonhos de Pedro para
Hugh estariam perdidos. Por isso insistira no casamento dela com um idiota como
Derrick, que preferia jovens e belos pajens a mulheres. Infelizmente, as marcas
de sangue na manhã seguinte ao casamento mostraram que ele também podia cumprir seu dever
com a noiva.
Derrick
tinha de morrer e fora fácil pôr a culpa em Ucker
Herrera, De acordo com a tradição dos Herrera, o novo laird tinha que fazer uma peregrinação ao mosteiro de são Simão. Pedro subornou um dos
monges, irmão Bartholomew, para convencer o jovem laird a
tirar sua manta para cumprir as obrigações religiosas. Com a
manta nas mãos, fora simples rasgar um pedaço, que depois fora usada
como "prova".
Derrick
não
fora ao lago conversar com Ucker Herrera, como informara a todos, mas para se
encontrar com seu amante mais recente. Quando Pedro aparecera no lugar do
pajem, o choque de Derrick fora tão grande que não perguntou o que Pedro
segurava nas costas... uma pedra com a qual esmagara o crânio do idiota. Depois,
pusera o pedaço da manta do Herrera nos dedos flácidos de Derrick.
Matá-lo fora a parte fácil, mas com Anahí as
coisas foram bem mais difíceis. Seu encontro infantil com Alfonso Herrera na
feira dez anos atrás lhe causara muitos problemas. Interceptara as
mensagens de amor do rapaz até que ele desistisse. Ao
persuadir o pai a casá-la com Derrick, Pedro pensara ter se livrado
dela. Dada a tendência... do marido, a gravidez fora um choque. Mas
havia ervas capazes de interromper uma gravidez.
Quando
sentira as primeiras dores, todos, inclusive Anahí, atribuíram o aborto ao choque
pelo assassinato de Derrick. Pedro tivera esperança de que ela também morresse, mas, como
aquele gato que vivia com ela, Anahí parecia ter sete vidas ou a sorte do próprio demônio.
Pedro
pretendia acabar com a sorte da Portilla... e com a vida dela... hoje mesmo.
Anoitecia
quando Anahí e Dulce chegaram ao topo da montanha que levava à estrada principal.
Cavalgavam cercadas por matas, as árvores muito próximas bloqueando a luz do
sol e da lua.
- Parece a floresta da bruxa malvada - disse Dulce. - Se não faz diferença para a senhora, milady, prefiro continuar e acampar fora da mata. Eles não podem nos ver, mas nós também não podemos vê-los.
- Eles?
- Sim, o povo da noite, milady.
Anahí
estava menos preocupada com fantasmas e duendes do que com homens. Lugares
assim eram esconderijos perfeitos para ladrões. Uma sensação de inquietude a tomou. Dulce
não era a única a se sentir mais segura depois que saíssem da floresta.
As
duas mulheres ficaram em silêncio, perdidas em seus pensamentos.
Embora o impulso inicial da viagem fosse o de interceptar Alfonso e tentar
convencê-lo a voltar com ela, a busca de Anahí não era apenas a de garantir
sua felicidade pessoal. Mesmo se estivesse grávida, não era justo esperar que
uma criança não nascida fizesse o
trabalho que cabia a ela.
Como
laird, era seu dever encontrar-se com Ucker Herrera e descobrir o que
acontecera. Devia ter feito isso há muito tempo, mas aceitara
a informação sobre a morte de Derrick que Pedro e seus dois
guardas lhe levaram. Se o irmão de Alfonso matara
Derrick a sangue frio - e estava começando a duvidar que isto
acontecera - então que ele a olhasse nos
olhos e lhe dissesse. Já passava da hora de pôr um fim ao feudo entre os
clãs
de uma vez por todas. Muitas vidas inocentes já tinham sido arruinadas ou
perdidas.
Chegaram
a uma clareira e Anahí se voltou para Dulce. Cavalgar lentamente pela floresta
escura parecia tê-la drenado. Estava de cabeça baixa, ombros caídos e parecia que a
qualquer momento cairia do cavalo.
Anahí
puxou as rédeas.
- Vamos parar aqui para descansar um pouco. Os
cavalos estão com sede e há um riacho aqui perto.
- Bem, se os cavalos precisam descansar, então suponho que posso descer
e esticar as pernas.
- Esta parece uma ótima sugestão. Vou fazer a mesma
coisa.
Depois
que desmontaram, Anahí cuidou dos cavalos e mandou Dulce ao riacho encher suas
bolsas de água.
Acabara
de amarrar as rédeas a um galho baixo quando ouviu sons de patas
de cavalo. Anahí tinha quase, certeza de que era apenas um cavaleiro, mas logo
viu Pedro entrar na clareira, parar e desmontar. Anahí teve uma forte sensação de desapontamento... e
medo. Como soubera que ela estava ali? E onde estava Alfonso?
Autor(a): annytha
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- Onde está lorde Alfonso? - Com o irmão dele. Pedro amarrou a montaria e se aproximou. - Não é seguro mulheres viajarem sem uma escolta masculina. Por mais que quisesse, não acreditava nele. Sua expressão e seu olhar a incomodavam. Embora fosse velho, era um homem grande. Ocorreu-lhe que estava sozinha com esse homem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37
maaiissssssssss posta maiiiisssssss
to adorando essa web -
mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12
Posta maisssssss
-
mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25
postaaaa
-
mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47
Sou leitora nova!
Estou amando sua web!!! Posta maissssss. -
ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03
POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA
PEDRO MALDITO AFF¬¬' -
ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]
morri loucamente...
como vc para assim?
POSTA -
rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45
AINDA TOU ME ATT NA WEB
POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA -
ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
poosta +++++++++++++++++ -
liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08
uh adorei , muito quente.bjs
-
ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50
KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'