Fanfics Brasil - CAPÍTULO DOIS O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: CAPÍTULO DOIS

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gracias as minhas duas leitoras que comentaram: unposed, ciitah.


garanto que é umas das melhores historias que ja li!


 


Castelo
Portilla, Dunvegan, ilha de Skye Pentecostes, 15 de maio, dez anos depois.


"Seqüestrei seu irmão em pagamento pelo meu
marido. Olho por olho..."


A
pena apertada entre os dedos manchados de tinta, Anahí, laird do clã Portilla,
levantou o olhar do aviso de seqüestro e olhou pela janela
do solar para o céu azul quase sem nuvens, as montanhas rugosas e o
lago cercado por penedos em busca de inspiração ou de um sinal, mas não os encontrou.


Descansou
a pena na escrivaninha e pegou a corrente de ouro que lhe circundava o pescoço. O pesado anel de seu
pai, com o selo do clã, que agora pertencia a ela, descansava entre seus
seios. Grande demais para ser usado num dedo, usava-o preso num colar. Tirou a
corrente do pescoço e deixou o anel sobre o pergaminho manchado de
tinta.


Anahí
suspirou. Agora que seu plano de seqüestro estava em andamento,
conseguia pôr em ordem os pensamentos. Se os três guerreiros que enviara
na noite anterior tivessem sido bem-sucedidos, Alfonso Herrera lhe aqueceria a
cama antes do cair da noite.


O
pensamento fez seu coração disparar e as pernas tremerem. Sentia que estava
prestes a mergulhar de cabeça num abismo formado pela
raiva e a vingança.


As
tensões entre os Portilla e os Herrera se agravaram nos
últimos
anos e os roubos de gado e de uísque eram as principais
reclamações dos dois lados. Mas então, três meses atrás, o gêmeo de Alfonso, Ucker,
assassinara o marido de Anahí, Derrick, a sangue frio. O casamento dela e Derrick
não
fora por amor, mas haviam crescido juntos. Embora tivesse casado com ele por
dever, e um dever duro de cumprir, certamente não qui­sera que ele
morresse.


Derrick
parecia ter uma disposição tão afável como seus ca­belos vermelhos
e suaves olhos cor de avelã. Mas, depois de se
casarem, demonstrou ser teimoso. Ignorando seus pedidos e as ordens do pai
dela, decidira se encontrar com Ucker Herrera na esperança de pôr um fim definitivo no
feudo. Quando não vol­tara ao cair da noite, um grupo saíra à procura dele e encontrara
seu corpo junto ao lago, uma grande pedra suja de sangue ao lado do crânio esmagado, um pedaço da manta dos Herrera
preso nos dedos endurecidos.


O
choque causara o aborto do bebê que Anahí carregava, uma
perda imperdoável. Tinha todo o direito de exigir de Alfonso o
pagamento pelo que o irmão havia feito. Mesmo assim, a ne­cessidade de
esquecer a doce lembrança do dia da feira a atingia como outra perda.


Mas
não
tinha escolha. Seu pai jazia no cemitério há dois anos, o enorme corpo
encolhido pela doença, os lençóis que o embrulhavam
molhados pelas lágrimas de Anahí.


Suas
últimas
palavras foram confiar a Anahí o clã Portilla, suas terras e
suas fortalezas. Já havia rumores de descontenta­mento entre os
velhos conselheiros, que diziam que uma simples mulher não podia ocupar o lugar do
antigo laird. Certamente os Herrera considerariam a designação de uma mulher como chefe
do clã um convite para um ataque. Embora as muralhas do
castelo fossem poderosas, era necessário considerar a segurança dos fa­zendeiros e de
outros que viviam fora da proteção das muralhas.


Um
bebê
saudável, com partes iguais de sangue Portilla e dos Herrera,
poderia pôr um fim definitivo ao feudo e seria muito melhor
que qualquer tratado. Precisava de Alfonso Herrera como nunca precisara de
outro homem.


Um
lamento em voz alta a fez se virar e olhar para a cama. Milread, sua ama na infância, estava em pé, passando um galho de
salgueiro sobre a colcha dobrada.


A
velha cantava alguma bobagem sobre uma serpente com um olho só que se enterrava num
buraco quente, receptivo. Em­bora viúva, a imagem franca que a
mulher evocava fez Anahí ficar ruborizada.


- Milread, se jogar até mesmo uma pétala de rosa sobre os lençóis, vou mandar chicoteá-la. - Irritada, colocou a pena
no tinteiro e enviou uma oração silenciosa aos santos
para lhe darem paciência.


Rindo,
Milread deixou cair o ramo sobre a cama e se aproxi­mou de Anahí.


- Não, doçura, você não vai. Gosta demais de mim
para me bater, e, de qualquer maneira, estou velha demais para apanhar.


- Perdoe-me, Milread. Não tenho motivos para lhe
falar com tanta aspereza. - Desde a morte da mãe de Anahí, a mulher tinha
sido mais mãe do que serviçal.


Milread
afagou os cabelos de Anahí.


- Não tem importância, boneca. Você deve estar sentindo o
peso do mundo sobre seus ombros delicados, mas não se preo­cupe. Na noite
que seu pai morreu, li as runas para você. As pedras prevêem uma vida longa e feliz,
com um bebê logo a caminho e um marido robusto e ardente, de
cabelos negros, que lhe encherá o ventre com muitos
outros nos anos futuros.


Embora
Milread acreditasse completamente na antiga forma de profecia, Anahí não sabia como um punhado de
velhas pe­dras entalhadas podia adivinhar detalhes como a cor dos cabe­los do
seu futuro "marido" ou sua força sexual. Provavelmente,
Milread ouvira os gêmeos Herrera descritos como tendo cabelos escuros
e olhos claros. Quanto à parte da luxúria, bem, era um
pensamento adorável.


-
Você
precisa se alimentar - disse Milread -, vai pre­cisar de forças para receber seu noivo.
-
A velha fez com o queixo um sinal em direção à cama de dossel.


- Alfonso Herrera não é meu noivo - disse Anahí, irritada.
Sua ligação sexual com o irmão do inimigo era um tema
de­licado. Mais suave, acrescentou: - Não tenho planos de me casar
de novo. E, mesmo se tivesse, não seria com o gêmeo do assassino do meu
marido.


-

os planos de Deus não podem ser desafiados, milady. Homens e mulheres precisam aceitar a
vontade d`Ele. Um casa­mento acabará com a inimizade entre os
clãs,
haja ou não filhos. Com o tempo, poderá até curar o coração de milady.


- Não tenho mais coração, portanto não há nada para curar.


 



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Autor(a): annytha

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Milread fixou o olhar embaçado no rosto de Anahí. Embo­ra meio cega, a sábia mulher via mais do que muita gente com visão perfeita. - Três meses é muito tempo para uma mulher ficar sozinha na cama, e lorde Derrick estava longe de ser sensual. O rosto de Anahí ficou vermelho, porque era verdade. Derrick não f ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'




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