Fanfics Brasil - O Prisioneiro AyA (terminada)

Fanfic: O Prisioneiro AyA (terminada)


Capítulo: 7? Capítulo

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Milread
fixou o olhar embaçado no rosto de Anahí. Embo­ra meio cega, a sábia mulher via mais do que
muita gente com visão perfeita.


- Três meses é muito tempo para uma
mulher ficar sozinha na cama, e lorde Derrick estava longe de ser sensual.


O
rosto de Anahí ficou vermelho, porque era verdade. Derrick não fora ousado e sensual no
quarto, apesar dos votos matrimoniais. Mesmo se tivesse mostrado mais vigor, a
cabeça de Anahí estava cheia de fantasias tolas sobre
juramentos de sangue e beijos roubados, de cachos negros que tinham a tex­tura
da seda e claros olhos cinzentos que pareciam lhe penetrar a alma.


- Não foi sua culpa, criança. Com o homem certo na
sua cama, você será uma mulher cheia de paixão.


Mais
uma vez, a velha lera seus pensamentos. Sentindo as lágrimas lhe descerem pelo
rosto, Anahí rapidamente virou a cabeça. A verdade era que o
marido não a desejara. Cada vez que a rejeitara, sentira um
pedaço de sua alma morrer.


- Vou fazer 25 anos, não sou mais uma menina.
Quanto a Alfonso Herrera, tudo o que quero dele é sua semente em meu
ventre. Quando a tiver, poderá voltar para a família ou ir para o inferno.


Para
a família dele ou para o inferno. Como o pacto que esta­va
prestes a fazer era infernal, o sentimento parecia adequado.


Uma
batida na porta fez as duas mulheres se voltarem. Os nervos esticados, Anahí
mandou que entrassem.


A
porta se abriu, revelando a figura formidável do primo de seu pai, Pedro.
Pai do guerreiro Guilherme, fora conselheiro pes­soal do pai de Anahí por décadas. Tinha quase 60
anos, mas ainda era um homem de porte reto e ombros largos.


Entrou,
fez uma mesura e se sentou.


- O prisioneiro Herrera aguarda seu comando, milady.


Saber
que seu plano tivera sucesso, que Alfonso Herrera estava realmente cativo
dentro de seu castelo, fez com que Anahí compreendesse a enormidade do que
ordenara.


- Devo trazê-lo aqui antes do começo dos julgamentos? - perguntou Pedro.


Os
julgamentos! Estivera tão absorvida na expectativa da chegada de Alfonso que
se esquecera de suas obrigações.


De
acordo com o costume, o laird recebia os aluguéis no pri­meiro dia de
cada trimestre e, ao mesmo tempo, julgava os casos levados pelo seu povo para
decisão. Os requerentes começaram a chegar na noite
anterior, dormindo no grande hall e no vestíbulo para esperar a
oportunidade de ter suas queixas ouvidas e consertados os males feitos a eles.


Levar
um prisioneiro preso em correntes ao tribunal não seria correto. Ela olhou
a carta ainda não terminada e decidiu não a enviar de imediato. No
momento, quanto menos pessoas soubes­sem de suas intenções, melhor. Com sorte,
quando Ucker Herrera descobrisse onde estava o irmão, o objetivo de Anahí
teria sido alcançado e Alfonso estaria voltando para casa.


- Não, mantenha-o preso até o último caso ter sido resol­vido
e o tribunal dissolvido. Então, traga-o secretamente...
para meu uh... quarto.


O
conselheiro hesitou, e Anahí sentiu o rubor lhe cobrindo o rosto e o pescoço.


- Como quiser, milady. - Quando ele se levantou, o
olhar caiu sobre o papel na
escrivaninha. - Uma nota de resgate para ser enviada aos Herrera, milady! Devo providenciar um mensa­geiro
para levá-la?


Anahí
hesitou, irritada com a presunção dele.


- Não vou mandá-la por enquanto, mas
obrigada. - Abriu a gaveta da escrivaninha e guardou a carta.


Ele
acenou e começou a recuar para a porta. Um raio de sol lhe bateu no rosto enrugado e mostrou
diversos ferimentos.


- Pedro, isso que estou vendo é um olho roxo?


- O prisioneiro não foi bem... cooperativo.


Lembrando-se
de Alfonso como um menino magro e esguio, Anahí ficou perplexa. Embora
grisalho, Pedro ainda era um guerreiro poderoso, muito capaz de usar a espada
com força e habilidade.


- Compreendo. - Para não lhe causar mais
constrangimen­to, fez um gesto em direção à porta. - Logo o verei no hall.


- Como quiser, milady.


Anahí
esperou que ele saísse e então se levantou. Milread se
debruçou sobre Anahí e bateu um dedo na escrivaninha.


- Não deixe seu anel em
qualquer lugar, milady. O selo de um laird só está em segurança junto a seu corpo.


Grata
pela lembrança, Anahí pegou o anel e pôs a corrente no pescoço, devolvendo o anel a seu
local de descanso. Se de­cidisse mandar a nota de resgate, a selaria, assim
como ao des­tino de todos, - pressionando sobre a cera
quente a cornalina entalhada com o lema Portilla, Segura Firme, e o símbolo do touro.


- Obrigada, Milread, parece que não sou eu mesma hoje.


- Tenha coragem, milady, seu pai lhe ensinou
bem. Você já sabe o que significa ser
uma laird. É hora de seguir em frente e ser uma mulher.


- Ouçam todos, ouçam todos, o tribunal do Portilla
está
em sessão...


Da
cadeira entalhada sobre a plataforma, Anahí olhou para a multidão que enchia o grande
hall. As mesas e os lon­gos bancos tinham sido encostados às paredes para acomodar os
homens, mulheres e crianças que estavam em pé na ampla ala central.


Embora
tivesse assistido a muitos julgamentos ao longo dos anos, desta vez era
diferente. Desta vez, era a laird. Todos os olhares estavam voltados
para ela.


Mais
olhares curiosos desciam sobre ela da galeria cerca­da dos menestréis acima. Quase podia
sentir que Malcolm, o primeiro chefe Portilla, olhava para ela da tapeçaria presa à
parede às suas costas, avaliando
seu valor, sua prontidão... sua coragem.


Passou
as horas seguintes ouvindo as petições de lordes que­rendo
empréstimos em dinheiro e outros favores do novo laird, disputas sobre limites de propriedades e um caso de adultério, em que a esposa
enganada havia cortado o nariz do marido en­quanto ele dormia. Não importava qual fosse a queixa,
grande ou pequena, Anahí fez questão de ouvir todas as partes
envol­vidas antes de tomar a decisão.


Usou
o tempo entre casos para imaginar Alfonso Herrera como adulto. Seu rosto e
estrutura física deviam ter se ampliado com os anos, mas
gostaria de acreditar que seus olhos ainda tinham a claridade de cristal de que
se lembrava. Estava tão nervosa como uma noiva na véspera do casamento, muito
mais do que quando se casara.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • bela Postado em 12/12/2010 - 14:56:37

    maaiissssssssss posta maiiiisssssss
    to adorando essa web

  • mandinha Postado em 26/11/2010 - 18:19:12

    Posta maisssssss

  • mandinha Postado em 17/11/2010 - 15:37:25

    postaaaa

  • mandinha Postado em 14/11/2010 - 18:20:47

    Sou leitora nova!

    Estou amando sua web!!! Posta maissssss.

  • ciitah Postado em 10/11/2010 - 12:40:03

    POOSSSSTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA

    PEDRO MALDITO AFF¬¬'

  • ciitah Postado em 08/11/2010 - 12:13:19

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA]

    morri loucamente...

    como vc para assim?

    POSTA

  • rss Postado em 20/10/2010 - 14:39:45

    AINDA TOU ME ATT NA WEB
    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • ciitah Postado em 19/10/2010 - 10:38:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA depois de um ano hein? demorou pra postar rsrs'
    poosta +++++++++++++++++

  • liarj12 Postado em 19/10/2010 - 01:31:08

    uh adorei , muito quente.bjs

  • ciitah Postado em 06/10/2010 - 09:58:50

    KKKKKKDDDDDDDDDDDDDDDD DDDDD:'
    CARAMBA KD OS POSTS? to chorando ja, quero post Rum'


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