Fanfics Brasil - II 2 A suвsтιтuтα - VONDY

Fanfic: A suвsтιтuтα - VONDY


Capítulo: II 2

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— Eu me manterei atenta a meus
serviços de casa e jamais irei interferir na administração de seus bens.
Christopher continuava erguendo as sobrancelhas e Dulce buscava, no fundo da
mente, as outras observações que ainda se lembrava de ter ouvido da boca de
lady Ninel sobre os deveres de uma boa esposa e mãe a fim de viver uma vida
familiar senão feliz, pelo menos, sem conflitos.
— Serei uma boa anfitriã para seus amigos e para sua família, procurando deixar
nosso lar confortável para todos eles, para o senhor, e para qualquer convidado
que traga para cá.
A expressão no rosto dele se alterava um mínimo, deixando-a ainda mais confusa
quanto ao que deveria dizer. Talvez ele não quisesse que fosse tão
hospitaleira…
— Vá buscar seu tio — ouviu, num sobressalto.


O que significavam aquelas
palavras? Pensou desesperada. Não eram uma aceitação e nem uma dispensa. Apenas
uma ordem.
Sabia que não havia motivos para hesitar, ou continuar falando. Ele era um
guerreiro, um comandante. Já tinha tomado sua decisão e nada havia que ela
pudesse fazer para modificá-la!
Nisso, ele agia como a reverenda madre, a qual decidira, assim que pusera os
olhos em Dulce pela primeira vez, que ela era um grande problema em formato de
gente, e nunca mudara de opinião, apesar de todos os esforços de Dulce para
convencê-la do contrário.
Sem maiores esperanças, ainda assim, ela não queria dar-se por vencida.
Precisava tentar ainda.
— Por favor, meu senhor — implorou. — Aceite-me. E, à não ser que seja um homem
muito mau, serei a esposa mais devotada e fiel que um homem poderia ter.
Christopher a encarou-a por alguns segundos e perguntou:
— Como sabe se sou ou não um homem mau?
— Não sei. Mas não acho que seja, pois, mesmo no convento, teríamos ouvido
falar do senhor, se fosse mau. Os atos ruins de um homem correm mais rápido do
que os bons…


— Nunca ouviu falar de mim?
— Não, até que meu tio foi ao convento.
Dulce pensou tê-lo ouvido suspirar.
— Vá buscá-lo — Christopher repetiu a ordem.
— Senhor, por favor, não me mande de volta! Eu preferiria morrer!
— Ou casar-se comigo!
— Sim! — assim que falou, ela se amaldiçoou por ter dito tal palavra. Que
chances teria agora?!
Viu-o apontar para a porta, imponente, e percebeu que não havia mais esperança.
Baixou a cabeça, mas ergueu-a em seguida, e, com o resto de dignidade que ainda
sentia foi até aporta e abriu-a, vendo que seu tio aguardava, impaciente, do
lado de fora.
— Ele quer vê-lo, tio — disse apenas.
Os olhos de lorde Saviñón se arregalaram, como numa pergunta muda, mas Dulce
não lhe fez nenhum sinal, bom ou ruim. Olhou para trás, por sobre o ombro
esquerdo, para o homem que não conhecia e que, sabia agora, jamais conheceria.
— Vou esperar aqui fora — disse, dando um passo no limiar da porta, mas a voz
rouca de Christopher ordenou:
— Fique!


Ele queria que aguardasse para
ouvir sua recusa pessoalmente, Dulce imaginou, entristecida. Sentia-se inferior
a um verme… Mas voltou-se, retomando à sala. Ergueu o rosto, olhando-o de
frente, quase desafiadora.
— Senhor? — apressou-se lorde Saviñón, colocando-se diante da cadeira em que Christopher
ainda permanecia.
— Vou me casar com ela.
Ele acabava de dizer que a aceitava! Dulce agradecia aos céus, sem ainda poder
acreditar de todo. Não teria mais que voltar ao convento! Baixou a cabeça,
permanecendo ali, parada, estática.
Muitas vezes já desmaiara na vida, mas sempre por falta de alimento ou devido
às longas e cansativas vigílias durante as quais as freiras a obrigavam a
contemplar a natureza terrível de seus pecados. Nunca antes sentira-se tonta
devido ao alívio. Agora, porém, isso estava acontecendo!



De repente, dois braços fortes a ampararam, levando-a até um banco que não
tinha notado ainda, por estar envolto nas sombras. Não vira um homem durante
treze anos e, por muito mais tempo ainda, não sentira o toque de um. E nenhum
homem a segurara daquela forma, nem mesmo para ajudá-la.
Crispou os dedos nos antebraços que a prendiam ainda, sentindo os músculos que
se contraíam por baixo do tecido escuro de lã. Sentiu a respiração se acelerar
involuntariamente ao sentir-lhe o cheiro, tão masculino, tão diferente do das
mulheres, ou de seu tio, que sempre tivera um estranho gosto por perfumes
orientais.
Queria poder inclinar a cabeça sobre o peito largo que estava tão próximo,
sentir-se ainda mais protegida, mas não ousou fazê-lo.
— Vinho? — Christopher ofereceu enquanto a ajudava a sentar-se.
— Não… sim…


— Vinho, Saviñón! Ali! — Lorde
Alexander apontava para um aparador, num dos cantos escuros da sala, e o outro
nobre apressou-se em pegar a garrafa.
— Está doente? — Christopher perguntou.
— Não, meu senhor — ela respondeu, antes de tomar o primeiro gole da bebida.
Depois, erguendo os olhos para o rosto dele, completou: — Estou feliz.
Ele afastou-se abruptamente, como se Dulce lhe tivesse cuspido o vinho na face,
depois voltou-se, e caminhou até a cadeira. Ao que parecia, Dulce se
precipitara. Mais uma vez.
Lorde Alexander olhou para Saviñón, depois apontou para outro dos cantos
escuros, onde havia outra cadeira, fazendo-o apressar-se em trazê-la para junto
da mesa.
— Estou com o documento aqui, senhor, pronto para ser assinado, com uma cópia,
é claro — explicou lorde Saviñón, tirando dois rolos de papel da bolsa de couro
que trazia consigo. — Agora, quanto às alterações no dote.
Dulce mais sentiu do que viu quando, Christopher lançou-lhe um olhar, antes de
dizer:
— Sem alterações.


Quando ela ergueu à cabeça,
ele já não a fitava, mas a seu tio, o qual parecia estar tão atônito quanto
ela.
— Deixe como está — lorde Alexander acrescentou.
— Mas não sou Viviana… — Dulce protestou ainda, levantando-se devagar.
— Acredito que lorde Alexander esteja mais do que ciente disso agora — comentou
seu tio, ainda parecendo aborrecido com ela. — Não vejo necessidade de ficar
lembrando-o do fato a todo momento.
Voltando-se para Christopher, continuou com expressão ambiciosa, o que deixou
Dulce horrorizada:
— A colheita não foi tão boa quanto eu esperava este ano.
— Quando será o casamento? — ela interferiu, sem poder se conter. Queria
colocar um ponto final na tentativa do tio de alterar o contrato de casamento a
seu favor, como era claramente seu intento. Não podia permitir que ele
provocasse a ira de lorde Alexander.


— Amanhã, ao meio-dia —
Christopher respondeu.
— Excelente, meu senhor! — Saviñón exclamou, com um sorriso satisfeito. —
Quanto mais cedo, melhor. E, se aquele cavalo não tivesse machucado a pata…
Dulce aproximou-se da mesa.
— Por que esperar até amanhã? perguntou, ansiosa. — O documento está aqui,
pronto para ser assinado! Não vejo necessidade de esperarmos, a não ser que não
haja um padre disponível…
Christopher olho-a calmo.
— Donhallow tem um padre — informou.
— Então, senhor, por que não nos casamos hoje?
— Dulce, cale a boca! Ouviu o que lorde Alexander disse! — admoestou seu tio. —
Ele marcou a data, para amanhã e você não…



Christopher ergueu a mão esquerda, silenciando-o com a força do gesto. Por
alguns momentos, Saviñón olhou para aquela mão, sem saber o que fazer, até que
Christopher num gesto impaciente mostrou-lhe que queria ver o documento.
— Vamos nos casar hoje — arrematou Christopher.
Dulce respirou fundo, satisfeita. Viu quando lorde Alexander ergueu os olhos de
sobre o documento e seus olhares se encontraram por instantes.
Sabia que ele a queria, viu isso naqueles olhos escuros e misteriosos. Por tudo
o que ela dissera ou haveria algo mais? indagou-se.
Não tinha certeza. Ainda assim, sabia que, se ele não quisesse, não haveria
poder na terra que o tivesse feito aceitá-la como esposa. E Dulce estava certa
de que queria sentir-se nos braços dele novamente, poder descansar a cabeça em
seu peito, sentir seu toque. Queria dar-lhe filhos.


Ele voltou a ler o documento e
Dulce deixou que seus olhos passeassem sobre sua figura; como se fosse uma
pintura a ser admirada no teto da capela do convento…
Ele se levantou, então e, indo até um armário próximo, trouxe de lá uma pena e
um pequeno frasco de louça. Então, enquanto lorde Saviñón mordia o lábio
inferior, ansioso, assinou seu nome. Depois, com calma e deliberação,
Christopher leu a seguinte folha do documento e, com a mesma classe, assinou-a
também. Depois tornou a olhar para Dulce, então chamou-a:
— Venha — E estendeu-lhe a mão direita.
Trêmula e grata, ela aceitou a mão que lhe era oferecida e permitiu que ele a
acompanhasse para fora da sala. Conforme caminhava, prestava atenção ao que não
notara antes: a torre por onde passavam era feita de pedras enormes, bem como o
resto do castelo, muito sólido e cinzento. Um corrimão tinha sido cravado na
rocha e os degraus estavam gastos. Donhallow era muito antigo, em especial aquela
parte por onde andavam agora.


De repente, a vontade de
espirrar tomou-a , fazendo-a cobrir boca e nariz com a mão.
— Lã molhada sempre me faz espirrar — explicou depois, como numa desculpa.
Christopher parou de andar de imediato fazendo-a imitá-lo. Olhou-a de cima
abaixo, dizendo apenas:
— Espere aqui.
E voltou para o solar, seguindo ainda mais adiante, para dentro da torre,
deixando-a nas escadas. Seu tio apareceu à porta do solar, viu-a ali, sozinha,
e aproximou-se, admoestando-a:
— O quê, em nome dos céus, você fez agora?!
— Espirrei.
— Você… o quê?!
— Espirrei. Por causa da lã molhada. E lorde Alexander disse-me para esperar
aqui.
— Muito engraçado, minha sobrinha! — Mas ele não gostara em nada da
brincadeira. — Devia ter sido humilde e dedicada no solar e assim eu poderia
ter baixado o valor do dote…
— Ou pago mais… Diga-me, meu tio, barganhou com ele também quanto a Viviana?


Não houve resposta, e seu tio
não a olhava, e Dulce prosseguiu:
— Não o fez, tenho certeza. Ele ditou os termos e o senhor aceitou porque sabe
que lorde Alexander não ê homem que aceite barganhas. Então, por que achou, que
poderia barganhar agora? Poderia ter estragado tudo…
— Ou ter conseguido termos melhores para o acordo.
— Melhores para o senhor…
Agora, ele a encarava.
— E você é assim tão esperta em assuntos masculinos? Conhece-os apenas em olhar
para eles, não? — Havia ironia em suas palavras.
— Conheço o suficiente para saber quando devo ficar calada.
— Você, calada?! — Ele zombou — O que foi todo aquele falatório no solar,
então? Pelas chagas de Nosso, Senhor, mocinha, você devia ter ficado calada,
como qualquer mulher faria!
— Se tivesse me calado, podia estar saindo deste castelo agora mesmo, ao invés
de estar prestes a me casar; O que eu quis dizer meu tio, é que sei quando
falar e quando devo calar.
— Espero que sim, ou as coisas poderão ficar bem piores para você, mesmo que
ele pareça querê-la agora.
Dulce não entendeu o que aquelas palavras continham.
— O que quer dizer com isso? — perguntou, desconfiada.
— Ele pode não te feito objeções a sua audácia hoje, mas poderá fazê-lo assim
que se tornar sua esposa. Deve lembrar-se disso, Dulce. Lorde Alexander não é
um homem de bom coração, e há coisas que não sabe a seu respeito.
— Que coisas?



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Autor(a): perfectgirl

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 122



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  • ciitah Postado em 31/03/2011 - 10:00:56

    Tava gostando, mas parece que foi abandonada D:' que pena..parecia ser boa.

  • christophertaylor Postado em 15/04/2010 - 18:01:41

    amei tbm...

  • dulcekarla Postado em 12/04/2009 - 22:02:31

    vc nau abandono abandono?? nau por favo! poxta + ta mara!!!11

  • dalilagoiabeira Postado em 06/04/2009 - 02:54:27

    a web tá otima, to amando!!!
    posta + logo, please!!!!

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:24

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
    BJIX

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:09

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
    BJIX

  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:28

    vc abandonou a web?
    Diz que nao por favor!
    volta a postar plix
    (bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:26

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