Fanfics Brasil - III A suвsтιтuтα - VONDY

Fanfic: A suвsтιтuтα - VONDY


Capítulo: III

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Capítulo 3

A expressão de lorde Saviñón manteve-se fechada.
— Nada que evite o casamento — respondeu, seco.
— Porque quer continuar aliado dele, eu presumo…
Dulce não acreditava ter se enganado quanto a lorde Alexander. No entanto,
talvez estivesse tão determinada a não voltar ao convento, que tinha visto nele
o que queria ver e não a realidade…
— Meu tio, devo imaginar que, mesmo sendo ele a personificação do mal, o senhor
não se importaria desde que as famílias estivessem unidas e não diria uma
palavra sequer de aviso para a noiva a ser sacrificada por isso?!
— Não, não! — Saviñón protestou. — O que quero dizer é que você tem o dom de
aborrecer as pessoas, Dulce! E não deve aborrecê-lo! Não pode negar o fato de
que ele não é exatamente, um homem, cordial… E eu não quis dizer nada além
disso.
— Mas há, algo além — ela insistiu. — Posso ver isso em seu rosto.
— Prefere voltar ao convento?


Dulce pensou no convento e no
sorriso de satisfação que haveria no rosto da reverenda madre, se voltasse. Com
certeza, não se enganara com o homem que estava prestes a desposar, imaginou.
Até mesmo no convento contavam-se histórias sobre homens maus e lorde Alexander
jamais fora mencionado lá… Além do mais, ele viera em seu socorro quando quase
desfalecera. Se fosse cruel e egoísta, não o teria feito… E teria discutido
sobre a alteração no dote, pois era um direito seu fazer tal coisa. Na verdade,
não parecia estar feliz, mas nem ela mesma parecia estar mais feliz do que ele…
Dulce sabia também que não deveria julgar ninguém apenas pelas aparências. Aprendera
tal lição de modo bastante amargo alguns meses depois de sua chegada ao
convento, quando contara à gentil e amável Fuzz sobre seus planos para roubar
algumas maçãs do refeitório da reverenda madre.
Fuzz a incentivara e logo em seguida a denunciara apenas para cair nas graças
da freira. Talvez, se tivesse prestado mais atenção ao rosto de Fuzz, a seu
modo de ser, suas atitudes, não tivesse sido enganada… olhara com muita atenção
para lorde Alexander e agora era mais esperta do que antes.
— Não, meu tio, não desejo voltar ao convento — respondeu tranqüila.


Ouviram passos na escada e
logo em seguida lorde Alexander apareceu, trazendo algumas roupas nos braços.
— Presente de casamento — disse, entregando as roupas a Dulce. — Pedirei a uma
criada que a leve até meu quarto para que mude de roupa. Senhor, venha comigo!
Antes que Dulce pudesse dizer alguma coisa, Christopher já continuava a descer
as escadas. E, sem uma palavra, seu tio o seguia.
Ela passou as mãos pelo tecido das roupas, sentindo-o suave como uma pétala de
rosa. Uma senhora de meia-idade apareceu em seguida, apressada, informando:
— Devo levá-la aos aposentos de meu senhor.
Dulce assentiu e seguiu-a além da entrada do solar. Quando chegaram ao topo da
torre, a serva abriu a pesada porta de carvalho, indicando o interior, para que
entrassem.
O cômodo era frio: havia uma única lamparina a óleo sobre uma mesa próxima à
cama e o cheiro forte de couro impregnava o ar.


— Vou acender o fogareiro —
informou a mulher, aproximando-se para pegar as roupas que Dulce ainda
segurava. Colocou-as então, sobre a enorme cama, na qual uma colcha de pele
sobressaía no aspecto geral do aposento. — Obrigada, senhora…
— Zoraida, senhora. Meu nome é Zoraida.
Dulce hesitou por alguns momentos, mas sua curiosidade acabou sendo mais forte:
— Está no castelo há muito tempo Zoraida?
— Vim, para cá há nove ou dez anos, minha senhora.
— Lorde Alexander é um bom patrão?
A serva deu de ombros, enquanto procedia na atividade de acender as brasas do
fogareiro. Dulce arrependia-se de ter perguntado.
Podia ainda lembrar-se de lady Ninel dizendo-lhe que a dona de um castelo,
jamais devia tornar-se íntima dos criados para que estes não perdessem o
respeito. Apesar do conselho, ela ainda queria saber mais:
— Eu não gostaria de me casar com um homem cruel…
— Ninguém gostaria — comentou Zoraida, tornando a colocar sobre a mesa a
lamparina que usava para ajudar a acender as brasas.


Ao que parecia, os servos de
lorde Alexander eram tão reticentes quanto ele próprio…
— Vi a cicatriz ao redor do pescoço dele. Ele se feriu? Foi por isso que sua
voz ficou assim?
Zoraida foi até a cama e pegou as roupas.
— A garganta dele foi apertada — informou, em tom casual, sacudindo as peças.
A revelação deixou Dulce pensativa. Ele tivera a garganta apertada, de alguma
forma violenta e, ainda assim, não morrera. Mas parecia ser forte e saudável, o
que devia explicar o fato.
— Quando isso aconteceu? — continuou, a perguntar.
— Antes de eu vir para cá, senhora.
— E como… — Mas ela se interrompeu quando a serva abriu outra das peças, que se
revelava um belíssimo vestido de veludo escuro bordado com fios de ouro e prata
no decote e nas mangas. Era o mais belo vestido que já vira na vida.
— Ele tem um gosto excelente! — comentou.


A mulher não respondeu, ajeitando
a roupa cuidadosamente sobre o leito. Estaria pensando que o gosto dele era
fraco no que tocava a escolha da noiva ou imaginava que Dulce estava a espera
de um elogio? Não… Dulce quase riu. O dia em que esperaria receber um elogio
seria um dia de milagres…
— Acho que não devemos nos demorar, senhora — aconselhou a criada com a
sabedoria de quem conhecia o dono do castelo.
— Não, é claro que não. — E passou a despir-se, tirando primeiro a capa e
depois a touca, que detestava.
Passou a mão pelos cabelos, soltando-os, sentindo as raízes doloridas por
estarem presas há tanto tempo. Em seguida livrou-se do vestido simples, que
aprendera a usar desde que chegara ao convento. Felizmente, suas roupas de
baixo ainda estavam secas.
Apesar da pressa, aproximou-se do vestido com cuidado, de modo quase solene,
como se temesse tocá-lo. Afinal, era delicado e luxuoso demais para ela…
— Deixe-me ajudá-la, senhora — ofereceu Zoraida. Dulce ficou parada, erguendo
os braços, e o vestido, colocado pela serva, caiu sobre seus ombros com graça e
suavidade.
— Está um pouco largo — Zoraida comentou. — Mas vou apertar os laços e vai
ficar bom.


Maravilhada com a beleza do
vestido, Dulce só conseguia passar as mãos com suavidade ao longo da cintura, e
admirar a qualidade do que vestia.
— Como quer que eu prenda seus cabelos, senhora? Com tranças?
O vestido estava agora ajustado, mas continuava um pouco largo na cintura e
Dulce imaginou que seus longos cabelos serviriam para encobrir o pequeno
franzido que ficara por trás dos laços.
— Não, não quero tranças.
— Então, deixe-me penteá-los. — A criada foi até um móvel, num dos cantos, para
pegar a escova.
Sem tranças, sem toucas, sem nada que os prendesse… Elizabeth não conteve o
sorriso.
— Parece estar muito feliz, minha senhora — Zoraida comentou.
— E não deveria estar? Hoje é o dia do meu casamento!


Uma expressão um tanto
preocupada apareceu, no rosto da mulher, que observou:
— É verdade. E todos deveríamos estar felizes, eu suponho. Não há dúvidas de
que nosso senhor queira muito um herdeiro.
— É esse meu maior desejo também — Dulce confessou, vendo que a expressão no
rosto da criada se acentuava. — Por quê? Acha estranho?
— É que… imaginei…
— Sim? Que eu não iria querer cumprir meus deveres de esposa?
Zoraida parecia hesitar. Aproximou-se, trazendo escova e pente, e começou,
incerta.
— Não o acha… assustador, minha senhora?
— Assustador? — Dulce pensava. A voz poderia ser… diferente, estranha, mas
apenas isso.— Não. Intimidador, talvez. Ele a assusta?
— Não. — Zoraida parecia hesitar em usar o pente.
— Acha que ele se importaria, se eu usasse seus objetos? — Dulce indagou,
percebendo sua atitude.
— Acho que não. Afinal é sua noiva…
Sim, era sua noiva, Dulce repetiu para si mesma, portanto, ele não deveria, se
importar se usasse alguns de seus objetos pessoais.


O cão estava novamente a
seus pés e Christopher mantinha o olhar fixo nas chamas da enorme lareira do
hall. Padre Thomas esperava, paciente, a seu lado, pronto para pronunciar as
palavras que o uniriam a Dulce Maria Saviñón.
Pouco adiante, lorde Saviñón se instalara a uma das mesas preparadas para a
festa de casamento e embebedava-se aos poucos com o excelente vinho da casa.
Pelo menos, assim, mantinha-se quieto, pensou Christopher lançando-lhe um olhar
rápido.



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Autor(a): perfectgirl

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 122



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  • ciitah Postado em 31/03/2011 - 10:00:56

    Tava gostando, mas parece que foi abandonada D:' que pena..parecia ser boa.

  • christophertaylor Postado em 15/04/2010 - 18:01:41

    amei tbm...

  • dulcekarla Postado em 12/04/2009 - 22:02:31

    vc nau abandono abandono?? nau por favo! poxta + ta mara!!!11

  • dalilagoiabeira Postado em 06/04/2009 - 02:54:27

    a web tá otima, to amando!!!
    posta + logo, please!!!!

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:24

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
    BJIX

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:09

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:28

    vc abandonou a web?
    Diz que nao por favor!
    volta a postar plix
    (bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:26

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