Fanfics Brasil - IV A suвsтιтuтα - VONDY

Fanfic: A suвsтιтuтα - VONDY


Capítulo: IV

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Capítulo 4

Assim quê padre Thomas abençoou a festa, Dulce sentou-se na cadeira com formato
de trono, ao lado de seu marido, imaginando a real extensão de todos os erros
que, já cometera. Que seu marido estava zangado, não havia a menor dúvida. Até
um cego poderia sentir a raiva que havia nele. Não deveria tê-lo beijado, nem
lhe falado no tom que usara quando ele se voltara, surpreso por sua atitude.
Além disso, deveria ter imaginado que, com a voz que lhe restara, ele jamais
poderia apresentá-la a seus convidados.
Ainda assim, Dulce não se arrependia do beijo, pois era como disser a ele:
queria que todos soubessem que se casara por sua livre e espontânea vontade.
Assim, ninguém jamais pensaria em usá-la contra seu marido ou em pedir sua
ajuda em prol de causas individuais. Isso Lady Ninel também lhe ensinara.
Aliás, lady Ninel falara sobre quase tudo que uma esposa precisaria saber para
sair-se bem num casamento, pensou Dulce, lançando um olhar de soslaio ao homem
sentado tão quieto, a seu lado.


Sim, ela lhe ensinara quase
tudo, exceto como lidar com um marido que não tinha expressão alguma no rosto…
Lembrava-se das palavras de lady Ninel dizendo-lhe que uma boa esposa tinha o
dever de agradar seu marido, de adivinhar-lhe os desejos e amoldar-se a eles.
Talvez devesse ser calada também… Mas esperava que não. Podia ser humilde e
mansa, mas, calada… Isso sempre lhe fora mais penoso do que suportar as surras.
Alguns criados começaram a entrar trazendo a comida. O cheiro agradável do pão
assado penetrou-lhe as narinas e seu estômago, acostumado a comida mais pobre,
pareceu alegrar-se, roncando, deixando-a extremamente envergonhada, pedindo a
Deus que ninguém tivesse ouvido…
Perto a seu cotovelo estava uma belíssima taça de madeira e prata, para o
vinho. Beberia vinho nessa noite, provavelmente de alta qualidade, como já
provara no solar. Além do mais, o estado de embriaguez de seu tio provava estar
certa.
Ele se considerava um perito em bebidas e, se considerasse que o que estava
sendo servido era de má qualidade ou procedência, teria apenas experimentado e
não bebido tanto. Ao julgar pela cor de seu nariz avantajado, o vinho era
excelente. Uma criada colocou um grande pão diante de Dulce o qual exalava um
aroma delicioso, ela teve de conter-se para não agarrá-lo e dar-lhe uma mordida
vigorosa. Quanto à manteiga que o acompanhava, numa delicada travessa também de
prata, não havia nem o que comentar. Suave, levemente amarelada, colocada em
formato de pequenas bolinhas, numa travessa ao lado.


Dulce forçava-se a manter uma
atitude digna. Lembrava-se de que seu tio a aconselhara a ser sempre cautelosa,
coisa que, esquecera por instantes, no momento da cerimônia. Ainda assim, o
aroma daquele pão a levava à loucura e rezava para que seu marido o partisse
logo.
Quando ele o fez entregando-lhe uma fatia, Dulce apressou-se em pegar a faca ao
lado de seu prato para espalhar a manteiga sobre, o miolo ainda quente.
Mordeu-o em seguida e achou tão delicioso que teve de cerrar os olhos para
saboreá-lo melhor.
— O que é isto? — ouviu e voltou-se para ver que lorde Alexander a olhava,
surpreso. — Você gemeu…
— Gemi — ela sentia o rosto aquecido, sabia que estava mais corada do que, o
normal. — É ó pão. Está muito bom!


— Mas é apenas pão.
— Posso assegurar-lhe, meu senhor, que não há nada melhor do que o sabor de um
bom pedaço de pão. Na verdade, poucas vezes experimentei algo tão delicioso e
acho que posso sentir o sabor em meu corpo todo, até os dedos dos pés. — E
baixou os olhos, encontrando os do cachorro, fixos nela.
Afastou o pão dele e virou a cadeira um pouco para o lado, para evitá-lo.
— Cadmus não vai roubar-lhe o pão. — lorde Alexander explicou. — A menos que o
deixe cair. Mas… noto que está, tremendo.
— Senhor, não gosto de cães. Em especial os grandes. A reverenda madre tinha um
cachorro e ele… — Dulce interrompeu-se, notando intensidade no olhar de seu
marido. Ele voltou-se para seu prato, e então, deixando de dar-lhe atenção. Ela
olhou mais uma vez para o cachorro e, sem acreditar que em vão tentaria
roubar-lhe o pão deu-lhe as costas ainda mais.


Outros servos entraram, todos
homens, trazendo jarros enormes, que Dulce imaginou conterem vinho. Ainda
mastigando seu pão, ela viu um deles se aproximar e encher sua taça.
Seu tio, como notou logo, engoliu o conteúdo da sua de uma só vez. Quando levou
o vinho aos lábios, Dulce notou que ele era ainda melhor do que o pão. Tomou
dois goles grandes, lentos, sentindo a bebida aquecê-la por dentro, fazendo-a
relaxar um pouco. Jamais provará algo tão bom. Seria tudo em Donhallow tão bom
quanto o pão e o vinho? E todos os dias? Talvez não, concluiu. Aquela era uma
noite especial. Uma festa. Sua festa de casamento. Com, um homem que nunca vira
antes e que se mantinha quieto e sério a seu lado.
Na verdade, o cão prestava mais atenção a ela do que lorde Alexander. Talvez
devesse ter se casado com o cão, imaginou, divertida.

E riu, fazendo com que a taça em sua mão balançasse. Apressou-se em controlar
seus movimentos, pois não queria respingar, a bebida na bela toalha de linho da
mesa, nem em seu precioso vestido de veludo. Teria conseguido, mas a mão forte
de seu marido aparou a taça, afastando-a.
— Sinto muito, senhor — Dulce murmurou. — Também não bebo um vinho tão
maravilhoso há muito tempo.
Ele nem mesmo a olhou. Ela não era Viviana, mas… teria lorde Alexander de ser
tão sério em sua noite de casamento? Pensou, um tanto ressentida.
— Peço desculpas por tê-lo beijado também. — ela prosseguiu.— Não achei que
fosse se importar tanto assim, ou não o teria feito. Prometo não fazê-lo
novamente.


Ele se voltou, muito
lentamente, e ergueu as sobrancelhas. E, apesar de ter acabado de beber, Dulce
sentiu a boca seca. E de imediato arrependeu-se por ter dito que não voltaria a
beijá-lo.
Viu-o afastar a taça deliberadamente de seu alcance e engoliu em seco, desviando
o olhar do dele. Sua noite de núpcias estava cada vez mais próxima e seu
coração batia acelerado. Era como se pudesse senti-lo pulsando em seus ouvidos.
E, sentindo uma espécie diferente de desespero, estendeu a mão e tomou a taça,
bebendo o resto do vinho que estava nela.



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Autor(a): perfectgirl

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— Estou com muita sede, senhor — explicou, mas sem ousar encara-lo. — E com muito calor também. — Está? — A pergunta não fora mais do que um sussurro. — E um pouco tonta. — Então coma mais. Dulce assentiu, sentindo-se aliviada por ver que os criados agora traziam os pratos principais. E, quando o serv ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 122



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  • ciitah Postado em 31/03/2011 - 10:00:56

    Tava gostando, mas parece que foi abandonada D:' que pena..parecia ser boa.

  • christophertaylor Postado em 15/04/2010 - 18:01:41

    amei tbm...

  • dulcekarla Postado em 12/04/2009 - 22:02:31

    vc nau abandono abandono?? nau por favo! poxta + ta mara!!!11

  • dalilagoiabeira Postado em 06/04/2009 - 02:54:27

    a web tá otima, to amando!!!
    posta + logo, please!!!!

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:24

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
    BJIX

  • naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:09

    POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
    BJIX

  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:28

    vc abandonou a web?
    Diz que nao por favor!
    volta a postar plix
    (bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

    vc abandonou a web?
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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27

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  • naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:26

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