Fanfic: A suвsтιтuтα - VONDY
— Estou com muita sede, senhor
— explicou, mas sem ousar encara-lo. — E com muito calor também.
— Está? — A pergunta não fora mais do que um sussurro.
— E um pouco tonta.
— Então coma mais.
Dulce assentiu, sentindo-se aliviada por ver que os criados agora traziam os
pratos principais. E, quando o servo aproximou-se novamente com a jarra para
encher-lhe a taça novamente, lorde Alexander não o impediu, como ela achou que
faria.
— Esta mesa está maravilhosa, senhor — ela elogiou, vendo as carnes e tortas
sendo colocadas adiante de si. — Sempre come tão bem ou é por que hoje temos
uma festa?
— Sim — respondeu ele, passando os olhos firmes pelo ambiente, numa atitude que
os criados pareciam esperar e temer ao mesmo tempo, pois observavam-no e, vendo
que eram notados, apressavam-se em agir da melhor forma possível.
— Sempre come tão bem? — Dulce
repetiu. — É de admirar que nem o senhor e nem seus homens estejam gordos…
—É uma festa especial — ele corrigiu.
—Ah, sim…
Lorde Alexander voltou-se, as sobrancelhas erguidas novamente, o que a fez
explicar depressa:
— Sinto muito se pareci desapontada. Tenho certeza de que deve ter uma
cozinheira excelente e criados maravilhosos. Para ser sincera, meu senhor, acho
que apenas o pão me bastaria para, viver feliz…
Um muito breve sorriso apareceu nos lábios dele quando acrescentou:
— E o vinho.
Dulce corou mais uma vez.
— Não sou uma beberrona, posso garantir senhor. É que o vinho no convento,
estava sempre azedo, mal podíamos bebê-lo. Quanto a este… é excelente!
— Bem, deveria ser.
— Por quê? É muito caro?
Ele assentiu. Lorde Alexander levara-a a crer que seu marido era um homem rico
e, se fazia questão de mostrar o quanto seu vinho era caro, talvez fosse
avarento também, pensou, talvez fosse isso o que seu tio tentara lhe dizer…
Isso também explicaria a ausência de música na festa, a falta de menestréis ou
trovadores para alegrar o ambiente…
— Coma — seu marido ordenou-lhe, observando a comida ainda sem ter sido tocada,
em seu prato.
— Eu gostaria, mas… tenho receio de que meu estômago estranhe tanta comida…
Sabe, não estou acostumada a tanta variedade e não quero ter uma indigestão
esta noite.
As sobrancelhas de Lorde
Alexander arquearam-se outra vez, como se ela tivesse dito algo de escandaloso
e Dulce corou violentamente ao imaginá-lo tomando-a nos braços. Levantou-se,
então, sentindo-se levemente tonta, e comunicou:
— Acho que… se não haverá nenhum entretenimento, eu deva me retirar, senhor…
— Mas a noite mal começou.
— Este foi um longo e cansativo dia para mim. Por favor, fique com seus
convidados. Zoraida poderá me ajudar.
Christopher nada disse e, de repente, um silêncio expectante tomou conta da
grande sala. Podia-se apenas ouvir a respiração pesada de lorde Saviñón,
adormecido sobre a mesa.
Dulce não sabia o que dizer ou fazer. Queria apenas ficar sozinha por algum
tempo; longe dos olhos frios de seu marido para poder pensar bem no que estava
acontecendo em sua vida e preparar-se para… o que estava por vir.
Voltou-se e sentiu que a sala girava. Agarrou-se ao encosto da cadeira para
recuperar o equilíbrio e, como antes, sentiu os, braços dele ao seu redor. Mas,
dessa vez, lorde Alexander ergueu-a do chão.
— Senhor! — ela se
surpreendeu.
Ele nada disse e seu rosto não traiu a menor emoção enquanto caminhava com ela
nos braços em direção à escadaria da torre. Ainda chocada, Dulce olhou por cima
de seu ombro, vendo que o cachorro os seguia de perto.
— Boa noite! — disse a todos, sentindo que deveria pronunciar alguma espécie de
despedida.
Seu marido mantinha-se calado. O que poderiam estar pensando lá embaixo? Dulce
indagava-se. E, se lorde Alexander considerara seu beijo e sua sede como algo
indigno, o que não dizer do que acontecia agora?Mas não queria pensar.
Abraçou-se ao pescoço dele, deixando-se carregar, solta, entregue.
— Quando eu era pequena — lembrou-se e não pôde deixar de contar — eu costumava
sonhar em ser carregada assim. Mas não achei que isso fosse, de fato, acontecer
algum dia. E, se alguém me dissesse que isso iria suceder uma semana trás, eu
não acreditaria…Christopher não falava.
— Acho que nós dois esquecemos nossas boas maneiras hoje. — Dulce insistiu, mas
ainda assim não houve resposta. Ele apenas seguia subindo. Ela prosseguiu: —
Podia ter deixado que eu viesse com Zoraida...
— Poderia ter caído.
— Mas não,estou bêbada…
— Não?
— Não. Eu lhe disse, foi o pão tão delicioso. — Ela inclinou a cabeça,
apoiando-se ao peito do marido, sentindo o tecido de lã, de sua túnica um tanto
rude contra seu rosto. — Bem, talvez, tenha sido o vinho, também, mas só um
pouquinho… Não se zangue comigo, senhor, por favor. Prometo ser melhor amanhã.
É que este foi um dia tão estranho…
Estaria ele rindo? Indagou-se
de repente. E afastou o rosto para vê-lo. Não… Devia... ter se enganado.
Chegaram ao quarto e Christopher afastou a porta com um dos pés, depois esperou
enquanto o cachorro, entrava.
— Ele dorme aqui também? — Dulce alarmou-se.
Lorde Alexander assentiu e acrescentou:
— Guarda a porta.
— E não pode fazer isso do lado de fora?
— Ele percebe os intrusos.
— Costuma ter intrusos no castelo?
— Não, mas sou cauteloso. — Colocou-a no chão, esperando que recuperasse o
equilíbrio, antes de soltá-la de todo.
— Oh… — A torre parecia tão fria quando não estava nos braços dele. — Então…
imagino que, seja seguro dormir aqui.
— Sim.
— Bem, isso é um alívio. Embora eu ache que um homem deveria ser louco para
tentar atacá-lo em seu próprio castelo.
— Um homem poderia sê-lo — ele concordou de um modo enigmático.
Dulce percebia que agora havia um candelabro com inúmeras velas iluminando o
ambiente. Notou que seu marido se afastava e que soltava o cinto, de couro da
túnica.
Christopher se voltou e avistou-a fazendo um breve sinal com o queixo em
direção ao cachorro:
— Ele não vai mordê-la.
— Espero que não…
Os lábios de lorde Alexander
moveram-se num ligeiro sorriso ao acrescentar:
— Também não vou.
Dulce sorriu, tensa, notou que, para evitar o cão, à sua direita, teria de ir
em direção a cama, ou ,em direção a seu marido, o qual colocava o cinto, sobre
um aparador sob a janela.
Não deveria ter insistido para que o casamento fosse naquele mesmo dia,
recriminou-se. O dia seguinte estaria bem e teria tido mais tempo para
acostumar-se com a idéia…
O quê, em nome de Deus estaria errado com ela? Indagou a si mesma, alarmada. Um
dia a mais não faria diferença em seus sentimentos e poderia levá-la de volta
ao convento!
O casamento fora a melhor coisa que poderia ter-lhe acontecido. Não deveria ser
tola e tornar-se, de repente, tímida e recatada. Mesmo sendo seu marido um total
estranho, para ela, era um estranho bastante atraente… E com determinação
renovada, Dulce soltou os laços de seu vestido e tirou-o. Passou por seu marido
então, e com cuidado colocou o vestido no mesmo aparador ao lado do cinto. E,
em seguida, subiu para a enorme cama, vendo lorde Alexander terminar de se
despir.
Autor(a): perfectgirl
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Comentários da Fanfic 122
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ciitah Postado em 31/03/2011 - 10:00:56
Tava gostando, mas parece que foi abandonada D:' que pena..parecia ser boa.
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christophertaylor Postado em 15/04/2010 - 18:01:41
amei tbm...
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dulcekarla Postado em 12/04/2009 - 22:02:31
vc nau abandono abandono?? nau por favo! poxta + ta mara!!!11
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dalilagoiabeira Postado em 06/04/2009 - 02:54:27
a web tá otima, to amando!!!
posta + logo, please!!!! -
naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:24
POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
BJIX -
naths2vondys2 Postado em 25/10/2008 - 18:04:09
POR FAVOR VOLTE À POSTAR!
BJIX -
naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:28
vc abandonou a web?
Diz que nao por favor!
volta a postar plix
(bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27
vc abandonou a web?
Diz que nao por favor!
volta a postar plix
(bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:27
vc abandonou a web?
Diz que nao por favor!
volta a postar plix
(bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 04/10/2008 - 22:46:26
vc abandonou a web?
Diz que nao por favor!
volta a postar plix
(bjix))