Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

O soar da palavra “pare” pareceu atiçar-lhe ainda mais. Quando seus lábios abriram-se para invadir minha boca não tinha mais consciência se ela estava bêbada, se eu estava brabo com ela ou se passamos praticamente um mês sem nos vermos. Queria sanar o desejo em meu peito que estava louco pra explodir a qualquer momento. Envolvi-lhe o corpo com as mãos e deixei que sua língua encontrasse a minha. O movimento lerdo e intenso que ela provocou foi enlouquecedor. Passeei as mãos por suas pernas aproveitando-me da maciez da pele exposta. Subi-lhe ao quadril apertando-os contra mim, enlouquecendo-a a ponto de ouvi-la gemer contra meus lábios. O ar foi faltando-nos gradativamente, à medida que isso acontecia Anahí chupava-me o lábio inferior para recuperá-lo. Estava errado. Muito errado! Detive minha mão em sua cintura e levantei-me do sofá com ela em meu colo, suas pernas automaticamente envolveram-me a cintura e seus braços agarraram-me o pescoço. O beijo não desgrudou-se de maneira alguma e agradeci-a por isso, era a saudade de seus lábios que não permitia que eu parasse. Fui seguindo ao meu quarto lutando contra meus desejos, não poderia tê-la aquela noite. Não a queria bêbada apenas por sexo. Queria amá-la droga! Quando vi a cama em minha frente cai com ela sobre os lençóis, Anahí cessou o beijo por um momento e aproveitei-me daquilo para levantar-me.

            — Poncho!

            — Não Anahí! – afastei-me da cama passando as mãos pelo cabelo.

Vi seu corpo arquear-se sentando-se na cama olhando-me com seus olhos azuis tão hipnotizantes.

            — Não me rejeite estúpido! – gritou.

            — Não é rejeição... – olhei-a irritado – Você não vai querer acordar ao lado de alguém e não se lembrar do que fez.

Escutei o primeiro soluço alcançar meus ouvidos como uma flecha. Em seguida vi-a deitar-se na cama e agarrar-se a um travesseiro deixando as lagrimas escorrerem por sua face. Aproximei-me dela sentando-me ao seu lado um tanto culpado por aquilo.

            — Durma! – tirei as mechas de seu cabelo que caiam por seu rosto – Amanhã você vai me agradecer por isso.

Em um minuto seu choro cessou, seus olhos fecharam-se e ela dormiu. A ressaca no outro dia seria imensa e teria que estar preparado pra quando ela se desse conta do que fez. Levantei e tirei seus saltos colocando-os ao lado da cama, em seguida busquei uma manta para cobri-la. Detive-me por algum tempo velando seu sono, parecia um anjo tão serenamente seu semblante estava. Queria entender o motivo por não estarmos juntos, aliás, eu sabia. Ela tinha medo das conseqüências, medo da distancia que iria nos separar mais cedo ou mais tarde, ela tinha medo do que os outros iriam pensar ela tinha...medo. Droga! Deixamos claro no ultimo encontro que nossos caminhos se separariam, mas eu não me importava, poderia estar a 1 milhão de quilômetros longe dela que iria amá-la da mesma forma. Poderia agradecê-la por ser sincera e ter exposto isso pra mim, mas não agradeceria o tempo em que ela me evitara. Anahí era uma caixinha de surpresas, deveria ter me acostumado com isso depois de tudo. E droga! Queria saber com quem ela sairá e porque bebera daquele jeito em vez de ter me procurado desde o começo. Enlouqueço só de pensar que outro poderia tê-la tocado.

            — Droga Anahí porque você é tão complicada? – olhei-a.

O silencio do quarto intrigou-me, esperava que ela gritasse comigo, esperneasse e dissesse que me ama. Merda! Levantei saindo da minha tortura interior, deixei-a dormir e procurei o quarto reserva. No outro dia ela que me agüentasse, porque eu queria respostas...e não eram poucas.