Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

— Cala boca Poncho – gritei com ele – Eu nunca te tratei como os outros, eu nunca pedi pouca miséria, só queria que você me amasse da forma que eu fazia! E se agora eu não quero me envolver é unicamente por minha carreira!

            — Que se foda sua maldita carreira! – gritou da mesma forma – Eu cansei dos seus motivos idiotas, dos seus medos sem explicação!

            — Você está sendo egoísta!

            — Não estou! Sempre pensei em você em primeiro lugar e agora você se coloca no topo do altar me ignorando! Eu cansei disso, quero uma mulher ao meu lado não uma menina que só pensa em si própria!

Olhei-o sentindo suas palavras aferrarem-me o peito. Segurei as lagrimas que se acumularam no limite dos meus olhos a todo custo ignorando o efeito daquilo. Via a minha frente um homem ao qual amo, mas que não sabe aceitar meus problemas, que não enxerga que essa etapa da minha vida tem sido complicada, que minha carreira tem me deixado temeroso se não der certo e me aperta o peito saber que ele não se importa com isso. Claro! O empenhado ator Alfonso Herrera. Era fácil pra ele porque planejara isso muito antes do grupo acabar, mas pra mim...

            — Sou eu que cansei disso! – falei embargada sentindo malditas lágrimas caírem por meu rosto – Acho que você deixou claro que não valho nada. – ajuntei minha bolsa com pressa sobre o sofá agradecendo-a por estar à vista – Obrigada Alfonso, você conseguiu o que queria!

Dei-lhe as costas e sai. Não via mais motivos pra escutar ofensas sobre minha personalidade. Encarar ele seria difícil depois disso.

            — Anahí não fuja! – gritou indo atrás de mim.

Entrei no elevador ignorando seu chamado. Ele foi rápido ao alcançar-me e apoiar os braços em cada extremo das portas para que não se fechassem.

            — Vai pro inferno Alfonso! – empurrei-o obrigando-o a me deixar.

            — Mimada! – gritou com raiva enquanto as portas fechavam-se.

            — Te odeio Herrera! – retruquei no ultimo vislumbre de seu rosto.

Quando as portas finalmente fecharam cai em soluços constantes. Afundei o rosto nas mãos tentando controlá-las, não iria chorar por alguém que não valia à pena que fizera meu coração apertar-se. Droga de Alfonso, droga de vida que o punha em minha vida. Cheguei ao carro às pressas, nem me lembrava que ele estava ali e agradeci por ter chegado sozinha. Consegui sair da vista do seu apartamento, mas fui obrigada a estacionar na rua deserta mais próxima. Quando encontrei-a apoiei os braços no volante e chorei. Chorei como uma desesperada que acaba de perder o que mais queria. Chorei como a mulher que ele não percebera que eu fora, chorei como a menina mimada que ele via. Apenas chorei, deixando as lágrimas queimarem meu rosto desimpedindo o aperto em meu coração. Quando me senti disposta a dirigir novamente segui para o único lugar que me acalmaria: o nada.