Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 7 – Meu Karma: O Sermão! P.1

Demorei quase uma hora em baixo do chuveiro. Uma longa hora de 60 minutos em que tentei livrar a sensação de luxuria do meu corpo. Resultado? Negativo. Poncho não saia da minha cabeça e parecia que quanto mais eu não queria pensá-lo eu o pensava. Quando saio da suíte e encontro meu quarto sinto a falta de algo. Não queria estar ali porque tinha a sensação que deveria estar nos braços dele. Senti-me deprimida pelas conseqüências que minha birra causara, mas ele me magoara com suas palavras e não merecia nem um pensamento. Voltei ao meu closet procurando a roupa mais confortável para um dia de domingo. Calças largas e soltas e qualquer blusa do Peter Pan. Estava parecendo Ana Paula daquele jeito, o mesmo jeito que muitas pessoas me viam: como uma criança. Imatura, birrenta e problemática que acreditava em fadas. Palmas para Anahí. Terminei de arrumar os cabelos e fui logo jogar-me na cama. Sentia-me exausta depois de uma noite mal dormida seguida de uma discussão extremamente custosa para minha mente. Estava em ponto de ebulição e tudo que eu queria era um descanso. No momento que relaxei meu corpo e fechei os olhos, pensando que teria pelo menos sossego, minha mãe invade meu quarto aos berros.

             — Anahí filha olha quem eu trouxe! – disse animada.

Abri os olhos segurando a raiva na garganta. Olhei-a de esgoela percebendo que trazia o gato na mão. Com uma diferença: Banho tomado, laçinho azul no pescoço e um olhar de “quero sair daqui”. Arqueei o corpo sentando-me na cama. Ela parecia muito animada pra quem sempre odiou gatos.

            — Me dê o gato aqui! – fui até ela pegando-o nas mãos – O que você fez com ele! – observei sua pelagem – Ele era preto! – reclamei.

Dona Marichelo gargalhou.

            — Era minha filha... – sorriu – depois do banho que eu dei ficou muito melhor não acha? – sorriu ainda mais – Sabe, ele é muito fofinho!

Seu pêlo estava alongado e felpudo, os olinho ora azuis pareciam mais verdes recordando-me alguém. Analisei a coloração predominante branca com falhas em cinza e pontos em laranja quase creme. A mãe do gato provavelmente não era uma santa. Olhei minha mãe observando minha expressão, ela estava aprontando alguma coisa e aquilo não era nada bom.

            — Quais as suas condições para o gato? – arqueei uma sobrancelha desconfiada.

Ela suspirou.

            — Pensei que não fosse perguntar... – riu – Quero que ligue para Poncho – trocou a expressão para algo totalmente serio.

            — Não! – cortei-a rapidamente jogando-me na cama novamente.

            — Anahí não é uma condição, é uma ordem!

            — Será que a senhora não entende que entre eu e ele não pode haver nada? – alterei-me.

            — Você tem 26 anos minha filha! – rosnou sentando-se ao pé da cama – Esta se comportando como uma adolescente!

            — Me diz quando você falou com Poncho? – rosnei sentando na cama novamente – Armaram um complô pra jogar isso na minha cara?

            — Não foi preciso falar com ele... – falou calma como se eu não tivesse me alterado com ela – Está na hora de você decidir se ele é mesmo importante na sua vida, do modo que está vocês só vão se magoar ainda mais!

            — Ele me magoou mamãe falando coisas horríveis como se ele fosse o perfeito Herrera que não erra!

Marichelo maneou a cabeça em um suspiro longo.

            — E você é a certa na historia mesmo? – lançou à indireta – Não se engane minha filha, pra vocês se entenderem você tem que admitir seus erros! – levantou-se – Poncho não é santo, mas sabe o que quer!

            — Por favor, não me deixe mais culpada do que eu já me sinto! – falei mais baixo – Só não quero falar sobre isso!

            — Está bem Annie, não me meterei mais nisso! – deu-se por vencida – Dessa vez você terá que resolver sozinha!