Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 7 – Meu Karma: O Sermão! P.1

O que me apertava o peito, mas ele estava tão errado quanto eu e se alguém teria que se rastejar por perdão era ele.

            — Por favor, me deixe sozinha! – pedi voltando a deitar – Estou com dor de cabeça!

            — Tem mais uma coisa Annie... – mudou o tom preocupado para descontração.

Olhei-a sem levantar o corpo esperando sua explicação.

            — Eu liguei pra Maite! – soltou culpada.

            — QUE?

            — Ela vem daqui a pouco! – explicou – Achei que precisaria de companhia!

            — Pois se enganou, pode ligar pra ela e dizer que eu morri! Não quero ver ninguém! – peguei o travesseiro e tampei a cabeça.

            — Filha não seja chata! – reinou – Converse com sua amiga, quem sabe ela coloca juízo na sua cabeça!

Soltei uma gargalhada irônica.

            — Maite e juízo na mesma frase? Sonha mamãe!

Dona Marichelo bufou.

            — Desisto de falar com você! – aproximou-se da cama estendendo as mãos para pegar o gato – Até o bichinho ficou com sono de te ouvir...

            — Deixa ele aqui! – joguei meu corpo por cima dele pra que ela não pegasse – Não pense que vai fazer a cabeça dele também!

            — E desde quando gatos gostam de gente inteligente? – brincou me fazendo fechar a cara – Eles gostam de cabeças duras não se preocupe! – afastou-se.

            — Mamãe!

            — Te amo filha... – me lançou um ultimo olhar – Seja qual sua decisão vou estar ao seu lado.

Assenti.

            — Mas não me importo de ter um genro moreno de olhos verdes, ator de 26 anos conhece?

Olhei sua cara marota me obrigando a sorrir.

            — Te Amo dona Marichelo!

Com um beijo em minha testa e um afago em meus cabelos ela saiu do quarto, deixando-me com os pensamentos mais uma vez voltados a Poncho. Finalmente encostei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos. Queria apenas dormir, esquecer o que acontecera. Amanhã voltaria com tudo com minha carreira. Os preparativos para o CD preencheriam minha mente e me fariam esquecer o maldito Herrera. Miau. Olhei para o lado vendo o gato espreguiçar-se. Os olhos dele estavam mais para verde do que para azul diferente de quando o encontrei na rua. Podia jurar que o gato era um clone animal do Herrera.

            — Pancho!

Miau. O gato me olhou caminhando devagar até mim. Acaricie-lhe o pescoço peludo ouvindo-o ronronar alto. Seu corpo miúdo era do tamanho de minha mão e se esfregava em meus dedos.

            — Coisa fofa! – sorri fraca olhando-o acomodar-se em minha barriga – Pelo menos você não fala!

Miau. Aconchegou-se em cima de mim. Fechei os olhos e deixei que o cansaço me levasse. Algumas horas de sono poderiam levar o que sentia dentro de mim, diminuir a culpa e clarear os pensamentos. Dona Marichelo que concerte a historia de Maite vir aqui, porque com ela eu não estava a fim de falar.