Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

Dei-me conta da vida real. Estava sentado em meu carro no estacionamento da Televisa. Estava tão desligado da realidade que chegara sem mesmo perceber.

            — Alfonso você ta acordado? – chamou minha atenção novamente.

            — Ah... – olhei-a – Me desculpe Marisol....tô atrasado?

            — Ah sorte sua que não, e mais sorte ainda por eu te ver com essa cara de idiota a mais de dez minutos! – riu.

Abaixei a cabeça e ri junto a ela. Marisol era minha assessora agora, trabalhamos juntos no RBD e ela foi à pessoa que se dispôs a cuidar da minha carreira. Sai do carro trancando-o e seguimos para os prédios tão conhecidos que fizeram parte da minha vida por mais de cinco anos. Cada canto daquele lugar trazia uma lembrança de Anahí. Sejam eles os cantos secretos que nos encontrávamos, os corredores onde saímos aos berros ou simplesmente uma cadeira onde sentávamos pra conversar e rirmos juntos.

            — Poncho o que houve? – perguntou-me.

            — Está tão na cara assim que há algo comigo? – arqueei uma sobrancelha.

            — Na verdade faz quase um mês... – fez uma careta de obviedade – Aposto que tem algo sobre o fim do RBD que eu não sei...

Sorri, Marisol era minha amiga além de tudo. Conhecia-a perfeitamente e podia descrever aquela indireta.

            — Não há nada que você já não saiba espertinha.

            — Ah sei, então só pode ser o mesmo motivo de sempre...

            — Não diga! – cortei-a – Já é difícil demais em minha própria cabeça!

            — Nem percebi... – deu de ombros – Deveria ver sua cara no carro, todo babão! – riu novamente.

Maneei a cabeça negativamente.

            — Dessa vez foi feio Marisol... – falei desanimado subentendendo o assunto.

Ela parou no meio do corredor puxando meu braço para mirá-la.

            — Desde quando sua relação com Anahí foi fácil? – perguntou incrédula – Está na hora de vocês darem um jeito nessa relação!

            — Eu tentei, mais de uma vez, mas Anahí é tão cabeça dura que não entende! – resmunguei.

Ela sorriu revirando os olhos.

            — Nada de anormal nisso! – comentou – Vamos logo acabar com essa reunião – recomeçou a andar – Se der tudo certo você fará par com a Belinda! – trocou o assunto.

            — Você tinha falado Ana Layevska...

            — Sim falei, mas ocultei o detalhe que convidaram Anahí também!         

            — Que?

            — Isso ai Ponchito, mas ela não aceitou. Quer se focar na musica! – disse indiferente.

Querendo ou não aquela informação me pegou de jeito. A idéia de fazer outra novela com ela me enchia de esperanças, ao mesmo tempo me deixava desanimado por ela fazer recusa. Seria por que seu par, talvez, fosse eu?

            — Ela não sabia que você seria o par! – Marisol sorriu sem me olhar.

            — Não estava pensando nisso! – desviei.

            — Ah não nem eu! – brincou.

Alcançamos a sala onde seria a reunião, era tão cedo que poucas pessoas transitavam naquele espaço. Sentamos, esperamos, conversamos e até chegamos a discutir, mas no final acabei aceitando o papel. E aceitei por um único motivo. O mais obvio. Quanto mais focado no trabalho eu ficava menos tempo eu pensava nela.

            — O que temos por agora? – perguntei a Marisol quando deixaram-nos sozinhos na saleta.

Ela revirou alguns papeis que focava a leitura e maneou a cabeça.

            — Por hoje nada, mas amanha precisa terminar os closes que faltaram com Ruddy!

            — Precisa ser amanha?

Ela largou os papeis e me olhou incrédula.

            — Esta negando trabalho? – pasmou-se – Você ta mal mesmo!

            — Só queria visitar minha mãe!

            — E chorar as mágoas no colo dela... – fez uma careta – Não Alfonso tem que ser amanha!

Assenti a contra gosto, afinal só faltava aquilo para finalizar as gravações. E sentia-me aliviado por isso uma vez que a novela dava-se inicio em março, ou seja, teria algum tempo de descanso uma vez que venho trabalhado direto.

            — Bom acho que vou almoçar por aqui...topa?

            — Não posso Poncho preciso falar com Pedro Torres...

            — Mujeres Asesinas? – perguntei com um sorriso.

Ela retribuiu.

            — Se der tudo certo sim! Mas não por agora! – acrescentou.

Assenti levantando-me. Despedi-me dela com um beijo estalado em sua bochecha e sai da sala voltando ao extenso corredor. Se não estivesse falho a memória o refeitório era para a esquerda. Fui caminhando despreocupado aproveitando-me do tempo que o resto do dia livre me propunha. A sensação de me jogar em um sofá e descansar eram totalmente tentadores. Em oposição, perder esse tempo sozinho era tedioso. Suspirei profundamente a ponto de dobrar um corredor. Foi quando, por uma fração de segundos, fechei meus olhos inspirei o perfume mais prazeroso do mundo e bati-me de frente com o corpo que se encaixava perfeitamente no meu...

            — Anahí! – segurei-a pra não cair.

Seus olhos bateram com os meus e ao perceber que eu interrompera seu caminho soltou-se rapidamente de mim como se queimasse com o contato.

Pois é, fui generosa nos capitulos hoje. Quero que comentem, comentarios sabem o que é isso? (Pois é estou #revolts hoje =/