Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 9 – As Sete P.4

Quando Poncho deu as costas ao aposento soltei uma risada baixinha colocando a mão sobre a boca para não gargalhar alto. Aquilo estava sendo mais divertido do que eu pensara. Vê-lo confuso, um tanto desnorteado, raivoso e excitado era todo o castigo que merecia e a meu ver ele estava pagando por tudo que me falou fazendo com que meu orgulho se reenchesse aos poucos. Antes que ele voltasse, dirigi-me a mesa e ocupei uma cadeira de fronte a porta deixando propositalmente as pernas pra fora da mesa. Quando escutei seus passos cruzei-as e desci o tronco “fingindo”, veja bem, arrumar o fecho do salto. De soslaio vi-o parar a porta, dissimulei não o vir propositalmente. Devagar larguei o que fingia fazer e subi as mãos lentamente pelas pernas seguindo com o olhar meus dedos deslizarem pela pele. Por instinto levantei o olhar pra ele, como imaginara seus olhos pregavam-se no que estava fazendo devorando-me acaloradamente. Baixei a mirada passando os olhos lentamente por sua ereção, vendo-o tão vivo por tão pouco. Podia imaginar-nos enrolados nos lençóis saciando o desejo, mas aquilo não deveria afetar-me e sim a ele.  Voltei para minhas pernas e inclinei um pouco minha cabeça.

            — Ai que susto Poncho! – arqueei o corpo fingindo um susto.

Usando todo meu potencial de atriz eu diria. E acredite em mim, não fora fácil. Voltei o rosto para ele, mirando os olhos mais esverdeados hoje, vendo-o soltar uma chama através daquele olhar segurando o ar no peito inchado. Percebi-o abrir as narinas de leve aos poucos, soltando-o. Tentando disfarçar o efeito que estava causando nele. E a cada mostra desse desejo que ele soltava me sentia mais excitada, mais desejosa em provocá-lo.

            — Você parecia entretida... – disse finalmente com a voz travada.

Pigarreou tentando controlar a voz caminhando até a mesa e colocando a garrafa sobre a mesa. 

            — Vinho branco! – anunciou mais controlado.

Admirava nele esse poder de manter o controle em situações controvérsias, diferente de mim é claro.

            — Ótima escolha – sorri provocante.

Tinha que manter essa linha. Um ponto de fuga seria o suficiente para me perder onde não devia. Vi-o se sentar em minha diagonal na ponta da mesa. Desviei seu olhar por alguns instantes dando-lhe tempo, mas não muito. Girei o corpo na cadeira colocando as pernas por debaixo da mesa, intencionalmente rocei-as na dele, devagar e sensualmente. Encontrei seus olhos vendo-o ficar tenso ao sentir o deslize. Como boa eu era não dei importância ao ato deixando-o pensar que foi inconseqüente. Obvio que ele sabia que não. Não custa provar olho de peroba de vez em quando. Ponto Anahí!

            — E então... – começou ele abrindo a garrafa – Vai querer ficar sóbria dessa vez e continuar esse joguinho?

Gargalhei. Irônica. Estúpido!

            — Ah Ponchito... – reuni todo sarcasmo no apelido – Você sabe mesmo escolher as palavras... – pra me deixar com raiva, quis acrescentar.

De imediato levei uma das mãos até sua coxa direita, nossos joelhos roçando-se. Por debaixo da mesa deslizei os dedos em um caminho perigoso subindo até o ponto que o deixaria louco. 

            — Se for pra agüentar você acho melhor encher o copo! – completei apertando-o perto da virilha.

Ele suspirou fundo rosnando baixo. O típico som que adoraria ouvir perto da orelha enquanto chegávamos ao ponto máximo de prazer. Estremeci com o pensamento fazendo os pêlos eriçarem, apertei sua coxa em reflexo perfurando Poncho com o olhar.

            — Você sabe onde isso vai acabar... – depositou sua mão sobre a minha apertando-a e fazendo-a subir até sua virilidade – Então acho melhor você estar sóbria quando acontecer!

Maldito! Alfonso Herrera malditamente maldito e sedutor! Poderia recuar diante da situação que ele me colocara, mas eu estava-o provocando não ELE.

            — Sóbria ou não só vai te restar as mãos “Chango”! – sorri irônica.  

Foi a vez dele rir. Tirou minha mão com grosseria e pegou a garrafa de vinho enchendo os dois copos.

            — É melhor jantarmos antes que me de indigestão.

Bufei baixo diante da forma como ele tratava as coisas, seu jeito calmo e cáustico deixava-me com mais e mais raiva deixando a Anahí de antigamente aparecer. Dei um sorvo longo do vinho, sem apreciá-lo, apenas enchendo a boca pra não gritar insultes pra ele. Tinha vontade de socá-lo e ao mesmo tempo enchê-lo de beijos.

Maldito-Herrera-Excitante-Irritante!