Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 9 – As Sete P.5

Jantamos.

Não porque o quisesse, mas porque tinha que fazer e não sei como conseguimos isso sem ironias. Os minutos que se decorreram passaram-se em maior parte sobre o silencio. Silencio que eu tramava minha próxima cartada e o silencio que ele pensava em como despistá-la. Sim, ele já deveria saber muito bem minhas intenções, era esperto, me conhecia mais do que ninguém.

            — Mais vinho Poncho! – estendi-lhe o copo delicadamente.

            — Acho que chega! – falou afastando automaticamente a garrafa de mim.

            — Quatro copos e meio não são nada! – reclamei.

            — Pra você quatro copos e meio do vinho mais suave seria excesso!

Ótimo, ele queria me controlar, mas acabou cavando seu próprio buraco, estava na hora de jogar o charme Portilla pra cima dele... De novo. Levantei devagar e suspirei baixo, lentamente fui aproximando meu corpo do dele por sobre a mesa deixando claro minhas intenções de pegar a garrafa.

            — Me dê por bem ou terei que pegá-la por mal – sorri de lado convencidamente irônica.

Ele sorriu de lado, o tipo de sorriso que vindo daquela boca me derreteria se não estivesse disposta a acabar com a posse controladora dele.

            — Adoraria ver você tentar! – provocou-me.

Estúpido! O pior de tudo e que me tirava do serio seu tom prepotente, convencido invocando-me a fazer o que ele queria. Era tão fácil perder o domínio das emoções perto dele, era um defeito que impregnava dentro de mim... Cheirava seu perfume, perdia-a em seus olhos e sentia sua presença e cada vez que isso acontecia tinha que tentar afastar essas sensações. Controle deveria ser uma virtude, dessa vez teria que controlar-me.

            — Anda Poncho, seja racional uma vez na vida! – deslizei um braço sobre o dele até por a mão sobre a garrafa.

Conseqüentemente a distancia entre nós diminuiu. Estava mais alta que ele em vista que continuava sentado. Aproveitei-me disto insinuando os seios altivos. Não contive um sorriso torto vendo-o descontrolar-se e praticamente afundar o rosto ali.

            — Não Anahí... Seja você racional e largue de me provocar! – olhou-me desviando o que eu queria que ele olhasse.

Não me intimei por suas palavras, agarrei a garrafa com mais força e aproximei meu rosto do dele sentindo a baforada quente de sua respiração bater-me o rosto. Em um segundo não queria mais a bebida, queria outra coisa que estava brilhando no canto de sua boca. Um rastro de molho vermelho manchava seus lábios magnetizando uma atitude. Não resisti. Aproximei a boca da dele e lambi o conteúdo limpando-o, lentamente deixei que um selinho se formasse em meus lábios sentindo sua boca entreaberta imóvel. Nossos olhos se encontraram, olhamo-nos por um tempo trocando farpas de raiva misturado com sentimentos que não queria mais aflorar. Puxei seu lábio inferior provocando-o mais, trazendo a carne vagarosamente até afastar meu rosto.

            — Ok Poncho... Sem bebida! – fingi, veja bem, desistir.

Devagar retirei a mão da garrafa sem quebrar o contato de nossos olhos. Poncho parecia imóvel sem reação a minha atitude e quando pensei que ia ficar por isso mesmo ele segurou meu pulso com uma mão e afundou a outra em meus cabelos mantendo meu rosto alinhado ao seu.

            — O que pretende com isso? – bufou trincando as mandíbulas – Quer provar que pode me deixar louco? Que a menina cresceu e quer vingança?