Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

A língua dela foi de encontro aos meus lábios capturando-me o inferior entre os dentes. Posicionei-me sobre ela e penetrei-a devagar. Já não podíamos mais com aquilo, precisávamos unirmos, trocar o calor e compartilhar a excitação. Envolvi-a em meus braços juntando seus seios em meu peito, as mãos dela deslizaram pela lateral do meu corpo cravando a unha pela carne. Movimentei-me dentro dela sentindo novamente a melhor sensação do mundo. Mirei-a querendo que nossos olhos trocassem o mesmo desejo, queria aspirar seu rosto chegar ao ponto máximo de prazer sem pudor ou limites. O vai e vem foi rápido, foi instigante, foi... Imensamente prazeroso. Minha intimidade se afundava nela provocando espasmos por todo meu corpo.

            — Te Amo Anahí! – sussurrei em seus lábios pronto pra alcançar o clímax.

Os olhos azuis me lançaram compreensão fechando-se em seguida, o rosto dela contorceu-se em prazer quando seu corpo tremeu sobre o meu. Envolvi-a mais forte caindo em um abismo prazeroso tão intenso quanto o dela. Não podia ir contra meu coração e mentir o que sentia diante daquilo. Quando meu corpo caiu cansado sobre o seu nossas respirações ofegantes eram o único som do quarto, mas eu podia ouvir e sentir com clareza o coração dela bater freneticamente em meu peito. Devagar ela rodeou-me em seus braços me apertado contra si num ato quase desesperado. Quando as mãos e os dedos finos afundaram em meu cabelo levantei o rosto para fintá-la.

            — Eu também te amo Poncho! – sussurrou ela encostando sua testa na minha – Te amo demais pra te magoar e estragar esse sentimento...

Fiquei em silencio deixando que aquelas palavras fizessem sentido. Mas não faziam.

            — Annie amar também é sacrifício! – mirei-a tocando-lhe o rosto com uma das mãos – Amar é confiar, é olhar com os olhos do outro...

             — Eu sei Poncho! – fechou os olhos apertando-me mais – Talvez seja por isso que não temos dado certo... – fez uma pausa onde vi claramente uma lagrima soltar-se dos seus olhos. – Não estou preparada pra me entregar por completo, não quero que me tenha pela metade.

Sua voz foi falhando gradativamente. Doía-me aquilo mais do que podia imaginar. Desgrudei nossos corpos por completo e sentei-me na cama com as pernas dobradas. Meus cotovelos apoiaram-se nos joelhos e afundei meu rosto entre as mãos. Estava ficando difícil raciocinar.

            — Prove que o que fizemos não foi amor! – sussurrei sem mirá-la.

Senti o colchão afundar-se quando ela levantou-se aproximando-se de mim. Tão ternamente ela deslizou seus braços por meu tórax e apoiou seu queixo em meu ombro.

            — Foi amor Poncho! – disse ela – Sempre é! – descansou a cabeça em meu ombro – Nunca duvide disso! – completou num tom de voz abaixo.

Vê-la afirmar fora a repercussão dos meus sentimentos. De repente pude ver a clareza de suas duvidas, seus temores e definitivamente entendi o porquê de tudo ter acontecido daquele modo. Como se fossem duas vidas diferentes o termino da banda quebrou nossa relação em dois. O antes e o depois. Antes sabia que o trabalho me juntaria a ela, podia contar todas as manhãs que a veria, que poderia sorrir-lhe e dar-lhe um beijo longe de todos. Poderíamos brigar, mas teria a chance de pedir desculpas, poderia chorar que teria seu colo para confortar-me, poderíamos dividir os lençóis que na manhã seguinte ela estaria em meus braços e tudo isso sem se preocupar com mais nada, num conforto profissional estável que era o RBD. Mas agora esse conforto não existia mais, era o depois... Em que deveríamos andar por conta própria, tomar decisões que antes outros tomavam por nós. E agora, oh merda, agora tínhamos que acostumarmos com a saudade. E se quiséssemos que isso desse certo devíamos passar por uma transição. Arranjar o conforto que antes tínhamos pra poder lidar com tudo que há de novo. Como fora estúpido.

            — Me perdoa! – sussurrei incapaz de dizer algo a mais.

E Agora ?