Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

— Vai querer ir depois disso? – mordi-lhe o lóbulo deixando meu rosto afundar-se em seus cabelos.

            — Eu acho que não! – sorriu deslizando os dedos por minhas costas – Por mais que você seja irritante, ciumento e tenha todos os defeitos que eu odeio em um homem... – riu-se – Ter você unido a mim é a melhor sensação que eu posso sentir.

Levantei a cabeça e mirei-a. O sorriso desaparecera e a ingenuidade estava estampada em seu rosto. Seus olhos pareciam brilhar, ali estava a Anahí que eu queria ter, entregando-se em palavras e gestos.

            — Porque nem sempre é assim? – sussurrei.

Era impossível não lamentar. Era impraticável não preocupar-me com o depois. O maldito do depois.

            — Sinto muito Poncho! – baixou os olhos sussurrando como eu – Eu... – parou.

Sem palavras, sem explicações. Rodeada da mesma confusão que passava por minha cabeça. Seus dedos passearam descontraidamente por meu peito brincando com o felpudo de pêlos. Não adiantava mais insistir naquilo, o que nos restava era aproveitar aquela noite. Levei meus lábios aos dela beijando-a afetuosamente, passando tudo que eu queria dizer-lhe, mas com palavras não podia explicar-lhe. Nossos lábios moveram-se devagar, nossas línguas se encontraram com calma arrastando-se com ternura. Deixei que minhas mãos fluíssem por seu corpo lentamente como se fosse algo frágil a ponto de se quebrar. Anahí era tudo que eu queria, tudo. Envolvi-a novamente em meus braços. Amei-a outra vez sentindo-a acender-se em meu abraço. Nos movimentamos juntos mantendo nossos olhos pregados. Via toda a emoção todo o prazer passar pelos azuis intensos. Juntei meus lábios saboreando os dela sem pressa. Chegamos ao prazer máximo juntos. Anahí passou seus braços por meu pescoço e abraçou-me com força escondendo o rosto em meu ombro. Finalmente cai sobre a cama, puxei-a pra mim, abracei-a cansado sentindo a troca daquelas sensações.

            — Ter você unida a mim é a melhor sensação que eu posso sentir. – falei-lhe ao pé do ouvido.

Ela sorriu apoiando o queixo em meu peito olhando-me. Seqüenciou um beijo por ali e aconchegou-se na curva do meu pescoço.

            — Estamos kits bebe! – disse, com sua imitação de um... Bebê.

Soltei uma pequena risada irradiando o cume de felicidade daquela noite. Estava cansado sentindo a sonolência atingir-me, mas mantinha a todo custo meus olhos abertos. Ainda aquela noite precisava de mais uma coisa dela.

            — Está muito cansada? – perguntei alisando-lhe as costas.

            — Não agüento mais uma Poncho! – sua voz saiu arrastada.

Obriguei-me a rir do seu tom maroto acompanhado seguidamente por ela.

            — Que droga! – bufei brincalhão – Como sabia que eu ia te pedir mais uma seqüência tripla?

Anahí soltou aquela gargalhada que me enchia o ser, dessa vez era sincera, sem malicias.

            — É isso o que quer? – suspirou.

            — Não, agora só preciso estar assim!

Ela deslizou a mão por meu peito e afundou-a em meus cabelos, consentindo. Sabia que poderíamos fazer amor o resto da noite, por mais cansados que estávamos, mas naquele exato momento não era o que queríamos realmente. Precisávamos nos sentir, contar cada minuto como uma hora, aproveitar o ar tão agradável que conseguimos criar depois de uma extensa serie de brigas.

            — Quero te dar algo! – disse de uma vez.

Percebi que o momento era perfeito. Finalmente poderia concertar um erro do passado que a muito havia pensado e tem me torturado. Simbólico, pequeno e talvez estúpido, mas que pra mim valia muito.