Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

O momento revelou-se como um flash em minha mente. O presente, o significado daquilo e a manhã seguinte. Observei o cordão fino e brilhante. Tanto tempo e parecia que aquilo sempre fora meu.

            — Achei que se o tirasse... – referiu-se ao adereço tirando-o da caixinha – Você se daria conta que eu não te merecia... – deslizou a corrente por meu pescoço e prendeu-a – Quero que fique com ele... É seu e sempre foi!

Olhei o pingente elevando-o acima até meus olhos, a linha de ouro continuava brilhante mesmo com a pouca iluminação do quarto. Não sei o que senti naquele momento, meu coração parecia sorrir e chorar ao mesmo tempo. Voltei a olhá-lo e toquei-lhe o rosto aproximando meus lábios dos dele. Beijei-o porque não tinha palavras que expressassem sua atitude. Rendeu-se aos seus sentimentos, deixou-os expostos aos meus olhos para agarrá-los com o coração.

            — Te Amo Poncho, por favor, nunca duvide disso!

Ele assentiu. Assentiu com certeza, convicção. Senti-me tão acalorada e agoniada ao mesmo tempo. Quando seus olhos fecharam-se queria obrigá-los a manterem-se abertos, mas temia o que veria exposto. Encostei minha testa na sua fazendo nossos narizes roçarem. Não pensaria, apenas sentiria. Apoiei as mãos em seu ombro e pus-me em seu colo. Os lençóis que cobriam nossos corpos afastaram-se obrigando nossas peles a atritarem.

            — Teremos outra oportunidade Annie... – selou nossos lábios envolvendo minhas costas com as mãos – Não importa o tempo tudo sempre vai ser igual aqui... – colocou a mão sobre meu coração.

Beijei-o com tanta ternura que queria chorar por tudo aquilo estar acontecendo. Seus lábios pressionando os meus eram gentis, quase paravam apenas pra deliciar-se com o contato. Deslizei o corpo pelo dele, abracei-o pelo pescoço e senti-o vivo novamente. Penetrei-me em seu membro até o fundo experimentando a pulsação acelerada. Movimentei-me deliciando-me com suas mãos percorrendo todo meu corpo, ajudando-me a intensificar o ritmo e aproximar-nos do clímax. Seus lábios tão macios percorreram meu pescoço até os seios, enterrou o rosto entre o vale e beijou o A do colar centralizado ali. Quando as forças esgotaram-se meu corpo tremeu pela quarta vez, Alfonso apertou-me sentindo o mesmo efeito... Juntos naquele mar de sensações.

            — Durma comigo! – pediu abafando o som em meu pescoço.

Acariciei-lhe os cabelos mantendo sua cabeça em meu colo.

            — Sabe que eu não posso. – deslizei uma das mãos pelas costas largas.

Nos desgrudamos, mas meu corpo continuou sobre o dele.

            — Tem que ser já? – beijou-me o colo deslizando seu nariz por minha pele.

Poderia render-me e ficar ali o resto da noite, o resto da vida colada a ele, mas simplesmente eu não conseguia. Sabia o que isso significava e já deixara ir longe demais.

            — É melhor – respondi em sussurro soltando meus braços do dele.

Deslizei pra fora de seu corpo, indo pra fora da cama também, mas com um ultimo movimento ele segurou meu braço.

            — Leve isto... – pegou a outra caixinha e estendeu-me – Abra em um lugar que você possa estar sozinha.

Assenti segurando-a entre a mão. Com delicadeza ele soltou-me o braço e levantou-se em seguida trancando-se no banheiro. No momento que a porta fechara-se olhei a caixinha idêntica ao colar que pendia em meu pescoço. Não tive coragem de abri-la, sentia-a pesar em meus dedos. Depositei-a sobre a cama e peguei minhas roupas. Vesti-as, peguei a caixinha e segui a sala atrás da minha bolsa. Guardei-a mirando-a mais uma vez imaginando o que haveria ali dentro.

            — Pronta? – Poncho apareceu vestindo um short e camisa colada.

Assenti. Não pensar, essa era a nova regra!