Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 10 – Uma Ultima Vez

O caminho todo batalhei com minha mente, tentei não olhá-lo, tentei não sentir seu cheiro no calor abafado do carro e tentei principalmente esquecer o que passamos naquela noite. Era Poncho. O mesmo que sempre conhecera e me apaixonara e era dele que estava prestes a montar uma barreira.

            — Você acha certo o que vamos fazer? – perguntei temerosa.

Ele manteve a vista na estrada e sustentou a mesma expressão.

            — Não. – respondeu calmo.

Assenti virando-me pra janela, era impossível encará-lo. Minha mente borbulhou tamanha confusão.

            — Não acho que seja o certo, mas o sensato Annie. – completou fazendo-me encará-lo novamente.

Absorvi aquelas palavras em consenso. Eu e minha carreira, ele e a dele, nós separados. Ponto final. Era essa a historia e afinal... Fora eu que escolhera assim. O resto do caminho o silencio compartilhado era confortável. Não pensar, essa era a nova regra! Não pensar.

Preciso dessa formula.

Quando o carro parou a minha casa olhei-o. Mirava o nada. Minha cabeça resolveu revirar-se nos momentos seguintes.

            — Entra comigo... – pedi – Não quero que essa noite acabe...

Ele baixou a cabeça suspirando baixo. Inclinei meu corpo até ele e envolvi seu rosto entre as mãos beijando-lhe a face.

            — Por favor – sussurrei.

Ele fechou os olhos relutando. Não falou nada nem se expressou. Dei-me por vencida, soltei-o e coloquei a mão no trinco da porta quando ele segurou meu braço. Não disse nada, saiu do carro e rapidamente abriu minha porta.

            — Você sabe que é irresistível! – disse ele entrelaçando minha mão na sua.

Sorri enquanto caminhávamos pra dentro. A casa toda estava silenciosa, as luzes do jardim eram a única fonte que iluminavam o local. Entramos, sentindo o aconchego do espaço nos envolver. Segurei-o pela mão arrastando-o pra cima, em silencio, sabendo que dona Marichelo tinha ouvidos de águia. Procurei meu quarto, fechei a porta selando com chave e mirei-o. Não pensei, beijei-o calmamente como se aquilo fosse a ultima coisa que faria na vida e fui recebida em seus braços rodeando-me. Explorei a boca ávida em cada canto percorrendo a língua e encontrando a sua saboreando-me do mesmo modo, com o mesmo desejo e ternura. O resto foi seqüenciado, sem palavras sufocadoras, acusativas ou dolorosas, apenas gestos. Poncho girou-me em seus braços e empurrou-nos ao banheiro. Retirei-lhe a camisa, desabotoei-lhe o short. Meu vestido caiu ao chão com as outras peças, o chuveiro foi ligado e a água caiu sobre nossos corpos. Abracei-o finalmente e cúmplice com a água deixei que lagrimas corressem por meu rosto. Abracei-me a ele com força, não queria que seu corpo se afastasse do meu e levasse à calma, a proteção que só ele podia me trazer. Minha cabeça encaixava-se perfeitamente em seu pescoço, seus braços eram meu porto seguro, sua voz minha calmaria, seus beijos, seus toques minha loucura.  

            — Me dê uma ultima vez... – sussurrei abafando o som da água batendo ao chão.

Poncho trouxe meu rosto ao seu com as mãos. Beijou-me, deslizou suas mãos por meu corpo e impulsionou-me a envolver sua cintura com as pernas. A pressão quente da água abandonou meu corpo e a parede fria tocou-me as costas. Suspirei segurando-o pelos ombros mantendo-me estável. E então... Nos amamos mais uma vez. Poncho invadiu-me com todo cuidado mesclando o prazer com o desespero. Ajudou-me a movimentar-se me desprovendo de força que quase não tinha. Dentro de mim, forte, pulsante e prazeroso. Mantive meu olhar com ele a todo o momento até alcançarmos um clímax arrebatador. Agarrei-me a ele com todas as linhas finas de força que ainda me restavam e depois disso não me recordo mais o que aconteceu. Poncho banhou-me, colocou-me na cama e adormeceu ao meu lado. A ultima visão daquela noite foram seus olhos cheios de amor, seu sorriso confortador e o beijo cálido em meus lábios. Quando ele me envolveu em seus braços adormeci. Era um sonho, apenas o mais belo e real dos sonhos e por crueldade do destino... Estava prestes a acordar!