Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 12 – O Que Era Meu Será Seu

            — Anahí eu já me apeguei a ele... – dona Marichelo resmungou enquanto eu fazia um laço de fita azul no felino.

            — E eu não posso ficar uma hora com o g-a...Atchim...to que eu viro uma maqui-na...Atchim...de espirros.

Ela bufou cruzando os braços sobre o peito enquanto eu olhava pro gato uma ultima vez. Sentiria falta dele não posso negar.

            — Eu poderia cuidá-lo. – levantou as sobrancelhas convencidas.

            — Ele vai ficar feliz sem a senhora. – sorri.

            — Será que Poncho deixa que eu o visite? – perguntou descontraída fazendo-me rir.

            — Mãe é um gato!

Ela bufou novamente dando de ombros. Penso que tomara a decisão certa em dar “Pancho”, meu apelido ao gatuno, para Poncho. Ele ainda não sabia disso, mas depois do dia anterior senti-me quase obrigada a tomar aquela atitude.

            — Entendeu como é pra fazer? – perguntei pela décima vez.

            — Entendi... – revirou os olhos – Espero Poncho chegar ao apartamento, deixo o gato na porta, aperto a campainha e saio correndo como uma adolescente. Ah, sem antes é claro passar o seu perfume pra ele saber que foi você quem passou por lá... – suspirou – Me poupe Anahí crie coragem nessa cara e vá você mesma!

Dois motivos pra eu não fazer o que ela pedia, primeiro: Estaria em uma sala fechada com Guillermo trabalhando. Segundo e não menos conveniente: Depois da conversa rápida que tivemos ontem tinha medo de encontrá-lo acompanhado. Não teria cara nem coragem e muito menos estaria preparada pra uma cena dessas.

            — Já conversamos sobre isso! – revirei os olhos – Tenho que ir... – virei-me, mas voltei – Ah.. Deixe esse bilhete com ele! – entreguei-lhe um maço amarelo de papel – E não leia! – falei seria como uma ordem.

Depois disso minha cabeça batucou enquanto seguia para mais uma reunião com Guillermo. Hoje tudo seria mais light, mas não menos intenso. Surpresas me aguardavam, amolações, decisões e burocracias imensas. Sim, minha carreira tomava praticamente 24 horas do meu dia, eu gostava daquilo por esquecer o resto do mundo e me aprofundar em algo que realmente eu amava. Estava disposta a novas loucuras, novas idéias e inovações. Definitivamente queria criar uma imagem da Anahí pós RBD, queria propor um eu mais madura, mas não menos alegre. Manter o equilíbrio entre a mulher e a menina. Essa junção realmente me agradava, mas percebia a cada dia que a menina do conto de fadas e do príncipe azul ia ficando esquecida em uma parte de mim que só se desabrochava em momentos de harmonia. As desilusões me tornaram fortes, minhas atitudes mudaram a mim. E me sentia bem comigo mesma como nunca tivera antes. Meu coração podia estar quebrado, mas ele conseguia fechar as cicatrizes expostas.

            — E então o que achou da idéia? – Guillermo perguntou.

            — Ótima Guille... – sorri sincera – Vou amar estar pertinho deles dessa maneira... – falei com entusiasmo.

            — Comece quando quiser, acho que nisso eu não posso te ajudar! – sorriu debochado – Te espero no estúdio!

Saiu em seguida deixando-me frente a um computador e uma pagina totalmente estranha pra mim. “What’s Happening?” perguntava uma caixinha de texto ao topo. Se me perguntasse a um segundo atrás saberia responder, agora eu não estava fazendo nada versus nada.

Escrevi como um todo, afinal não levaria aquela pergunta ao pé da letra. Constantemente esse pensamento me vinha à mente. Cada hora de trabalho, cada segundo era um passo do meu grande sonho se realizando, era o sonho dos meus pequenos anjos que me seguiam a todo lugar. Atualizei a pagina. “Followers”, ri com a ironia. Já tinha mais de 2.500 e nem sequer a conta tinha uma hora de vida. Desliguei-me do sistema e fechei a tê-la do notebook. Naquele dia já tinha tomado algumas decisões. Uma delas criar meios de comunicações que me aproximaria dos meus fãs. Twitter, Facebook, MySpace e até algo como “Yogurte” para meus fãs mais intensos. Gravara vídeos, ri com meus amigos e senti-me mais animada pelo que sucedeu.

http://www.youtube.com/watch?v=YE4lwVzMmr8

(Vídeo Anahí no Orkut, reparem o anel (= )

Quando finalmente retornei ao conforto de minha casa e cai à cabeça em meu travesseiro minha cabeça estava propensa a pensar e seria mentira se dissesse que Poncho não me vinha à mente. Ele vinha, toda santa noite. Por vezes chorava, mas estranhamente aquela hora não tinha mais lagrimas que derramar, penso que minha fonte já se esgotara. E já não sabia se aquela ligação me importava. Eu tomara aquela decisão e não cansava de repetir isso. Talvez Alfonso procurasse conforto em outros braços. Eu poderia impedir? Não no momento e não queria afinal. Olhei o anel em meu dedo e girei-o no dedo. “Depois de Tudo ainda há amor...”. Matutando aquela frase me perguntei se aquilo realmente poderia ser verdade. Antes que soubesse a resposta, caí em um sono... sem sonhos.