Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

Voltem um capitulo, ele foi editado =)

Tanto trabalho acabou sugando minhas forças. Eram horas diretas, noites em claro e alimentação errada. Minha mãe fica louca cada vez que eu aparecia pálida em casa ou me encontrava desmaiada do sono na cama. Meu humor pela manhã acabava sendo horrível e meus finais de semana tornaram-se monótonos. Mas o que me doía não era o estomago, nem a cabeça e muito menos minha garganta parecendo ter espinhos enfiados. Uma parte do meu corpo batia inquieta, quase incomoda. Pulsava forte lançando a minha mente imagens desagradáveis de uma noite longeva que guardava e recordava quase todas as noites que conseguia manter meus olhos abertos por mais de dois segundos antes de cair em sono profundo. “Está muito cansada?” “Não agüento mais uma Poncho!”. A verdade é que naquela noite agüentaria quantas ele precisasse de mim. Esses flashes males açoitavam meus pensamentos criando uma cúpula de calor ao redor do meu corpo obrigando-me a trazer de volta imagens sedutoras daquela noite. “Tão sexy meu bem! Você foi incrível!”. Parecia que a voz dele estava sendo sussurrada em meu ouvido, como se sua energia estivesse comigo e rodeasse meu corpo numa força de excitação. Abracei o travesseiro tentando conter-me, mas aquela sensação era tão prazerosa, tão intensa...

            “— O que você está fazendo?

             — Saciando sua vontade!

(...)

            — Merda você está nua!

            — Agora é sua vez de me levar a loucura! – mantive uma respiração presa nos pulmões – Eu quero... E você também.”

Oh deus só podia estar louca! Meu corpo pulsou freneticamente diante das lembranças. Corri para o banheiro e retirei meu pijama de flanela entrando em seguida numa corrente de água fria. Estava excitada, impaciente e precisando dele. Merda! Fora a primeira noite em que sentira falta de suas caricias... De fazer... Amor com ele. Era difícil admitir, mas era a verdade.

Os dois dias seguintes a minha alucinação erótica foram difíceis. Quase impossíveis de lidar com os hormônios. Não me concentrava em nada, não conseguia acertar uma nota, escrever um verso e nem tomar nenhuma decisão. A minha vontade era de mandar todo mundo para o raio que o parta e me esconder em um canto escuro e deixar que aquele formigamento em minha pele parasse. O pior de tudo era não saber lidar tão bem quanto eu pensava com meus pensamentos que vira e meche ouvem “Ponchos” por todos os lados. E onde ele estaria? A ultima noticia a seu respeito vira em um noticiário em que dizia do final das gravações daquele maldito filme “russo” com a baranga aparentada dele (vulgo Venezzia com Ruddy Rodriguez).

            — Anahí! – Ulises bufou pela centésima vez no dia.

Virei-me da cadeira giratória até encará-lo. Estávamos em um estúdio desde as duas da tarde acareando e buscando melhorias nas musicas. Ulises e Gil, da banda Kinky, estavam produzindo o disco e me alegrava saber que o trabalho deles era realmente otimo.

            — Que? – perguntei-o descontraída.

            — Podemos marcar as ultimas equalizações pra amanhã o que acha? – ele perguntou.

            — Acho melhor não... – Gil argumentou – Preciso finalizar Quiero e Para Que...

            — Achei que já tivesse feito isso... – virou-se para o companheiro com as sobrancelhas erguidas.

Gil abriu a boca pra falar, mas interrompi-o.

            — A culpa foi minha, quis repetir o refrão e gravamos de novo quando você foi pra Monterrey.

Gil respirou aliviado fazendo-me rir. Ulises podia colocar medo com aquele olhar sobre os óculos redondos, acho que era por isso que o trabalho dele era tão bom. Nunca vou esquecer Jennifer Garner lutando ao som dos Kinky em Alias.

            — Segunda sem falta! – falou duro.

            — Ganhei um dia de folga? – sorri levantando-me.

Ele deu de ombros, sabia que não. Por enquanto é claro, mas poderia lembrar Guillermo porque eu era tão boa atriz. E foi assim que eu fiz ao entrar na sua sala com cara de sofrida, ombros caídos e olhos semicerrados.

            — Quero uma folga! – pedi jogando-me no sofá em diagonal a onde ele estava.

            — Aonde vai com quem e pra que? – perguntou com as sobrancelhas erguidas.

            — É você que trabalha pra mim ok?  – indignei-me brincando.

            — Quem pergunta é o amigo, não o manager.

Maneei a cabeça.

            — A Paulina anda te influenciando demais... – sorri dando um suspiro antes de entregar-lhe as respostas – Anuar me convidou para Acapulco...

            — Anus quem? – indignou-se sabendo bem quem era a pessoa.

Na verdade ele sabia, Paulina sabia, mas minha mãe, a imprensa e Poncho não. Anuar não era um namorado, não era meu noivo nem meu amigo. Era um passatempo. Ficávamos entre beijos e abraços mas nada além disso. Sua companhia era agradável, mas não era o que eu precisava permanentemente. Eu sabia disso, mas Anuar não.

            — Preciso descansar Guille... – sentei-me no sofá – As vezes acho que fico louca com tanto trabalho e a oportunidade é tão boa pra relaxar... – reclamei – Eu adoro fazer o que faço mas você suga todo meu tempo...

Olhei-o aferra. Sabia bem o porquê ele relutava. Fora ele que me dera um ombro amigo quando precisei sem mesmo contando-o motivo das tantas lagrimas que derramei nos último mês.

            — Você pode ir, não te obrigo há trabalhar toda hora você mesma o faz... – o que não era uma mentira. Trabalhar fazia-me não pensar – Só não quero que saia magoa...

            — Eu não estou magoada... – falei rápido demais me entregando na hora.

Odiava ouvir da boca de outros que eu poderia estar sofrendo. Quem me acompanhava desde o RBD sabia ou assimilava o que havia se passado entre mim e Poncho, mas tratamos de viver sem pensar nos outros. Guillermo sorriu pra mim voltando a concentrar-se em alguns papeis. Ele não ia dizer mais nada porquê já obtivera uma resposta relativa aos meus sentimentos. E penso que já estava farta dessa agonia interna, poderia viver um final de semana sem pensar em Poncho e naquele momento estava obstinada a isso.

Ligaram o nome do capitulo? Meio termo? Anahí está feliz por um lado, mas por outro quer voltar a ter tudo que ela tinha antes. E como se ela estivesse passando por uma transição de uma vida (RBD) pra outra (carreira solo).