Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 14 – Sucessões Cronológicas

Estava obstinada, mas não totalmente certa. Na sexta feira me encontrei com Anuar, fomos a Acapulco e dormimos em quartos separados. No sábado passamos o dia curtindo o sol, os prazeres do mar em um passeio de lancha. Consegui relaxar por tempo, mas sentia como se algo me faltasse. A todo tempo ele se aproximava de mim, tocava-me e insistia em beijar-me. Mas aquilo começava a me incomodar.

(Não leia esse trecho se você quer pular a relação com o Anuar, não escrevi nada demais, mas pequenos detalhes podem sugerir algo.)

Não me sentia confortável, me afastei dele por quase uma tarde, mas em uma hora ele me encontrou.

            — Aproveitou o tempo sozinha? – perguntou ele.

            — Muito... – respondi apenas olhando o sol enquanto descansava em uma espreguiçadeira.          — Você é bipolar mesmo, como todas as revistas dizem... – falou.

Olhei-o e vi seu ar descontraído fazendo-me rir. Ele sorriu comigo. Essa era uma vantagem de estar com ele. Fazia-me rir e não tinha a mínima idéia do que acontecia com meus sentimentos. Acabei levando-me por seu papo. Fomos nadar, trocamos beijos e criamos um contato de corpos. Aquela tarde provou-se a mim mesma que Anuar era um amigo e nada mais. Por mais que me fizesse rir, por mais que parecíamos um casal não era nele que eu pensava. E me dei conta disso quando cheguei ao meu limite. Depois do jantar acabei me levando pela bebida, Anuar mal intencionado levou-me ao seu quarto, tentou deitar-se comigo entre caricias mais quentes, mas quando percebi o que estava fazendo e com quem... Dei um basta. Afastei-me bruscamente. Briguei com ele, ouvi respostas escrotas e rebati-as a altura.

Oh meu deus eu ia ficar louca!

Poncho. Era Poncho que eu via a minha frente. Era só nele que eu conseguia pensar, apenas ele que podia saciar o ser indomável em meu interior. Voltei para o DF na mesma noite deixando todo um final de semana pra trás. Risquei-o do meu calendário e cai novamente em minha rotina.

Era nisso em que eu deveria focar-me. E foi isso o que eu fiz até dia 13 de Maio. Quando olhei para o calendário já era meu aniversário. Pasmei-me ao me dar conta de como o tempo havia passado. Minha vida tornou-se um flash de momentos. Pra mim... Ontem estava em cima de um palco com cinco companheiros. Hoje estou e sinto-me mais sozinha do que nunca. Não era melancolia, apenas saudades. De tudo, de todos. Maite, Dulce, Christian e Christopher e até Pedro e suas regras. Sentia falta de Poncho e achei que esse seria o pior aniversário de todos os tempos. Olhei instantaneamente para o anel em meu dedo. Tirara-o por um tempo, recolocara-o quando sentira-me desconfortável sem ele. Querendo ou não era um pedacinho de Poncho em mim e gostava de pensar assim.

            — Vamos comemorar com muita bebida amiga... – Paulina abraçou-se aos meus ombros – Você anda muito sedentária quero ver a Carmem que há em você.

Gargalhei sentindo a animação dela. Se soubesse que eu queria trancar-me em um buraco ela me mataria na certa. E além do mais deveria voltar a viver e a festa do meu aniversário proporcionaria isso.

            — Nada grande Pau, não quero sorrir pra todo mundo!

            — Sua mãe fez a lista amiga, não eu...

            — Ainda bem porque se não o México inteiro iria ser convidado!

            — Que exagero... – empurrou-me rindo – Só os lindos e gostosos! – gargalhamos.

O resto do dia passou rápido demais. Quando vi já estava almoçando, quando pisquei estava em meu quarto arrumando-me pra festa. Sendo ironia ou não estava na praia, em Acapulco, na casa da família Puente Portilla. Não faço idéia de quem eu verei, de como vai ser ou o que esperar. Minha mãe, Marichelo e Paulina cuidaram de tudo. Deveria agradecê-las, mas tinha medo das esquisitices das três. Pensei muito em Maite nas horas da tarde. Sentira uma falta absurda dela e sentia-me mal por termos brigado e não ter tomado nenhuma atitude quanto a isso. Se pudesse escolher... Estaria em um quarto com meus companheiros rodeados por chantili. Como em meus 24 anos. O melhor e o pior aniversário.