Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 15 – Alusões Realistas P.2

Anahí encolheu-se em meu abraço. Podia sentir-me feliz com aquilo se ela não estivesse bêbada. O cheiro de álcool soltava-se do seu corpo atraindo-me de certa maneira. E eu a odiava por isso, por ainda mexer com meus sentidos, por exercer uma força desconhecida por meu corpo. Meses longe dela serviram apenas pra aumentar o que sentia por ela – refleti.

            — Poncho? –chamou-me trazendo-me a terra.

            — Hum?

            — Esta mesmo aqui?

            — Você acredita que eu esteja aqui? – respondi com outra pergunta.

Talvez a idéia de um sonho fosse agradável visando que na manhã seguinte já não estaria mais ali. Seria melhor pra ambos.

            — Não. – falou de modo engraçado gargalhando em seguida.

Sorri acariciando-lhe os cabelos. Oh como sentira falta dela, das suas palavras, da sua magia de menina e complicação de mulher. Beijei-lhe o topo da cabeça abraçando-a mais forte. Sabia que precisava manter aqueles momentos na cabeça, aproveitar cada segundo para que nos próximos meses tivesse algo a pensar. Certamente não a veria por um bom tempo porque nenhum e nem outro o queria.

            — Como está Pancho? – perguntou descontraída.

Arqueei uma sobrancelha.

            — Quem é Pancho? – instiguei-a confuso.

            — O gato ora! – soltou-se de mim intrigada.

Suas mãos cruzaram-se sobre o busto com uma careta brava. Não resisti em soltar um riso percebendo do que ela estava falando.

            — Não existe gato nenhum! – falei percebendo o tom engraçado em minha própria voz – Miau é uma gata!

Anahí maneou a cabeça um tanto decepcionada. Seus lábios contorceram-se atraindo minha atenção pelo convite atrativo. Rosados e brilhantes e deus, como sentia falta deles grudados aos meus. Observamos-nos por vários minutos, o silencio chegava a doer, mas não conseguíamos parar aquela troca de energias.

            — Estou com frio Poncho! – sussurrou ela passando a envolver-se com seus braços.

            — Vamos entrar? – estendi-lhe a mão inseguro.

Ela negou com a cabeça fazendo um pequeno bico. Sorri abrindo os braços dessa vez. Entendendo meu sinal ela engatinhou até mim colocando-se no meio de minhas pernas e recostando seu corpo em meu peito. Como era bom tê-la ali, como se não existisse nada além de nós. O encaixe perfeito, a troca perfeita.

            — Você não me ligou nenhuma vez... – sussurrou ela sobre a curva do meu pescoço.

Abracei-a mais forte vendo de relance o anel que eu dera-a. Incisivamente levei minha mão até a sua e contornei a prata, o presente que era pra ser deste aniversário, mas que não resistirá em dar-lhe antes diante de tantas complicações que nos mesmo criamos.

            — Pensei que você não quisesse falar comigo! – respondi sincero.

Provavelmente no outro dia ela não se lembraria de nada disso.

            — Você estava com outra...

            — Trabalhando...

            — Com mulheres! – rosnou ela.

            — Queria o que? Um trabalho gay só com homens? – disse indignado.

E no segundo seguinte lembrei que ela estava bêbada.

            — Te odeio! – ela disse encolhendo-se mais em meu corpo.

Não sabia se sorria ou se chorava, se acreditava ou relevava.

            — Eu também Anahí! – retruquei semicerrando os dentes.

Ela ergueu seu corpo esguio para mim, em seguida, antes que tivesse alguma reação ela... Me beijou. Seus lábios grudaram-se aos meus e mantiveram-se estáticos apenas deixando-me sentir a maciez de sua boca, mas aquilo não era suficiente uma vez que seu doce sabor invadiu-me. Investi em um beijo inquieto e não importava se me aproveitava do seu estado, só queria beijá-la, matar a saudade de longas semanas longe daquele mar de prazer. Invadi sua boca buscando quase desesperadamente sua língua, tanto quanto eu Anahí fez o mesmo. O movimento de seus lábios sobre os meus trouxe-me de volta a sensação dela ser minha. Tão categoricamente tentei não pensá-la, mas era impossível. Levei as mãos aos seus cabelos afundando os dedos nos cachos macios, queria mantê-la perto de mim como se meu corpo dependesse disso pra viver. Quando ela afastou os lábios de mim a insuficiência preenchia meu ser.

            — Fará amor comigo? – sussurrou voltando a encaixar-se em meu peito.

Suspirei pesadamente abraçando-a forte em meu corpo. Oh como eu queria preenchê-la, completar-me com ela.

            — Por mais que eu te deseje... – pausei – Eu não quero estragar esse momento. – disse.

Esperei uma reação dela, mas quando a olhei por sobre a cabeça seus olhos fechavam-se e seu rosto suavizava-se. Agora sim tinha a certeza de que ela estava dormindo e a única coisa que eu poderia fazer naquele momento era pensar que por momentos... Ela fora minha novamente.

Leitoras e Leitors (feio, rsrsr) Obrigada pelos comentários, escrevam e muito porque eu leio todos =)

Maaju sinto sua falta sabia? Kika Herrera, rss, cadê meu trio parada dura de Just Want hein? =(