Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 26 – Cidade dos Anjos P.11

A dose de bebida mantinha-se inerte a minha frente. Não tinha mais vontade de prová-la. Foram apenas três copos e já não consegui sequer sentir gosto por aquilo. E porque? Por Poncho. Bastou vê-lo e o mundo derrubou-se a minha frente. Nem beber conseguia. Tive uma crise de bipolaridade, fugi de Guillermo e vim parar em um lugar que pensei poder esquecer-me de tudo com alguns drinks. Enganei-me. Na terceira dose de tequila senti-me enjoada. Repulsa talvez fosse uma palavra que melhor se encaixava. Ótimo Herrera, nem bêbada você me deixa ficar. Empurrei o copo sobre a mesa e enterrei o rosto nas mãos. A musica soava alto, o canto em que eu estava era solitário dando-me privacidade. Oh deus o que faria se não o tirasse da cabeça? O que seria de mim se não tivesse-o mais? Merda, precisava arranjar um jeito de trazê-lo a mim. Não poderia lamentar-me o resto da vida por ele ter me trocado, precisava fazê-lo enxergar que sentia minha falta e que não poderia conter-se com a saudade. Tanto emocional, tanto quanto, ou mais, que a física. Levantei o rosto. Traguei o copo de tequila que ignorara e gargalhei diante da idéia maluca em minha mente. De repente a musica agitou meu corpo, queria dançar, agitar-me e revigorar a energia de um novo pensamento em meu interior. Quando olhei pra pista de dança abarrotada me dei conta de algo. Gargalhei novamente e mirei o local com mais atenção. Afinal o tal de universo conspirara, seria mais fácil do que eu pensava. Poncho estava ali andando pela multidão. Sozinho. Chamei o garçom e pedi-lhe um copo de Miquelada e nem por um segundo tirei os olhos dele. Vi-o esquivar-se de meninas atiradas ao seu pescoço reconhecendo-o como o ex-RBD, vi-o levantar os olhos e procurar alguém a volta e não encontrar nada. Até que seus passos tomaram minha direção, estava consciente de tudo que se passava e sentia-me relaxada pela dose mínima de álcool que introduzira ao meu corpo, mas bêbada eu não estava e tinha acordo do que faria. Esperei pacientemente até Poncho se atrever a olhar na minha direção, o copo recém trago equilibrava-se na minha mão, meus olhos corriam por ele e seu corpo moldado pela cor preta. Um desejo subiu-me o corpo, minhas coxas contraíram-se e aquietei-me no assento. Até que... Bom, típico de filme. Ele virou a cabeça devagar em minha direção, olhou-me fixamente e parou imóvel no meio das pessoas. Era um ato de magnetismo, as pessoas esbarravam nele, seu corpo cambaleava mais seus olhos mantinham-se firmes aos meus. Decidi abusar do poder do álcool, bebi lentamente uma dose do drink lambendo os lábios em seqüência sem tirar os olhos dele. Pousei o copo na mesa e deixei meus dedos correrem pela borda salgada. Era uma provocação e sentia que sabia e podia fazer aquilo contra ele. Ótima idéia Anahí, seduzi-lo, fazê-lo seu sem tocá-lo, pôr-lo louco nem que pra isso me levasse ao próprio frenesi. Era como a canção: “Se seu olhar tropeça em mim, é acidente, juro que não te vi vir, não tive outro remédio além de sorrir e você não terá outra saída além de vir a mim[1]”. Seus passos foram lerdos, mas foram para a pequena escada que davam acesso ao meu local. Em tempo ele estava sentado ao meu lado observando-me com o mesmo olhar atento de antes, mas dessa vez podia decifrá-lo e expor o desejo que faria correr por ele.

            — Um copo de bebida pode ser agradável, mas... – olhou os três de tequila sobre a mesa – Não sei se é garantido depois de três doses de tequila!

            — Está dizendo que eu estou bêbada? – arqueei uma sobrancelha sugestivamente.

            — Estou.

Lancei a cabeça pra trás e gargalhei. E não fora pouco. Poncho devia estar alucinado por pensar que eu estava bebad... Céus, melhor que isso impossível. Eu mais bêbada igual a... Bom, historia. Acho que já formulara o plano em minha cabeça e ri ainda mais quando constatei que o resultado seria, no final das contas... Levantar meu ego e meter chifres em quem merecia. Ponto-pra-você-Anahi!