Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 26 – Cidade dos Anjos P.13

À medida que Anahí foi se afastando meus olhos perderam-se nos movimentos de seus quadris. Tão pomposo e provocante, as pernas arrastando-se uma com a outra, o movimento tenso que os músculos criavam ao descer o par de escadas até a pista... Oh deus! Respirei fundo acordando daquele devaneio. Ficara a ponto de bala ao sentir as nádegas arredondadas atritarem em meu colo. O pior de tudo e que ela conseguia pôr-me louco, mas não queria dar-me o luxo de cair naquele mar de tentações. Estendi a mão para um garçom desviando os olhos dela, pedi um drink forte a ver se aliviava aquela tensão. Voltei o olho à pista perdendo Anahí de vista, corri ligeiramente os olhos até focalizá-la novamente. Em meio às pessoas ela se destacava, atraia minha atenção. Quando a vi dançar já não sabia mais o que eu queria. Na verdade eu tinha certeza das minhas convicções, queria ela, queria Anahí, mas como poderia trair alguém? Com que escrúpulos cairia em tentamento? Certo. Eram loucura tais pensamentos. Não amava ninguém além dela o que seria trair? Droga! Agradeci por minha bebida ter chegado, peguei e tomei um grande gole enquanto meus olhos não se desgrudavam da pista. Percebi que Anahí olhava em minha direção, certamente mais um ato de sua provocação sem limites. Movia-se como uma pluma, dançava com intuito sensual e enigmático. O corpo ondulava, seus cabelos sedosos batiam-se contra as costas chegando aos quadris quando ela inclinava o pescoço sedutoramente. Podia sentir os cachos batendo em minhas pernas enquanto ela montava sobre mim dilacerando prazer. Merda! Era tortura demais não descer e tocá-la, arrastá-la por meu corpo, mas era exatamente isso que ela queria e não daria-a trégua. Não podia. Sorvi o liquido alcoólico e pedi outro em seguida vendo a musica tornar-se cada vez mais volúpia. Afastei as pernas sentindo o incomodo que meus pensamentos e a visão de Anahí provocavam. Continuei a olhá-la e fechei o rosto instantaneamente quando alguém se aproximou. Um homem alto, ombros largos. Grunhi. Anahí percebeu-o, insinuou-o com intuito de provocar-me mais. Dançava pra ele mais olhava pra mim e o desconhecido olhava-a como se tirasse pedaços. A raiva subia as compilações nervosas do meu corpo. Era um basta. Tomei o restante da bebida que ainda tinha em mãos e deixei o copo na mesa com estrondo. Quando levantei-me segui a passos largos e firmes até ela e a cada distancia que ia ganhando me dava conta o quanto estava alterado. A raiva misturava-se a excitação. Em todo senso comum que já não existia mais só queria-a em meus braços e odiava que outra pessoa a olhasse, odiava-a por exibir-se tanto. Aproximei-me com mais pressa encontrando o fluxo de pessoas na pista de dança. Desviei-as sempre mirando Anahí que por mais que bailasse, remexendo-se e se escondesse atrás de um amontoado de gente não tirava os olhos dos meus. Aquela dança era pra mim, era uma provocação que deveria atingir-me e não a outro. Quando a alcancei um sorriso malicioso abriu-se em seus lábios, mantive o rosto serio mirando-a com extrema prudência parando rijo a sua frente. Os movimentos diminuíram, mas não cessaram. Ela virou-se de costas deixando a cabeça a mirar-me sobre o ombro e depois jogou um olhar ao tipo que ainda encarava-a. Fora como um duelo pôr-me a prova porque ela sabia que não suportaria se a visse com outro. Meu pavio acabara nesse momento e explodi naquele misto de possessão. Enlacei-a pela cintura colando suas costas em meu peito com brutalidade. O homem olhou curioso, Anahí agitou-se arrastando-se em mim enquanto sua mão deslizava até meu pescoço. Fiquei imóvel encarando o sujeito com raiva esperando que ele saísse e tirasse os olhos dela antes que socasse seu rosto tamanha raiva. Senti meus cabelos entre os dedos dela, o leve puxão e a sensualidade no movimento que ela envolvia meu corpo. Nada resolveria se Anahí não parasse com aquilo, apertei-a com força contra mim mais possesso que antes. A ira transformou meu rosto deixando-o carrancudo, fora o suficiente para afastar o rapaz. No instante seguinte Anahí girou em meus braços com o mesmo sorriso maldoso nos lábios.

            — Vai ser mal? – envolveu-se ao redor do meu pescoço.

Mantive a expressão dura buscando o controle, seu corpo quente moldava-se ao meu e era quase impossível raciocinar diante daquilo.

            — Me castigue... – aproximou seu rosto tão malditamente perto de tocar meus lábios, mas resolveu arrastá-los por meu queixo mordendo-o sensualmente.

Maldita bruxa, maldita que tem encantos pra acabar com minhas defesas e colocar-me a sua mercê num estalar de dedos. Não podia entregar-me aquele mar de prazer.

            — Vamos sair daqui... – falei entre dentes.

Ela soltou um risinho típico de contentamento. Observei seus olhos expressivos e distantes pela escuridão do local. Como resistir ao seu corpo? Sabia que tinha que mover-me, mas parecia incapaz, a luxuria tomava proporções que não conseguia mais ajuizar.

            — Quer mesmo ir embora? – insinuou seus quadris ao meu devagar.