Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

— Quer mesmo ir embora? – insinuou seus quadris ao meu devagar.

Voltou a movimentar-se com a musica, vagarosamente carregando acumulo de volúpia. Não poderia senti-la, era descaso, tentador demais. Segurei firme seus quadris e forcei-a a afastar-se, mas ignorou aquilo e colou-se mais em mim. Os seios redondos e firmes moldaram-se em meu torso fazendo-me sentir sobre o tecido os mamilos túrgidos pronto para serem saboreados.

            — Dance comigo Poncho, como antes...

Neguei com a cabeça respirando fundo. Ela não iria parar nunca e vendo que eu relutava tinha mais ganas de continuar. E se eu cedesse? Vitoria pra ela.

            — Nada é como antes deveria saber disso...

            — Alguns meses não fazem diferença eu acho! – olhou-me marota.

Seus braços correram por meu pescoço, sentia seus dedos deixarem uma linha quente por onde passavam até afundarem em meus cabelos.

            — Vamos Poncho... – aproximou seu lábio do meu queixo arrastando-o cada vez mais pra cima – Estamos sozinhos... – beijou-me o canto dos lábios – E ninguém precisa saber disso!

Apertei-lhe a cintura. Não era uma aceitação, era a duvida. E enquanto aquela duvida corria por minha mente Anahí brincava com os lábios na linha do meu queixo. Sentia conscientemente os lábios rosados e úmidos deslizando por minha pele. Sentia seu fungar de ar quente arrepiando-me. A musica alta entrava pelos meus ouvidos e deixava-me confuso, sentia o gosto da bebida forte que tomara anteriormente e repugnei-me por não conseguir concentrar-me.

— Pare com isso sedutora... – sussurrei quando sua boca roçou meu pescoço.

Meu corpo inteiro tremeu, meus braços rodearam-na inconseqüentemente apertando-a em mim.

            — Uma vez você me perguntou... – disse ela entre uma pausa que seus lábios tracejaram-me a mandíbula – E agora é minha vez de fazê-lo... – alcançou meu ouvido sugando o lóbulo demoradamente.

Senti a caricia roubar meus sentidos e a voz ardente penetrar os ouvidos.

— Lembra-se dela Poncho, quando me toca? Por acaso te olha como eu? – desceu a cabeça para mirar-me – Te beija melhor? – alcançou meus lábios molhando-os com os seus – Faz seu corpo pulsar assim? Te toca com mais vontade... – desceu as mãos por meu tórax adentrando-as sobre a camisa – Te faz sentir mais prazer? – grunhiu rente aos meus lábios mordendo a parte inferior sugando-o em direção de si.

— Maldita... – rosnei.

            — Responda!– ordenou desinibida.

            — Não vai querer escutar o que tenho pra dizer!

Ela maneou a cabeça e um sorriso desleixado cobriu-lhe a face. Via na sua expressão que as perguntas tinham reais sentidos e lembrava-me bem delas e das respostas que a própria uma vez dera-me. Apertava-me o peito cada vez que as lembrava e por mais que queria acabar com aquele jogo sedutor não poderia enganar Anahí para que sentisse o mesmo, ao mesmo tempo não poderia dar-lhe respostas sinceras sem entregar minha situação.

            — Eu quero saber Poncho... – deslizou as mãos para segurar-me o rosto – Me diga...

Olhei seu rosto transformado. A provocação ainda ganhava de todo o resto, mas via a mescla de medo que se formava no tremor de seus lábios. Envolvi-lhe as costas permitindo-nos um contato pleno entre nós e comecei a afastá-la das pessoas.

            — Vamos embora! – disse convicto quando respiramos um ar mais leve – Já aconteceu demais por essa noite.

            — Não está nem no começo Poncho! – parou segurando-me em si – Dê-me a resposta!

Mirei-a, os lábios apertados e o rosto convencido. Mais uma vez fiquei estático e ela se aproveitou para empurrar-me de volta a mesa que deixamos anteriormente. Empurrou-me obrigando-me a sentar e sem pudor dividiu as pernas em meu colo. Tentei forçá-la a sair, mas já não sabia mais o que fazer, suas coxas apertaram-se na linha alta das minhas dando controle do meu corpo.