Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 26 – Cidade dos Anjos P.14

Quando as palavras saíram da minha boca amaldiçoei-me por dizê-las. Fora como um teste onde ele me colocava a prova e só me dei conta depois do semblante de surpresa que ele demonstrou. Levantei-me. Escaparam droga! Não pretendia dizê-las. Afastei-me do seu calor, dos seus olhos penetrantes e da dura realidade que me atingia. Frases compostas rondaram minha mente seqüencialmente. “Anahí acabou com tudo”, “Anahí você é a culpada” “Alfonso se afastou porque você deu essa brecha”. “Você é uma idiota”. Certo. Meu plano sempre desmoronava sempre se voltava contra mim. Procurei o bar e sentei-me em um dos bancos altos. Três bebidas seguidas até ele aparecer e pôr-se ao meu lado. Fiquei mirando o quarto copo inacabado rodeando a borda distraída com o dedo. Ele ficou em silencio mirando-me como se tentasse me descrever, desvendar-me. Até que me encorajei e mirei-o. Seu corpo postou-se ao lado do meu, sentia sua perna roçar contra minha coxa. Mantive-me firme nos olhos verdes, mas por um momento não sabia se deveria dizer-lhe algo.

            — Repita! – ordenou ele.

Maneei a cabeça negativamente. Não daria-lhe o gosto novamente. Seria humilhante em minha situação.

            — Repita e lhe darei as respostas...

            — Não as quero mais! – desviei o olhar para o copo para em seguida sorver o resto da bebida em um gole só.

            — Outra! – pedi ao garçom.

Poncho interveio.

            — Vamos embora! – agarrou-me o braço.

Esquivei-me dele levantando. Queria afastar-me agora não tê-lo. Andei apressada até a pista metendo-me no meio das pessoas. Já não tinha mais consciência se ele me seguia ou não. Consegui outra bebida de um dos garçons moveis e levei-me pela musica. Dancei como fazia em toda festa rogada a bebida. Tentava esquecer. Voltava ao México, voltava às saídas com Paulina resultantes do aborrecimento de Guillermo. Terminei outra das bebidas da noite, larguei o copo em algum canto e dancei. Movi o corpo no lugar dançando pra mim mesma, aproveitando-me do calor que subia meu corpo ressalgando o que o de Alfonso deixara. O simples pensamento de seu nome me fez querer voltar e continuar o jogo de atração. Certo! Eu não sabia o que estava pensando nem o que acontecia a minha volta muito menos o que queria. E como se Poncho soubesse disso apareceu a minha frente deixando toda à duvida de lado. Por mais que acabávamos brigando sempre voltávamos ao mesmo ponto. Por mais que nos distanciávamos pelo tempo que for sempre voltávamos como se fosse o ponto em que nos vimos pela ultima vez. Aproximei-me dele e joguei os braços em seus ombros largos. Não queria falar-lhe nem escutá-lo, queria seduzi-lo mais e cada vez com mais pretensão pra ele saber que dependia de mim, que me necessitava com desespero.

Hoy voy a seducirte

Sin darme cuenta, sin darme cuenta

Te robaré un suspiro

Aunque sea el motivo de mi delirio oooh

Movimentei-me arrastando-me em seu corpo. As ondulações do meu quadril batiam com propósito nos dele, no ponto onde ele mais poderia sentir prazer. E aquilo dava-me prazer, acabava com meu controle. Por mais que ele se mantivesse parado, rijo e calado voltava a ver em seus olhos o desejo. E respaldou aquilo no momento que ele lançou suas mãos em minha cintura e colou-me em si. Meus propósitos acabaram, não que eu o quisesse, mas porque aquele contato fora algo diferente. Era algo que nos dois queríamos sem jogos pretensiosos.