Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 27 — Amar? Odiar?

Quando Alfonso sentou-se ali quis usar os braços como arma e socá-lo até não agüentar mais. Sabia que não me serviria de nada mais já era o começo. Ignorei-o, porque nenhum esforço faria-o sair dali. Detive-me a olhar pra fora, ver as luzes da cidade passando rapidamente aos meus olhos. Senti a tontura invadir-me com tamanha pressa, mal me dava conta da onde íamos ou o que faria a seguir. Odiar ou amá-lo?

            — Annie olha pra mim...

Amá-lo. Deveria amá-lo com todas as forças.

            — Céus o que te passa? – revogou impaciente sem minha resposta – O erro foi seu diabos!

Odiá-lo. Deveria odiá-lo com todas as forças.

            — O erro sempre é meu! – voltei-o com raiva – A culpa sempre é da birrenta da Anahí! Sempre! – acusei-o com voz feroz – Mas você não enxerga o próprio nariz e muito menos abre os olhos pra ver a monstra que tem como namorada! – gritei.

Ele rugiu impaciente o que me deixou extremamente satisfeita ao constatar a força que aplicava nos próprios punhos.

            — Não vou discutir com você dentro de um carro! – maneou a cabeça recostando-se no assento.

Seu tom totalmente serio e responsável. Ali era a personalidade dele.

            — Ótimo! – rebojei querendo continuar.

Ele começara agora eu iria terminar.

— Su conductor, ¿me oyes? – perguntei em espanhol ao motorista – ¿Quieres ver mis pechos? – levei as mãos ao decote provocando.

            — Anahí! – inclinou-se em minha direção levando suas mãos as minhas.

Sorri presunçosa vendo que o motorista se quer alterara-se com minha fala e que as mãos de Poncho ficaram ao ponto de tocar-me os seios.

            — Satisfeito, ninguém nos ouve! – retirei as mãos dele sorrindo-o maliciosamente.

            — Você tem que tornar as coisas mais difíceis? – pediu entrecortado demonstrando aferro a raiva – Tem que mostrar seu orgulho acima de tudo? – perguntou... Desarmando-me.

Sempre fora obvio que a mim e a Poncho o orgulho criara-nos muitos problemas. E o maior de todos era que nenhum dos dois estava disposto a renunciar a isso. Tivemos tréguas, mas parece-me que nenhuma fora o suficiente pra demonstrar o que realmente sentíamos e ele não se dava conta do orgulhoso que ELE era.

            — Você ignorou... – rebati-o – Ignorou tudo que eu te disse Poncho, fez aversão ao beijo, pensou nela quando estava comigo! – disse-o com magoa – Isso é orgulho?

Aquilo era o que mais me doía no momento, saber que ele pensava e queria estar com ela. Ele maneou a cabeça lentamente.

            — Foi orgulho quando eu larguei tudo e traí por você, foi o orgulho que perdoou todos os seus erros... – fiz uma pausa esperando-o reagir – Eu sei que eu errei, sei que fiz muitas besteiras nos últimos meses, mas deixei meu orgulho de lado no momento que eu disse que te amava acima de tudo... – parei.

Respirei fundo e vi-o ficar sem reação diante de tudo. Não era minha intenção discutir aquilo, mas ele me ponha raivosa cada vez que me acusava de algo. Quando o carro parou me dei conta que havíamos chegado. Não esperei um segundo a mais para sair e entrar no hotel com firmeza. Escutei a porta dele bater, escutei-o caminhar atrás de mim e pegar o mesmo elevador que eu, mas mantive-me firme e decidida. Não olharia pra ele porque eu sei que a mascara de confiança escaparia.

            — Não esqueço nenhum momento que você acabou de jogar na minha cara... – pôs-se a minha frente e começou a falar duro assim que as portas deram-nos privacidade – Ótimo! – desprezou com ironia – Você deixou à soberba, mas o que você não se deu conta e que nunca tentou me entender! – rosnou.

Soltei um riso totalmente irônico mirando meus próprios pés. Apoiei-me na parede fria do elevador votando a tontura da bebedeira invadir-me. Não sei como realmente falara tudo aquilo a ele sentindo-me alcoolizada. Opa, talvez esse fosse o problema, despejara tudo por não conter-me a língua.

            — Serio! Eu realmente estou bêbada e minha paciência com você acabou! – mirei-o firme cruzando os braços sobre os seios.

            — Excelente! – abriu os braços zombando – Estamos de acordo então! – afastou-se.

Em dois andares mais lutamos contra o silencio. Quando as portas abriram-se me adiantei apressadamente. Mas ele não me deixou sair.