Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 3 – Pensamentos Obscuros

            — Onde está Anahí? – perguntou Pedro Damian olhando para o relógio.

            — Marcamos as 9.00 e são 9.15, ela chegara as 9.30 – disse Christopher entediado.

            — Já deveria se acostumar Pedro, Annie sempre se atrasa. – disse Dulce ao seu lado.

            — Acho que vocês poderiam parar de reclamar e ver que ela já está vindo. – observou Poncho olhando de esgoela para o saguão do hotel.

Anahí vinha descendo acompanhada por Christian. Maite vinha logo atrás com o celular colado no ouvido e tinha dificuldade em se equilibrar nos saltos ao descer a escada.

            — Bom dia, desculpe o atraso – disse sem animo arrumando os óculos escuros.

            — Está desculpada, já para a Van – se agilizou Pedro indicando que eles passassem – e rápido.

            — O Pedro anda sem paciência nenhuma caray – observou Dulce a frente vendo que ele ficava pra trás.

            — Mas não mamãe deixa lá em cima! – ouvia-se Mai no telefone.

            — Esquece o Pedro ruiva – disse Ucker se chateando.

            — Acho melhor acabar o papo e entrar logo, não to a fim de escutar mais blá blá blá.

Poncho saiu na frente deixando os amigos de lado e entrou na Van primeiro. O fundo era o melhor lugar pra ele se sentar. Dulce, Ucker e Christian entraram depois se sentando no meio deixando apenas dois lugares com Poncho. Annie olhou receosa em sentar-se do lado dele. Poncho pareceu perceber e esboçou um sorriso sem sentimento.

            — Anda logo Annie, não mamãe falei com a Annie...– continuou Maite ao telefone empurrando a amiga pra dentro.

            — Eu não mordo Anahí – disse Poncho quando se sentou ao seu lado.

            — Eu sei que não – olhando pra frente sem encará-lo.

Maite continuou falando ligeiramente com a mãe no telefone.

            — Que tal me dizer o que está acontecendo?

            — Que tal o silêncio reinar até chegarmos nessa maldita coletiva – respondeu grossa pra ele.

            — Obrigado por seu mau humor. – respondeu ele no mesmo tom.

            — Tchau mamãe! – encerrou Maite ao telefone virando-se pra Anahí – Você acredita que ela pensou em jogar fora meu pulôver?

Anahí e Poncho esqueceram das grosserias e viraram juntos a cabeça para mirá-la. Deram um olhar totalmente sarcástico e mal humorado.

            — Mau humor vocês dois. Quero ver forçarem um sorriso depois! – disse referindo-se a coletiva que iriam.

            — Mai, não sabia que tinha um pulôver – disse rindo desviando o assunto.

            — Ai eu tenho, é rosa bebê, tão fofinho. Comprei depois daquele dia que a Annie não quis dar o dela!

            — Imagino você usando ele, deve parecer a Penélope Charmosa!

Rir daquilo foi pra poucos. Anahí não tinha humor pra nada. Alfonso ao seu lado muito menos.

            — Será que o casal poderia acompanhar o bom humor, sabia que estamos indo enfrentar as feras? – virou-se Mai pra eles começando a se irritar.

            — Não há casal nenhum – disse Poncho ainda olhando pra fora do carro.

            — Muito menos bom humor.

            — Eu hein, o que há com vocês? – disse Dulce virando-se pra trás.

            — Vocês deveriam parar de achar que está tudo bem – pensou alto demais.

Maite antes inclinada no banco espremeu-se nele como se quisesse entrar. Dulce abaixou a cabeça e Ucker tampou a boca disfarçadamente com a mão. Christian ficara imóvel e Poncho mal se mexera mais Anahí sentiu uma vibração vindo dele. O silencio que transcorreu na Van foi insuportável. Anahí não tinha intenção de soltar tal gafe. Ela por sua vez mirou o chão envergonhada.

            — Annie eu já falei com você sobre isso. – disse Chris cortando o silencio.

            — Mas parece que não foi o suficiente pra matraca fechar – falou Maite com raiva.

            — Vai colocar a culpa em mim agora? – olhando pra ela.

            — Não há necessidade de discussões. – disse Dulce insegura.

            — Há necessidade de uma conversa.

            — Conversar sobre o que? Já resolvemos tudo Anahí – disse querendo poupar palavras.

            — Fiquem em seus mundinhos então, fingindo que tudo esta bem como sempre fazem!

Christian levantou-se e fechou a porta da Van com estrondo. Estavam sozinhos dentro do carro, o que era uma vantagem.

            — Anahí, isso não é hora – disse mirando-a.

            — Não Christian, deixa ela falar agora, quero ver quais argumentos irá usar – disse Maite olhando pra fora.

            — Não há argumentos Mai, há fatos.

            — Fatos que você joga na nossa cara. Você acha que queremos o fim da banda? Não Anahí eu não quero, mas é um fato necessário. Concordamos os seis com isso inclusive você.

            — Se a banda está acabando é em ocorrência aos fatos.

            — O que você quer dizer com isso?

        — Não quero dizer nada. Nosso contrato foi por tempo determinado. Esse tempo acabou e pronto. Sabíamos que não podíamos renovar. O melhor mesmo é que acabe em quanto estamos bem.

            — Sim sabíamos, RBD chegou ao fim palmas pra todos, mas pelo menos deveriam demonstrar que sentem algo por isso.

            — Porque não diz isso diretamente a mim? – falou Poncho pela primeira vez virando-se pra ela levemente irritado. – Não precisava fazer uma cena.

            — Quem disse que era pra você ogro! – virando pra ele – Não é nenhuma cena estupido, acontece que depois que tudo aconteceu vocês ficam rindo como se nada tivesse acontecido ou passado. Sinceramente eu não entendo... – disse com raiva –... esperavam chegar à coletiva pra perceber o que acontece? Quero ver quem será o primeiro a levantar o dedo e falar alguma coisa. Fechem-se no mundo alegre e feliz de vocês e olhem com a cara mais feliz do mundo pra seus fãs. Depois disso agüentem o fardo sozinhos, porque isso não dará certo. RBD vai acabar e vocês não estão nem ai!

Os olhares dos companheiros estavam atentos a ela. Nenhum ousou interromper ou justificar. Medo, arrependimento ou qualquer que seja o que eles estavam pensando Anahí não soube distinguir, mas um ato bem ao seu lado abriu-lhe a vontade de chorar. Sentira os punhos de Poncho cerrando e aquilo era como uma corrente envolta de si. Não sabia por que ele tivera aquela atitude, mas o fato de não olha-la nos olhos respondiam muitas perguntas.

            — Estão prontos? Cinco minutos estarão lá – falou Pedro entrando de surpresa no banco da frente da Van assustando todos.

A insensibilidade de Pedro era tanto que mal percebera a aura negativa do RBD. Com ele, o silêncio se estendeu e o receio de continuar a conversa também. Cada um se ajeitou em seu lugar sem conversa nem sorrisinhos. A reflexão das palavras de Anahí passou pela mente de cada um. Quando iam cair na realidade? Parece afinal que apenas ela se importara com isso. Christian mesmo falou que se conformara, mas sentia também, era o mais próximo que Anahí encontrara de um sentimento verdadeiro. Ucker não estava nem pra lá nem pra cá, nunca tivera uma opinião concreta era jovem e por vezes irresponsável. Dulce reinava na indecisão e não sabia pra que lado recorrer o da verdade ou ilusão. Maite parecia tirar um peso das costas, tinha trabalhado demais em projetos fora do RBD e isso seria algo bom. Poncho. Poncho que devia estar feliz. Era ele que queria ser ator não é? Agora teria tempo pra isso, parecia cada vez mais distante nos shows e isso incomodava Anahí. O principal motivo talvez que abrandara a raiva pela questão. Poncho ultimamente era indiferente, sucessível a não dar bola pra ela. Queria que as coisas voltassem ser como antes. Os shows inesquecíveis, a aproximação no palco e as brincadeiras com os companheiros. Queria ter de volta a relação de um ano atrás. Ah como seria bom. E se algo tivesse que acabar, deveria terminar assim, felizes e conformados e com uma relação de antigamente não como agora, afastados pelo simples fato de uma quebra de contrato.

Até Segunda, ou talvez...antes =)

Obrigado por todos os comentários!