Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 38 — Encontro Fantasma

Vestido: Preto. Sapatos: Pretos, salto fino e longo. Maquiagem: Escura. Mais parecia que iria a um enterro, mas confiei em Dulce, Christian e Ucker. Pelo menos por aquela vez, eles não iriam aprontar no dia mais importante da minha vida.

            — Está pronta Anahí? – Dulce entrou em meu quarto – Nossa que maravilha de mulher! – riu em seguida analisando-me de cima a baixo.

            — Era pra matar não é? – brinquei sorrindo-a.

            — Se eu que sou mulher estou caidinha por você imagina o que um homem seria capaz? – riu em seguida.

Debochei de sua cara e voltei ao espelho.

            — O que vão fazer comigo? Aliás onde irão me levar!

            — Surpresa querida! Não abro a boca pra nada! – cruzou os dedos em juramento.

Não iria protestar, seria perda de tempo. Desci as escadas com Dulce e quem me esperava ao pé eram os meninos.

            — Onde estão meus amigos? – perguntei incrédula ao não ver ninguém ali.

            — Despachamos! – falou Christian divertido.

            — Sem aviso prévio! – Christopher completou.

Olhei Dulce dando de ombros.

            — Agora ficara com eles... – estendeu-me uma bolsa – Fique com isso vai precisar!

Paralisei olhando-os. Christopher pegou a bolsa e Christian me arrastou pra fora. Quando vi estava no carro indo em direção a sabe-se lá onde.

            — Onde estamos indo? – perguntei.

            — Achou mesmo que íamos falar? – Christian disse no banco de trás.

            — Não custa tentar! – cruzei os braços sobre o colo.

Ambos olharam-me e começaram a rir. Típico dos dois. Não comentei, abri um bico enorme e deixei-os na lei do silencio.

            — Coloque isto! – Christian estendeu-me uma faixa.

            — Você só pode estar brincando! – peguei com descrente.

            — Nunca brincamos Annie! Coloque logo é não reclame! – Ucker intuiu-me.

Eles pressionaram, pressionaram e pressionaram mais um pouco. Não tive outra escolha se não passar a faixa sobre meus olhos e me contentar com a surpresa. Minutos depois o carro parou. Senti-me aturdida descobrindo a ansiedade crescer.

            — A partir de agora não falamos mais nada! – disse Ucker.

            — Não adianta perguntar que ninguém vai te responder.

            — E não tente tirar a faixa... Acho que você não vai querer estragar a surpresa...

            — Porque? – nenhuma resposta – Eu não acredito nisso! – bufei – Não vão falar mesmo? – mais silencio.

Senti uma movimentação dentro do carro. Alguém saiu, a porta traseira bateu assim como a da frente. Pensei imediatamente em tirar a faixa, mas parei no meio do caminho. Aquela adrenalina e ansiedade em meu corpo era bem-vinda. Porque estragar?

            — Quem está ai? – perguntei entrando no jogo.

Nenhuma resposta me veio. A tal da lei do silêncio.

            — Você também é mudo?

Um barulho de plásticos chamou minha atenção. Dei-me conta do cheiro de rosas invadirem o carro. Sorri levemente diante daquilo e me apeguei a usar os outros sentidos. Tentei sentir o cheiro de quem quer que seja que estava ali, mas o aroma não era familiar, mesclava-se com as flores num tom masculino. Podia ser ingênua e pensar que era Poncho, mas ele estava na Argentina e não voltaria até amanha.

            — Christian é você?

O carro recomeçou a andar sobressaltando-me. Pra onde estávamos indo? Indaguei aquilo sentindo a curiosidade corroer-me. Fiquei em silencio, não conseguia escutar nem a respiração do individuo. O caminho era calmo sem muitas curvas, poderia sentir-me seqüestrada.

            — Olha não vou tirar a faixa, mas eu odeio esse silencio! – resmunguei cruzando os braços sobre o peito.

Com os ouvidos atentos escutei burburinhos. No momento seguinte, para a minha surpresa, escutei a canção Mi delírio, o meu CD.

            — Oh céus como o tem? – indaguei inclinando-me.

As cegas estiquei as mãos tentando achar a capa do CD, em um pulo ela parou no meu colo.

            — Onde conseguiu? Não é possível! Quem é? Jorge é você? Guillermo eu te mato! Mas que droga!

Bufei de novo convencida que o ser ao meu lado não responderia. Estava a ponto de tirar o tampão dos olhos quando o carro parou. A porta do motorista abriu-se e segundos depois era a minha. Um vento gélido bateu em minha pele arrepiando-a.

            — Agora é a hora que eu saio? – perguntei.

Estendi a mão em automático. Por um segundo achei que estava sozinha, que minha mão ficaria suspensa, mas como o fogo que consome a água senti a mão firme arrastar-se lentamente sobre a minha. Era macia, dedos longos e pegada firme. Em toda minha vida lembraria daquele toque, era impossível desconhecer.

Por Hoje é isso, espero que não abandonem o final da web =)