Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 3ª Temporada

Capitulo 39

À medida que caminhava a luz da noite me dava conta do que estava acontecendo. Era quase inexplicável o sentimento que batia contra meu peito em batidas erronias e freqüentes. Peguei as bolsas do carro, voltei caminhando e parei ao relevo pregando meu olhar ao que via dentro da cabana. As janelas de vidro brilhavam com fulgor e me davam a visão completa de dentro. Ao longo, os contornos daquela mulher eram perceptíveis ao meu. Via distraidamente ela rondar o espaço e observar tudo com proeminência. Cada detalhe, cada objeto ou móvel escolhi pensando-a, lembrando-me do que gostava, do que achava delicado ou simplesmente lembrava-me dela. À medida que suas delicadas mãos contornavam o sofá me dera conta que sempre a via em meu futuro. Fora isso quando comprara e reformara aquele lugar, sabendo em meu interior que era um dos lugares preferidos dela. Morria por ver a cara de surpresa que ela faria ao se dar conta de onde estava. Sorri observando-a, como um bobo e louco apaixonado. Poderia imaginar-me daqui a alguns anos voltando do trabalho e encontrando-a em casa de braços abertos. Na nossa casa, no nosso lugar e na nossa família. Céus como me punha alucinado ao pensá-lo. De repente senti-a virar-se e observar-me abrindo um sorriso acanhado. Um sorriso que atraia-me até ela e seus lábios rosados. Subi as escadas do alpendre, coloquei as bolsas sobre o sofá e aproximei-me dela rodeando-a em meus braços. Um segundo insano sem tê-la perto de mim enchia-me de saudades. Os braços pequenos rodearam meu pescoço, sem nenhuma palavra ela juntou seus lábios aos meus.

            — Estou feliz... – disse quase em um sussurro.

Sorri sentindo-me completo apenas por aquilo.

            — Estou feliz porque esteja feliz!

            — Então estamos felizes! – gargalhou.

Beijei-lhe a ponta do nariz que se franzia ao seu riso fazendo-a sorrir mais. Com as mãos espalmadas em meu peito tentou afastar-me em uma brincadeira sutil, subi as mãos agarrando as suas, prensando-a em meu corpo e obrigando-a parar. Nossos olhos chocaram-se, nossos semblantes ficaram sérios. Acarinhei seus dedos contra minha palma sentindo o anel fixo em seu dedo anelar. Mirei-o vendo-o brilhar a luz, levei a palma sobre os lábios beijando aquele ponto. Meus olhos se fecharam quase em um suspiro.

            — Quando dei-lhe o anel pensei que se daria conta que não estava brincando! Que queria um relacionamento serio...

Ela baixou os olhos no mesmo momento. Ressentida.

            — Você demorou dois meses pra encontrá-lo... – sussurrei mirando-a – Pode perceber como me senti?

E aquilo explicava parte da minha raiva. Quase completamente era uma resposta que tudo estava perdido.

            — Errei... – pausou apertando seus dedos em minhas mãos – Mas quero concertar todos eles...

Deslizei meus braços por seu corpo trazendo-a em um abraço. Não queria discutir, acabar com aquela magia que nos rodeava.

            — Poncho? – voltou seu corpo para olhar-me.

Quando nossos olhos chocaram-se vi o brilho cristalino de lagrimas. Segurei seu rosto entre as mãos acarinhando-lhe a face com o polegar.

            — Yo te amo a ti! – sussurrou ela.

            — Yo también mi amor!

Beijei-lhe selando tudo que estava expresso. E foi assim o inicio daquela noite. Carreguei-a em meus braços acima, deitei-lhe na cama com delicadeza e despi suas roupas sem pressa. Olhar aquele corpo novamente e senti-la colar-se em mim outra vez era mais do que tinha pedido, era mais do que eu desejava. Nos amamos, fizemos amor lentamente até nossos corpos imporem mais, exigirem que o ápice chegasse. Quando ela tremeu em meus braços recebi o êxtase fortemente retendo meu corpo ao dela, obrigando-nos a desfrutar o prazer que trocávamos. Dormimos juntos, desfrutamos da presença um do outro sem pensar em mais nada.