Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 5 – Fuga Materna

“Não sei o que aconteceu, não sei onde eles estão ou o que estão fazendo. Sai da Van o mais rápido que consegui ignorando Pedro que pediu que ficássemos juntos. Mas tem uma coisa que ele não sabia. Naquele momento queria distancia deles, somente isso. Sei que arcaria com isso mais tarde, um sermão bem dado e um olhar torto dos meus companheiros. Nada do que já não recebia. Precisava ficar sozinha, sem ninguém pra me amolar a paciência. Peguei o elevador e subi até meu quarto. Queria saber por que estávamos hospedados ali se minha casa não fica a mais de 20 minutos do hotel. Precisava da minha cama e do colo que minha mãe me daria. Poderia me desligar e sofrer sozinha. Abri a porta do nº 2014 e bati-a com estrondo, corri para a cama e desabei nela juntos com as lagrimas que começaram a cair.”

Anahí deitara de bruços na cama, agarrara o travesseiro e soluçava como uma criança. Os sentimentos afloraram não exatamente sabendo o porquê, mas chorar era a única coisa que queria fazer. Precisava de consolo também, mas ninguém por perto poderia fazê-lo. Pegou seu celular e discou um numero com as mãos tremendo. Depois do quinto toque a ponto de desistir tal pessoa atendeu.

—      Mãe? Sou eu! – disse chorando.

—      Anahí, filha? – disse Marichelo – o que aconteceu meu amor?

—      Ai mamãe, eu queria tanto estar ai!

—      Oh meu bem já lhe disse, mande o Pedro pastar e venha já pra casa, agora se acalme e pare de chorar! 

Anahí sentara-se na cama é inutilmente tentara limpar o rosto choroso. Respirara fundo contento longos soluços.

—      Não sei o que fazer, todos me odeiam!

—      Não diga isso, ninguém te odeia! – disse ela paciente – Já conversamos sobre isso, é por causa da mesma coisa que ainda chora?

Anahí não respondeu, começou a soluçar ainda mais.

—      Acho que isso responde minha pergunta – falou a si mesma decepcionada – Annie meu amor, não se preocupe mais com isso, creio que seus colegas temem por o que está por vir. Coisa que você também tem medo filha. Tudo dará certo no final. Agora levanta dessa cama e limpa esse rosto borrado me ouviu?

—      Como sabe que estou na cama? – pediu ela se acalmando.

—      Mãe sabe de tudo filha, aposto que depois da tal coletiva você saiu correndo dos seus amigos não é?

Anahí consentiu em silencio.

—      Não faça seus amigos pagarem pelo que sente Annie, sei que eles também estão sofrendo. Vai ficar bem meu bem?

—      Vou sim, obrigado dona Marichelo – disse por fim cessando as lagrimas.

—      Então está bem, diga a todos que espero uma visita, menos do Pedro – Annie riu – te amo meu bebê.

—      Também te amo mamãe.

Annie desligou o celular mais calma. As palavras de sua mãe sempre eram sabias e clareavam a cabeça da filha. Annie levantou e foi até o banheiro lavar o rosto. Mirou sua imagem no espelho e se perguntou por que sentia tanto pelo que estava acontecendo. Lembrou o rosto de seus companheiros ao saírem da coletiva, mal se importou com isso. Mas percebera que o abatimento em seus olhos era visível. Lembrou-se do toque suave das mãos de Poncho sobre a sua ao final da entrevista. Porque fizera isso? Estava arrependido ou fora um ato falso? Não sabia mais o que pensar e muito menos sabia o que sentir em relação a ele.

—      Droga! – reclamou pra si.

No mesmo momento começaram a bater na porta. Anahí pegou uma toalha e secará o rosto. Olhará a maquiagem borrada e tentou rapidamente e sem sucesso ajeitar o rosto. As batidas continuaram a soar até que num ato inútil desistiu e foi a porta.

—      Guilhermo? – surpreendeu-se quando abriu a porta.

—      Não deveria ficar surpresa, parece que apenas eu tive coragem de subir – disse ele.

Guilhermo Rosas e quase um braço direito de Pedro Damian, fazia um trabalho bem feito e criava boas oportunidades para a banda. Além disso, Anahí se dava muito bem com ele.

—      Não precisa ter coragem pra bater na minha porta – disse sem entusiasmo.

—      Que seja, só vim avisar que depois do seu “sumiço” Pedro deu tarde livre pra vocês, MAS não podem sair do hotel, e a noite vamos para Monterrey.

Annie assentiu com um minúsculo sorriso no canto dos lábios. Guilhermo arqueou uma sobrancelha.

—      Não faça essa cara, você sabe que não fez certo em sair daquele jeito e nem está se comportando bem na ultima semana.

—      Preferia não discutir isso ok?

            — Uma hora seus companheiros vão te jogar contra a parede – disse ele em um tom serio – enquanto isso dessa e aproveite a piscina, o sol está lindo lá fora.

Mais uma vez ela assentiu sem animo. Guilhermo deu um beijo em sua bochecha e saiu deixando-a pensativa. Agora todo mundo estaria contra ela? Começava a se arrepender de ter soltado algumas palavras na Van, mas falara o que senta e se não falasse ficaria agoniada. Bateu a porta com estrondo e foi até a sacada. Olhou o sol brilhando acima de si e o vento soprar seus cabelos. Afastou os pensamentos por um momento e decidiu se trocar. Iria passar o dia se torrando no sol, quem sabe assim seu agouro de má evaporasse de uma vez.

Capitulo Extra =)