Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 24 – Diário de Bordo I P.3

Talvez a proximidade, talvez seus braços rodearem minha cintura ou sua respiração mesclar-se com a minha ou ainda a mais provável de todas....sua pergunta confessa. Cai em um abismo de pensamentos e sentimentos. Meu corpo amoleceu e meus olhos marejaram, Poncho me segurou em seus braços com mais intensidade.

            — O que você disse?

            — Disse que eu te amo.... – repetiu ele.

Olhei fundo em seus olhos. O remorso continuava exposto ali sobreposto pela sinceridade de suas palavras. Não era possível que ele estivesse dizendo aquilo. Abriu meu chão e minha sanidade.

            — Não... – foi minha vez de negar.

            — Eu Te amo Anahí, e demorei muito para compreender isso, te fiz sofrer pelo medo desse sentimento...

As palavras de Poncho sumiram quando ele tocou meus lábios com os seus. Não compreendia a intensidade do momento. Relutei em beijá-lo e quanto mais fazia isso mais Poncho me apertava. Sua língua abriu espaço entre meus lábios deixando-me sem escapatória a não ser beijá-lo. Senti a costumeira sensação de borboletas no estomago, arrepios em toda parte do meu corpo e o calor subir a espinha. Percebi o quanto sentia falto disso, sem novela ou serie e até mesmo beijo nos shows fazia tempo que não sentia o gosto mágico de sua boca. Senti-me idiota por isso. Depois de alguns segundos apreciados empurrei-o com toda força de vontade que tinha.

            — Some daqui Poncho! Nunca mais me beije outra vez! – disse excessiva de raiva.

            — Rodrigo não vale a pena Anahí, basta você abrir os olhos e vai perceber o quanto ele te engana pelas costas.

Minha mão virou contra o rosto de Poncho. Um tapa estalado que ele recebeu de boa vontade. Sem ter que pedir ou gritar de novo ele me deu costas e saiu batendo a porta. Cai de joelhos e me derramei em lagrimas.

Fim do Flashback

Maite apareceu minutos depois. Levantou-me do chão e colocou-me na cama. Deu-me apoio e limpou minhas lagrimas. Estava tão confusa e tão mal que nem isso consegui naquele momento.

            — O corredor inteiro ouviu os gritos – disse ela enquanto me abraçava – A sorte e que Dulce e eu subimos primeiro, ela segurou os outros lá embaixo. Por pouco Rodrigo não volta.

Chorei ainda mais pela menção Rodrigo. O que era Rodrigo comparado ao que eu tinha acabado de acontecer?

            — Porque ele faz isso comigo Mai!? – solucei incapaz de pensar em outra coisa.

A Anahí forte e que não chorava se desmoronou ali por causa dele, por suas palavras ou pela nossa relação. Eram tantos motivos que nem sabia qual era o mais forte.

            — Annie se acalma...

            — Por favor Mai me deixa sozinha!

Maite me olhou de um modo que odiava ser olhada. Pena é um sentimento que não gostaria que ninguém sentisse por mim.

            — Sai Maite! – completei com firmeza.

Depois que ela fechou a porta tranquei-a e me joguei sobre os travesseiros. Chorei com minha solidão. Tentei não pensar em nada, mas flashes incômodos surgiam em minha mente a todo instante depois daquela noite. Não sei o que será, quero uma coisa mas me atento a outra. Que o universo conspire e trace um caminho que não me faça sofrer. Não sei se agüento por muito mais tempo.”