Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 26 – 20 de Novembro de 2008

(Capitulo Introdutório)

Anahí finalmente decidiu levantar-se da cama depois de uma longa hora acordada perdida em seus pensamentos. Olhou o homem despido que a acompanhava. Rodrigo aparentava uma expressão dura e rústica, nada convencional. Nos últimos dias afastara-se dele inventando compromissos quando na verdade isolava-se em um refugio secreto para refletir. Virou-se nos calcanhares e foi logo ao banheiro para um banho, tinha agenda com a banda e não poderia se demorar. Abriu o chuveiro deixando a água quente cair por seus ombros enquanto sua cabeça começava a surdir mais uma vez em lembranças. Dessa vez mais recente. Especificamente 10 dias atrás quando Poncho lhe confessara seus sentimentos. Até então não tinha sido fácil lidar com isso nem com Rodrigo e muito menos com Poncho.

            — Anahí? Você vai para Televisa? – gritou Rodrigo do quarto sem nenhuma compreensão minutos depois.

Anahí desligou o chuveiro e enrolou-se em uma toalha saindo do banheiro.

            — Irei sim, temos que gravar alguns comerciais, vai ocupar o dia inteiro – disse ríspida sem muito animo enquanto remexia sua bolsa atrás de roupas.

A cobertura de Rodrigo em um bairro luxuoso da Cidade do México havia sido o ponto de escape de seu namoro. Sempre que estavam ali à conversa depois do jantar com muito vinho terminava na cama.

            — Será que posso te acompanhar?

            — Acho melhor não, não quero criar problemas com os outros. – disse vestindo-se.

            — Com os outros ou com o imaturo do Herrera? – disse levantando-se.

            — Não vai começar – soou grossa.

            — Começar o que? Não posso acompanhar minha namorada por acaso? – disse ele abrindo os braços indignado – Você acha que eu ligo pra opinião dele?

            — Você deixou bem claro que não Rodrigo! – virou-se com raiva – Não vou entrar mais nesse assunto com você! Tenho que ir. – completou ela.

De qualquer jeito, Anahí pegou o resto de suas coisas e saiu dali o mais rápido possível. As chaves de seu carro esperavam na ignição. Colocou os óculos escuros para esconder as olheiras sem retoque e foi para Televisa. Era a 3ª vez que Rodrigo entrava nesse assunto. Desde o show em Rosário, na Argentina, ela evitou que ele a acompanhasse. Por três vezes brigaram e por três vezes Anahí não sabia por que. Quando estacionou o carro nos estúdios encostou a cabeça no volante procurando acalmar-se da repentina raiva. Não era possível a confusão que sua vida se tornara.

            — Que droga! – resmungou para si.

Saiu do carro em direção ao camarim, pra variar estava atrasada. Andou o mais rápido possível alcançando à porta “Anahí, Dulce e Maite” gravadas em uma placa. Ao entrar Dulce se aprontava no espelho.

            — Oi Dulce – disse jogando a bolsa em um canto.

Dulce virou-se com um sorriso.

            — Oi loira – alcançou-a abrindo os braços em um abraço – está atrasada pra variar, Pedro passou três vezes por aqui e você não atende o celular.

            — Estou bem Dulce obrigado e você ? – disse irônica.

Dulce acabou sorrindo espantando qualquer rastro de um acesso que Anahí pudesse ter.

            — Desculpe loira! – disse voltando ao espelho – o que aconteceu dessa vez pra se atrasar ?

            — Nada, apenas me atrasei.

            — Bom saber, se a Mai estivesse aqui diria que foi sexo demais!

            — Cala boca Dulce, já basta uma ninfomática no grupo! Falando em ninfomática ela não vem de novo?

            — Não vem não, tah no estúdio 5 gravando a novela... parece que o Levy é mais importante.

            — Ela ta dando uns pega nele isso sim. Essa historia de gravar novela é papo pra fugir pra um motel – completou rindo.

            — Anahí parece que você não conhece a Maite, nem precisaria de um motel, qualquer canto é o suficiente.

As duas riram e continuaram a se arrumar. Dulce saiu tempo depois a fim de gravar sua parte individual para o comercial da turnê em Madrid. Anahí por sua vez passou por cabelo e maquiagem. Na troca de roupa escolheu um vestido preto tomara que caia e encontrava-se sozinha no camarim quando alguém bateu a porta.

            — Ah BJ ainda bem que voltou – disse indo abrir a porta – meu cabelo está...

Ao abrir ficou paralisada ao ver Poncho sorrindo a frente, sua voz pairou no ar sem continuação mortificada por sua presença.

            — Não é o BJ e seu cabelo está lindo – completou enquanto entrava.

            — O que faz aqui? – disse apoiando uma mão a cintura, a outra sobre a porta aberta.

            — Você está atrasada – disse ele sentando-se sobre a cadeira do espelho descontraido.

Poncho aparentava um ar divertido e jovial. Depois do episodio decimal trocara de comportamento aos poucos. Faiscas com Anahí saiam todo tempo quando está com Rodrigo. Quando está sozinha seu comportamento muda da agua pro vinho. No momento ficou olhando Anahí com um sorriso no canto dos lábios enquanto ela fechava a cara.

            — Não precisa me dizer o que eu já sei. Pode me dar licença, preciso terminar de me arrumar... – disse ela indicando a porta.

            — Eu estou bem aqui... – disse ele enquanto virava ao espelho para bagunçar os cabelos que formavam pequenos cachos – ...e preciso falar com você.

Os lábios de Anahí apertaram-se formando uma linha rosada seqüenciado por um sorriso irônico.

            — Conversar? – disse ela – Acho que não temos nada que conversar!

            — Eu acho que temos muito que conversar!

Poncho levantou-se e caminhou até ela parando frente e junto ao seu corpo, deslizou uma mão até a tranca da porta e fechou-a.

            — Não, não temos! – disse saindo de perto dele e aproximando-se de uma fileira de sapatos ignorando-o.

Anahí analisou cada par a sua frente fingindo que Alfonso não a olhava de cima abaixo a deixando constrangida. Ignorando seu perfume invadir-lhe as narinas deixando-a tonta.

            — Temos sim! – continuou ele.

            — Não temos! – disse aumentando o tom de voz.

            — Temos! – disse igual provocando-a

            — Não! – disse em um tom a mais.

            — Temos!

            — Não Alfonso! – disse virando-se pra ele largando um par de sapatos que havia pegado.

            — Poderíamos começar pelos sapatos – disse aproximando-se – use este – disse pegando um par de saltos pretos oferecendo a ela – ressaltarão suas pernas baixinha – completou com um sorriso malandro.

Anahí fechou a cara e se fosse possível fechou ainda mais por ver que os sapatos ficariam perfeitos com o visual. Pegou-os com raiva e sentou-se num sofá ao canto esticando as pernas para calçá-los com calma, quando levantou a cabeça percebeu os olhos de Poncho secando-a.

            — Agora nem disfarçar você consegue?! – disse fingindo humor.

            — Você provoca!

Anahí se levantou e foi ao espelho retocar o cabelo mexendo-os com as mãos, estava pronta.

            — Não preciso disso Poncho, já disse pra ir embora!

            — Não vou, preciso dizer algo!

Anahí largou os cabelos e apoiou as mãos sobre o apoio do espelho inclinando um pouco as nádegas para trás. Respirou fundo e olhou Poncho atrás de si através do espelho.

            — Não tenho nada pra ouvir de você, ta surdo que não ouviu pra sair? – disse gesticulando com uma das mãos.

Poncho fixou seu olhar sobre os olhos espelhados. Aproximou-se devagar e ágil como uma raposa prendeu Anahí em um circulo formado por seus braços apoiados no mesmo apoio que ela. Anahí continuou a encará-lo sobre o espelho e não se moveu. Sentia a respiração dele em seu pescoço tamanha a proximidade que provocara.

            — Não vou desistir Anahí – disse ele em seu ouvido num sussurro charmoso.

Um arrepio costumeiro subiu-lhe a espinha obrigando-a fechar os olhos. A raiva misturou-se a um nervosismo conhecido e tentador. Abriu os olhos novamente e mirou Poncho colado em si pelo espelho.

            — Você não precisa desistir... – disse ela fazendo Poncho encara-la novamente – ...de algo que já esta acabado – completou ela com um sorriso irônico.

            — Tem certeza que esta?

            — Absoluta – completou segura.

Poncho sorriu de lado ironicamente apoiando a cabeça no ombro descoberto de Anahí, olhando-a fixamente pelo espelho nada convencido de sua resposta. Suas mãos de repente fecharam o cerco envolta de sua cintura ao mesmo tempo em que traziam seu corpo para grudar-se ao seu, as mãos de Anahí no mesmo momento agarraram os braços fortes tentando soltar-se.

             — Me solta Poncho – disse usando força sobre suas mãos, tentando romper o abraço em sua cintura.

Poncho sorriu ainda mais com as tentativas inúteis de soltura, aproveitou-se da situação arrastando seu rosto no dela fazendo Anahí paralisar-se sobre seus braços.

            — Eu sabia que você não iria resistir – disse parando a caricia e olhando-a novamente.

Mais uma vez a expressão fechada apareceu em Anahí, Poncho a colou mais em seu corpo chegando ao limite de qualquer espaço.

            — Seu estúpido – disse iniciando pequenos socos sobre os braços dele – Acha que me agarrando vai conseguir alguma coisa?

            — Só assim você me escuta. E vou repetir... – disse mudando para um expressão seria e sincera – ...não vou desistir de você Anahí.

            — Você vai sim! – disse encarando-o parando novamente.

            — Não vou, nem que tenha que chegar ao extremo, sabe por que?

            — Não quero te ouvir... – disse fechando os olhos forçando-se pensar em outra coisa antes que Poncho falasse demais.

Mas era impossível, a presença de Poncho não se desviava com qualquer pensamento, aliás nada desviava sua presença e seus braços apertando-a, a encochada era tentadora e sua respiração tão próxima chegava a ser constrangedora.

            — Não quer saber ? – disse ele começando a arrastar seu nariz sobre o pescoço dela.

Anahí continuou de olhos fechados tentando ignora-lo. Suas mãos alisavam o braço dele apreciando a caricia, mas totalmente com vontade própria.

            — Vai embora!

Poncho beijou-lhe o pescoço e trilhou um caminho até sua nuca, onde afastara os cabelos caindo em cascata para um lado. Beijou-lhe seguidas vezes do pescoço a nuca indo e voltando até aplicar uma mordida voluposa no pescoço.

            — Seu perfume mudou, mas seu sabor continua o mesmo – disse beijando-lhe a mandíbula.

            — Isso não é da sua conta – disse por fim.

Anahí juntou sua força de vontade e empurrou-lhe com as costas fazendo-o se afastar. Olhou-o com repulsa e saiu apressada do camarim antes que ele se aproximasse novamente. “Isso não poderia ter acontecido. Bastava Poncho se aproximar para perder o controle”. No caminho ao estúdio pos as mãos sobre o pescoço onde sua boca macia passara sentido um calor anormal ali. “Ele não tem o direito de fazer isso”, pensou Anahí. “Se ele quer brincar que se prepare, o jogo vai começar ogro”.

Hum, capitulo introdutorio, vocês sabem neh que eu adoro meus capitulos introdutorios Oo então se tiver ruim não liguem ele é o impulso para um novo acontecimento, neste caso marcado pelo ultimo pensamento da Anahí. =)

Espero que agora estenderam a linha dos ultimos capitulos. Se atentem nas datas. O "FlashBack" dos ultimos capitulos aconteceram no momento descrito no começo deste capitulo. Entenderam neh ? Ai deus O_O diz que sim rsrsrs