Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 31 – Cancun P.5

“Tem algumas pessoas que chegam à alma, te completam e inspiram confiança. Como diz a canção outras chegam ao coração, ai está o perigo. Poncho conseguiu chegar ao meu. Bastou um olhar. Despertou paixão, despertou desejo.   

            — Em que pensa? – perguntou-me ele.

            — Em como o sol está agradável – respondi sorrindo.

            — Apenas isso? – disse-me olhando-me.

Estávamos deitados lado a lado na areia sobre uma toalha. Depois do banho voltamos junto aos outros. Aliás esses haviam sumido ao redor da praia. Via Ucker surfando, mas nem sinal dos outros.

            — Não – respondi sincera virando-me a ele – penso em como será depois de Cancun.

Poncho apoiou-se em um braço e ficou me olhando. Engraçado como a sua presença de corpo me afetava. Seus músculos contraídos e molhados não ajudavam meu raciocínio.

            — Depois de Cancun seremos Anahí e Alfonso como sempre fomos. – disse ele passando a mão livre sobre meu braço.

Meu corpo gelou sobre sua resposta, mas antes que pudesse argumentar ele completou:

            — A diferença e que estaremos mais unidos – disse sorrindo.

O sorriso mais lindo do mundo. Dentes perfeitos e lábios atrativos sabia da maciez da sua boca e o gosto viciante. Mas a assuntos que queria tratar antes de começar o que já se deu inicio.

            — Não passou por sua cabeça que não podemos passar mais que um caso Poncho? – disse contrariada mais estável.

Poncho sorriu abaixando a cabeça, pensei que o tivesse magoado novamente.

            — Sinceramente eu pensei – disse ele afastando sua mão de mim – você está presa a alguém na capital...– Poncho fez uma pausa.

Vi seu olhar prensar em uma formiguinha que passava sobre a toalha. Tentava distrair minha atenção mais sabia que ele tinha algo raivoso e preso sobre esse assunto. Tirando o apoio do braço caiu ao meu lado de barriga pra cima olhando o céu. Não sabia o que dizer a respeito disso e não queria pensar sobre. Queria olhá-lo e decifrar o que os olhos verdes mel me escondiam. Própria de mim, apoiei-me sob o cotovelo e aproximei-me um tanto a mais dele, sua cabeça automaticamente virou-se pra mim. Toquei seu rosto sem medo acariciando suas bochechas um tanto ásperas pela barba por fazer. Os olhos de Poncho fecharam-se com a caricia e sua mão pousou-se em minha cintura.

            — ...mas penso que poderíamos deixar o resto dos problemas de lado. Por enquanto – disse ele.

Opção certa ao meu modo de ver. Estando ali com ele desde que chegamos havia esquecido de Rodrigo e qualquer problema, não queria pensá-lo. Queria viver Poncho em Cancun. Apenas.

            — Não sei se é o certo, mas aceito a proposta. – respondi a ele tocando a ponta do seu nariz.

Sorri vendo seus lábios abrirem-se em um sorriso. Ele puxou-me pra si colando a lateral do seu corpo em minha barriga envolvendo-me em seus braços.

            — Pelo menos não precisarei mais dormir no sofá – disse ele adotando um tom de malicia e brincadeira.

Estava ai Poncho tentando mudar o rumo da conversa, começando a esquecer os problemas e vivendo a nossa realidade do momento. Bastava a mim segui-lo, aliás o que via em minha frente apenas era ele.

            — Não pense que mudei de idéia ainda – disse sorrindo dando um tapinha em sua testa.

            — É bom saber disso! – disse ele – terei que seduzi-la então!

De pronto Poncho apertou minha cintura com força e rolou nossos corpos pela areia parando em cima de mim. Suas mãos prensaram meus braços ao lado do meu corpo em um ângulo de 90º.

            — Poncho! – resmunguei.

Seu olhar foi arrebatador e seu sorriso fluido da risada me derreteu. Como resisti-lo? No momento era algo impossível.

            — Que acha de ceder para não arcar com as conseqüências? – disse ele sorrindo.

            — Que acha de me soltar pra podermos conversar igual para igual? – desafiei-o.

Poncho me olhou de lado. Mostrei a língua pra ele fazendo-o rir em conseqüência sorri junto a ele. Quando estávamos bem tudo era em sincronia. Senti-o soltar meus braços devagar, mas ao mesmo tempo ele colou seu corpo no meu apoiando-se nos cotovelos, a proximidade diminuiu a um nível perigoso para meus sentidos. Segurei seus braços com as mãos mantendo-o assim. Esqueci da conversa quando olhei seus lábios entreabertos e convidativos aos meus. Seu olhar me pegou no flagra permitindo-lhe sorrir.

            — Você não acha estranho estarmos sozinhos? – perguntou-me ele desviando minha gafe.

            — Isso é caso para Dulce!

            — Ou perversidade da Maite!

Rimos juntos.

            — Talvez uma junção das duas – disse virando minha cabeça para o lado.

Observei o mar ondular calmo à frente e vi um rastreio de Ucker tentando pegar ondas quase escassas. Fechei os olhos sentindo o vento bater em meu rosto. Poncho sobre mim estava imóvel observando-me. Queria ser seu pensamento pra decifrar o enigma por trás de seus olhos.

            — Olha pra mim ? – perguntou-me próximo ao meu ouvido.

Senti sua respiração em meu rosto, sorri sem dentes e abri os olhos acanhada. Encontrei os dele radiantes com um brilho fora do comum. O sol parecia aumentar o esverdeado tornando seus olhos quase amarelos.

            — Hum? – minha voz não saiu mais que um gemido rouco.

Poncho avaliou minha expressão. Parecia fascinado enquanto eu me sentia despida diante do seu olhar.

            — Posso te dizer algo?

Assenti.

            — Pelo brilho nos olhos as pessoas reconhecem o verdadeiro amor. – disse ele calmo.

Fiz uma pausa assimilando a indireta. Queria fechar meus olhos que pelo jeito muito diziam a meu respeito.

            — Dizem que os olhos são os espelhos da alma! – retribui a insinuação.

E lá estávamos falando em sentimentos de novo. Talvez fosse inevitável. Meu coração não parava de palpitar acelerado, minha respiração começava a aumentar, talvez a proximidade de Poncho ou suas palavras que me derretiam. Tudo levava ao mesmo caminho.

            — Tem razão – continuou ele –... É uma pena que o amor não se vê com os olhos... mas com o coração.

Se houve um desmaio, um devaneio, ou até uma morte rápida eu não sei, mas aquelas palavras caíram com real efeito em mim. Senti-me pressionada e acalorada. Era estranho que mais uma das suas indiretas me entregava. Desgraça, se não estivesse tão feliz mataria ele com as mãos.

            — Também acho uma delicia quando você esquece seus olhos em cima dos meus – desviei um pouco o assunto sorrindo – Quando não estão em outro lugar! – completei.

            — Isso é uma indireta? – perguntou-me com uma sobrancelha arqueada.

            — Não mais que as suas – respondi risonha.

Poncho riu apertando-me em seus braços. Movimentei minhas mãos para afagar-lhe o peito nu, enquanto ele aproximava seus lábios. Beijou-me o queixo e deslizou a boca para minha mandíbula chegando ao meu ouvindo. Mordendo-o, torturando-me. Deslizei minhas mãos automaticamente para seu pescoço apertando-o em agonia. Senti ele sorrir contra minha pele voltando a trilha até meus lábios. Sua língua brincava contornando o traço da minha boca me deixando ofegante. Tentei morder seu lábio inferior, mas como gatuno ele fugiu sorrindo e retribuiu a mim sugando meus lábios. Aos poucos sua boca abriu-se para que eu invadisse-a com minha língua, provando o sabor único de sua boca e seus lábios esmagando os meus em movimentos apressados.

            — Nossa esses dois estão com um fogo! – escutei Maite soar.

Acabou com minha alegria fazendo-me soltar da ligação de nossos lábios. Tinha que ser ela pra interromper. Olhei-a com os olhos semi-cerrados. Dulce vinha ao seu lado e ria como nunca. As duas paradas a metro de distancia fazendo sombra a mim e Poncho deitados na areia.

            — Fogo a Oma que te parta Maite! – respondi irônica.

            — Relaxa amika, estarei aqui quando pedir preservativos

            — Cala boca Mai – cortou Dulce antes que metesse a boca nela.

            — O que as mocinhas querem? – perguntou Poncho enquanto saia de cima de mim.

Como bom cavalheiro ajudou-me a sentar.

            — Christian foi comprar algumas bebidas. Vamos almoçar daqui a pouco.

            — Nem vi a Lola chegar – disse Anahí olhando a casa atrás de mim.

            — Mas você tava tão ocupada com outras coisas que não ia ver mesmo – disse Maite com aquela cara de safada.

Dulce segurou um riso enquanto Poncho sorria abobado. Lancei uma careta a Maite que não cansava de suas piadas. Acabamos por voltar a casa apreciando um bom banho pra tirar a areia. Nós reunimos do lado de fora da casa em uma enorme mesa postada para festas e almoçamos por ali. Conversamos e apreciamos a boa comida de Lola que logo após ajeitar as coisas foi-se embora alegando que teríamos que nos virar com o jantar. Em uma manhã apenas me senti exausta depois do almoço. A exaustão da viagem tinha me pegado obrigando-me a subir e descansar um pouco. Diferente de mim os meninos estavam com a pilha toda e foram aproveitar o aumento de ondas para surfar. Maite foi aproveitar uma caminhada e Dulce apoderou-se de uma rede para dormir. Cerrei meus olhos e adormeci em poucos minutos.”

Rê? Kika? Iza? Onde estão minhas outras leitoras? O_O

myrninaa, naahpuente, amandabcruz, janainaweb, anahiiialfonso e é claro Maaju. Obrigado meninas =)

Sinto que escrevi um capitulo melhor hoje =)