Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 31 – Cancun P.10

Se o mundo desabasse ou alguém aparecesse não ligaria naquele momento. Poncho estava comigo recebendo-me em seus braços.

            — Queria poder expressar o quanto isso foi bom pra mim – disse ele.

Depois de alguns minutos em silencio sua voz era como calmante. Sorri e beijei o começo de seu pescoço. Apoiando-me sobre um cotovelo na areia macia, olhei em seus olhos enquanto minha mão livre ia e voltava em seu peito.

            — Se foi tão especial quanto senti você pode poupar as palavras.

Poncho me lançou um olhar suave. Aproximei meus lábios dos dele beijando-o suavemente. Sempre tão receptivo tão terno e ao mesmo tempo selvagem. Era meu ciclo vicioso poder senti-lo e poder dizer que ele era só meu. Mordi seu lábio inferior finalizando o beijo e recuperando o ar que faltava. Apesar de estar sobre o testemunho do céu estrelado começava a me sentir desconfortável.

            — Vamos entrar? – sugeri.

Poncho assentiu. Levantamos em busca das peças de roupas cheias de areia. Uma vez vestidas e a camisa de Poncho suspensa em sua mão, ele abraçou minha cintura e entramos em casa, encontrando tudo às escuras e Christian, Maite, Dulce e Ucker em frente à televisão assistindo algum filme.

            — Chegamos! – sussurrou Poncho.

Apenas Dulce virou a cabeça meio grogue. Foi ai que percebi que os outros pareciam ter dormido espalhados pela sala.

            — Há quanto tempo estão lá fora? – perguntou ela.

            — Isso interessa? – perguntei com um sorriso.

            — Acho que não pra mim, agradeça que Mai está dormindo – respondeu ela.

Olhei a mesa ao centro da sala e percebi algumas garrafas de cerveja e uma de tequila. Essa era a tal surpresa então, meus amigos ficarem bêbados no sábado à noite.

            — Parece que perdi minha cama – disse Poncho divertido olhando Maite e Christian dividindo o sofá.

Sorri em silencio analisando os fatos. Poncho lançou um olhar às garrafas no centro da mesa compreendendo.

            — Vão logo dormir – disse Dulce cortando nossos pensamentos – vou acordar esses bêbados daqui a pouco só vou terminar o filme, está interessante.

            — Já disse que te adoro Dulce? – lancei um beijo no ar pra ela.

Abriu-me um sorriso.

            — Tranquem a porta – disse ela com um sorriso safado.

            — Não precisa falar duas vezes – completou Poncho.

Íamos subindo as escadas quando Dulce emitiu um ruído. Tanto eu quanto Poncho olhamos pra ela.

            — Deixamos um presentinho pra vocês sobre a cabeceira. Na suíte também tem, sabemos o quanto são safados.

Até imagino o que seja, e apesar da brincadeira deveríamos agradecê-los. Poncho e eu subimos as escadas e alcançamos à porta do quarto. Ele virou a chave dando-nos a privacidade. Vi-o jogar a camisa pelo quarto e sobre a luz artificial reparei que tanto ele quanto eu estávamos cheios de areia. Sorri boba criando uma idéia em minha mente. Aproximei-me dele e abracei sua cintura.

            — O que acha de um banho? – perguntei.

Ele fungou meu perfume enterrando o rosto em meu pescoço depositando mínimos beijinhos ali me deixando arrepiada. Senti-o sorrir contra minha pele enquanto eu me agarrava em seu pescoço e impulsionava minhas pernas para grudar em seu quadril. Sem afastar seus lábios de mim, Poncho nos levou até o banheiro. Livramos as peças de roupa colocadas sem objetivo significante e pude sentir sua pele grudar-se na minha novamente, afastando qualquer cansaço ou ilusão e intensificando o desejo. Entramos no box juntos e Poncho girou a torneira soltando a agua morna pra cair em nossos corpos. Deixei minhas pernas caírem e toquei o chão apoiando por mim mesma. Minha cintura foi tomada pelas mãos de Poncho e sua boca trucidou a minha em um beijo apressado. Abracei-me em seu pescoço deslizando minhas mãos até seus cabelos e afundando os dedos nos cachos molhados. Nossas línguas abusavam uma da outra sem piedade tomando fluxos constantes da agua que caia em nós. A sensação de prazer parecia dobrar de tamanho e o contato de nossos corpos intensificava a cada segundo. Terminamos o beijo e grudamos nossas testas ficando-se nos olhos um do outro, a agua escorria por nós e as mãos de Poncho deslizaram por todo meu corpo. Vi seus olhos fecharem-se e seu toque contornar meus seios em movimentos leves e torturantes. Encontrei seu tórax com os dedos sentindo os músculos contraídos. Beijei-o empurrando nossas cabeças da sorção de agua que cai do chuveiro, movimentando minha cabeça procurando sentir seus lábios macios sobre os meus, sentir sua língua mover-se sobre a minha. Puxei-o contra mim pelas costas e nossas intimidades se tocaram me fazendo ruir. Poncho puxou-me pra fora do chuveiro, impulsionou-me sobre o balcão da pia me fazendo sentar sobre ela. Nem a superfície dura e fria me fez acalmar os sentidos. Rapidamente olhei para o lado e vi alguns preservativos espalhados. Coisa de nossos amigos, vulgo Maite. Peguei um rapidamente e logo arranquei a embalagem. Poncho ficava praticamente da minha altura me dando acesso total ao seu corpo. Deslizei minhas mãos até seu membro e logo coloquei o preservativo sentindo-o quente e pulsante. Segurei seu quadril e sem pensar ou esperar tempo a mais fiz ele me penetrar. Poncho agarrou minha cintura e enlacei minhas pernas contra a sua, sentindo-o cada vez melhor. Seus movimentos agilizaram-se dentro de mim restando apenas senti-lo. Segurei vários gritos de encanto e mantive meu olhar no seu, vacilando nos momentos que espasmos e fisgadas de prazer me atingiam. Alcancei seus lábios e segurei seus ombros com força instigando que ele continuasse cada vez mais rápido. Mal conseguia beija-lo concentrando minha atenção apenas no bem-estar de nossas intimidades. Senti um tremor em todo meu corpo e arqueei-me sobre ele sem controle gemendo em seu ouvido, Poncho deu uma ultima e delirante investida fazendo-nos alcançar o clímax. Desabei em seus braços, ofegante e cansada sem conseguir manter meu tronco ereto. Poncho apoiou-se na pia com um braço e abraçou-me com o outro. Incapaz de qualquer outro ato de força. Minhas pernas soltaram-se dele e caíram cansadas suspensas no ar.

            — Você acaba comigo – sussurrou ele abraçando-me por completo.

Levei minhas mãos a seu rosto e fiz uma onda em seus cabelos levando-os para trás.

            — Acho que agora podemos tomar um banho – sorri.

            — Não sei se consigo com você por perto – disse de olhos fechados recuperando o fôlego.

Sorri ainda mais e depositei um selinho em seus lábios. Com sua ajuda desci do balcão e toquei o piso gelado sentindo minhas pernas tremerem. Puxei um roupão pendurado próximo e vesti-o sobre o olhar de Poncho.

            — Vai sozinho então. Depois eu vou. – disse empurrando-o para o box em que a agua ainda escorria.

            — Uma coisa lógica, mas não atrativa.

            — Apenas vá.

Poncho prensou-me contra a parede e beijou-me sugando o lábio inferior. O roupão ora fechado já estava aberto e meu corpo já recebia o seu toque acendendo-se novamente.

            — Não Poncho... – tentei pará-lo.          

Sem escutar-me, tirou o roupão e levou-me pra dentro do chuveiro. Senti a agua bater em minhas costas e as mãos de Poncho aliando-me.

            — Só um banho – disse ele sorrindo.

Olhei-o desconfiada, mas acabei cedendo. Acabamos por tomar mesmo um banho não conseguindo evitar beijos e toques íntimos. Poncho sabia me convencer assim como me deixava com raiva e ódio às vezes, contudo compensava tudo na alegria que me dava. Saí do banheiro com Poncho grudado em minhas costas. Procurei algo pra dormir enquanto ele ia ao outro quarto pegar suas coisas. Sentei nos pés da cama e aproveitei o momento sozinha pra refletir em tudo que acontecera. A única coisa que vinha em minha mente e que não queria sair em nem um segundo era Poncho. Nas ondas de emoções que ele me levava, das risadas que dividimos e os momentos de prazer. O click da porta me fez acordar e ver que Poncho voltara. Procurei seus olhos mais verdes que o normal e soube o porquê de sermos tão intensos. Seu sorriso acalorou meu interior e seu perfume invadiu o quarto.

            — Quer mesmo dividir a cama comigo? – disse ele sorrindo em um tom de graça.

Aproximou-se e ajoelhou-se em minha frente apoiando suas mãos em minhas pernas. Toquei seu rosto permitindo o sorriso em meu rosto intensificar-se.

            — Onde você estará quando eu acordar? – perguntei.

Talvez a pergunta tenha escapado ou fosse uma lembrança antiga. Quem sabe o mais provável seria um medo da historia antiga se repetir e eu acordar sem ele. Poncho abaixou a cabeça lutando com seus sentimentos, revivendo alguma culpa.

            — Desculpe... – disse arrependida.

Poncho moveu os joelhos e descansou sua cabeça acima de meus seios. Suas mãos agarraram minha cintura em um abraço apertado. Logo já o rodeava e acariciava seus cabelos dando-lhe todo o tempo do mundo.

            — Quando acordar... – começou ele –... Estará em meus braços, onde é o seu lugar, por que você é minha...

            — Poncho...

            — É você sabe que todo meu ser é seu...

Abracei-o ainda mais forte com os olhos mareados sentindo meu coração pulsar a todo vapor. Provoquei-o com palavras e ele retribuiu com sentimentos. Verdadeiros e inquebráveis. Puxei seu rosto pra mim e selei nossos lábios calmamente, transformando o gesto em uma resposta que com palavras não conseguiria me expressar. Poncho levantou-se e nos arrastou para cima da cama. Afastou as cobertas e deitou de um lado me levando a seu peito. Abracei firme sua cintura sentindo suas mãos acariciarem meu cabelo e abraçar-me. Proferimos o silencio por algum tempo. As luzes apagaram-se e o quarto estava praticamente escuro não fosse o abajur da cabeceira.

            — Annie?

            — Hm?

            — Boa noite! – disse apenas depois de uma pausa.

Sorri arrumando-me em seus braços.

            — Boa Noite.

Recebi um beijo entre os cabelos e fechei os olhos. A ultima lembrança antes de dormir foi à certeza de que ele estaria lá quando eu acordasse.

Vídeo: Momentos de AyA em Cancun

http://www.youtube.com/watch?v=UoKoQtWIGdU

Meninas essa semana tenho vestibular...tenho que estudar. Se ficarem sem capitulo já sabem porque =)