Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 1ª Temporada

Capitulo 5 – Sem Mudanças

Poncho e Anahí pararam imóveis sobre o sofá assustados.

            — Annie abre a porta! – gritou Mai batendo na porta – você ta ai?

Anahí olhou pra Poncho e com um olhar eles se entenderam.

            — Que droga! – reinou Poncho baixinho levantando-se apressado.

            — Se esconde ali – levantando-se também e empurrando Poncho em direção ao banheiro – ela não pode te ver aqui. Ai caray!

Poncho andou apressado para o banheiro arrumando as calças. Sua camisa ainda estava aberta e seu cinto estava pendurado sem contar o cabelo desarrumado.

            — Annie abre que eu esqueci os brincos.

            — Já vai Mai! – gritou em resposta – você fica ai e não faça barulho. Ela não pode te ver – disse baixinho a Poncho.

Antes de abrir a porta, Anahí olhou o estado dele de cima a baixo, não se contentando com o peito nu e a calça volumosa deu um sorriso safado pra ele. Poncho e sua agilidade puxou ela pra mais um beijo.

            — ANAHI, QUE SACO ABRE A PORTA QUE O PEDRO TA PUTO!

Annie se soltou apressada dos braços dele em total desprezo de Maite ter atrapalhado seu momento de prazer. Contrariada foi abrir a porta.

            — Ai não precisa gritar, eu tava no banheiro! – inventando desculpa.

            — Meu deus o que houve com você? A descarga te sugou foi?  – olhando Anahí com cara de espanto.

            — Que? Não houve nada!

            — Você parece ter passado por um furacão! – observou ela entrando. – Você tava correndo ou algo assim? Pensei que tivesse essa hora de folga. Se Pedro te visse assim neste momento adeus festinha Annie.

Maite foi até o balcão de espelho e começou sua procura pelos brincos, neste momento foi que Annie se virou e olhou para sua imagem no espelho. Seu cabelo estava desarrumado com mechas soltas em seu rosto, seu vestido estava um pouco levantado e a parte dos bustos um pouco torta. Estava péssima e ia levar um tempo pra se recompor.  

            — Que ta fazendo aqui ? – perguntou nervosa.

            — Como o que eu to fazendo aqui...tô procurando meus brincos, andou bebendo antes da hora ? – disse revirando a mesinha – Ai que droga, cadê meus brincos ?

            — Ai Mai não precisa dos brincos ta linda assim – rindo nervosamente – vai logo filmar vai!

            — Não caramba, os brincos fazem parte do meu estilo sensual, se quiser mesmo pegar o Germano preciso deles.

Um riso abafado veio do banheiro, Maite virou desconfiada olhando a porta. Anahí começou a rir alto pra tentar disfarçar o provável ataque de riso de Poncho. Pareceu ajudar, pois Mai continuou procurando os brincos.

            — Ai Mai só você neh, da pra andar logo com isso?!

            — Ta querendo se livrar de mim é?

            — Quero...é não, claro que não, mas o Pedro deve estar louco.

            — Ai mais eu não acho os brincos – disse ela.

            — Não estão no banheiro ? – disse ela distraída – é quer dizer onde você os colocou?

            — Ah estão no banheiro sim – batendo na testa – tirei pra escovar os dentes, já vou pegar.

Poncho se encolheu atrás da porta e gelou seu corpo ao escutar Maite indo em direção ao banheiro. Anahí percebendo a burrada correu na frente da amiga e parou entre ela e a porta.

            — Deixa que eu pego pra você – sorrindo nervosa.

            — Não se preocupa eu pego – passando por Annie e abrindo a porta.

            — AH NÃO MAI, ta um fedor ai... – disse segurando o braço dela – ...sabe neh, não acordei muito bem hoje de manhã!

            — Que? Não to sentindo nada!

            — Eu não puxei a descarga, você me interrompeu, deixa que eu pego.

Annie colocou força no braço e puxou Maite pra longe da porta, entrou rápido no banheiro e bateu a porta. Poncho estava parado e encolhido atrás da porta com uma expressão tensa, ao ver Annie relaxou os ombros. Annie olhou suplicante a ele e achou os brincos sobre a pia, pegou-os rapidamente e saiu.

            — Aqui Mai, achei... – entregando os brincos a ela - ...agora vai logo antes que o Pedro te mate.

            — Ah valeu Loira, te devo essa! – disse sorrindo.

            — Não há de que, bye – empurrando ela para a porta.

            — Que pressa hein – disse saindo.

            — Pressa nada, você está atrasada, adeus – e bateu a porta.

Anahí se escorou na porta aliviada. Quase foram pegos por Maite. Seu coração estava aos disparos do susto, caminhou até o sofá e sentou desajeitada sobre ele. Poncho que ouvira Mai saindo colocou a cabeça pra fora.

            — Ela já foi ? – sussurrou a ela.

Annie afirmou com a cabeça. Poncho abriu a porta e já ia saindo quando a porta do camarim abre novamente. Com tal pressa ele voltou ao banheiro assustado.

            — Ah esqueci o chalé! – entrou Maite indo ao sofá e pegando o chalé – Não se preocupe, estou indo Annie.... Hey, espera ai...porque o terno do Poncho ta aqui ? – perguntou desconfiada.

Anahí olhou no mesmo ponto que Maite estava fixada. O paletó de Poncho estava sobre o sofá como ele deixara anteriormente.

            — Nada não – levantando-se – ele esqueceu aqui.

            — Annie o que você está aprontando?

            — Eu nada Maite, Poncho esqueceu aqui mais cedo quando me pediu....me pediu....me pediu papel higiênico emprestado.

Maite soltou uma risada abafada e balançou a cabeça.

            — Hum, sei...que nem hoje de manhã neh, não me admiro que ele não esteja escondido no banheiro, é bem típico de vocês – disse rindo e se virou – se encontrar com ele no caminho aviso que você está sozinha, até mais Anahí!

Annie ficou pasma com a declaração dela. Maite deu-lhes as costas rindo.

            — Ele tava com dor de barriga, foi o café da manhã! – tentando se explicar.

Maite parou a porta.

            — Porque a explicação? Não discuti isso! To indo, o Pedro vai me matar.

E saiu. Annie ficou parada olhando a porta pensando se Maite falara brincando ou realmente pensava que Poncho estava no banheiro. Antes que alguém mais entrasse, Annie trancou a porta.

            — Ela já foi!

            — Tem certeza? – saindo do banheiro novamente.

Anahí o olhou e voltou a se jogar no sofá.

            — Tenho sim. A Maite tem sensor incomodo, só pode! Você acha que ela te viu no banheiro?

            — Acho que não – disse abotoando a camisa e aproximando-se dela – Não sabia que ela tava pegando o Germano – completou rindo.

            — Se ela desconfiar que você sabe estamos mortos – rindo também.

Poncho sentou-se ao lado dela no sofá e ambos fitaram um ponto à frente. Um pequeno e agradável silencio seguiu por alguns minutos. O misto de adrenalina, prazer e medo se dissipavam ao mesmo tempo em que querer contato um com outro aumentava em seus corpos, pra depois, todas as sensações voltarem. Anahí não sabia o que dizer. Estava confusa em seus pensamentos. Pensara que Poncho era seu amigo, mas amigos não chegam ao ponto em que chegaram hoje não é? Negara estar apaixonada por Poncho diversas vezes, mas em momentos tudo era esquecido e se entregava diferente ao toque dele. Nunca chegaram a tal ponto, mas se soubesse o quanto prazer sentiria teria feito a muito tempo.

            — O que teria acontecido se Maite não tivesse interrompido? – disse ele quebrando o silencio.

Anahí virou lentamente a cabeça para encará-lo. Poncho continuou olhando a frente temeroso de fixar-se naqueles intrigantes olhos azuis. Anahí pôs-se a observar o rosto delineado de Poncho sem uma resposta exata pra lhe dar. O que teriam feito? O inevitável não é mesmo? Se teriam ou não cometido um erro não sabia. Talvez tivesse sido melhor a interrupção. Se fizessem sexo poderia dissipar-se qualquer laço afetivo que tinham. Adorava a amizade de Poncho e não queria que a relação dos dois se desgastasse por terem se deitado juntos. Talvez o motivo de confusão fosse a carência. Encontraram um no outro um ponto de diversão e se levaram para o impulso. Isso. Essa era a resposta formada em sua cabeça e a certeza que devaneios de paixonite não existiam.

            — Teríamos quebrado algo lindo que existe entre nós – disse por fim.

            — Você acha? – virando a cabeça pra ela.

            — Não quero que nossa amizade mude.

Poncho deu um sorriso de lado.

            — Nem eu loira.

Anahí sorriu em resposta. Poncho ergueu-se e depositou um beijo em sua testa, pegou seu terno e saiu do camarim. Anahí viu sua imagem desaparecer pela porta pensando que tudo ficara bem, mas algo de incomodo ficou dentro de si dizendo exatamente o contrário.

Proximo capitulo será postado apenas na segunda, espero que aguardem O_O

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Twitter: @AyABelieve

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