Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 39 – Trust Me

“Correria, foi tudo uma correria. Não entendo porque, mas assim que o show acabou foi cada um para um lado arrastado por algum segurança. Isso não estava certo, pensei que provavelmente algum bloqueio fora quebrado e tivemos que nos separar. Não houve tempo nem de perguntar se era isso mesmo, a questão é que não estava com Poncho, e precisava falar com ele.

            — Annie o que aconteceu? – perguntou-me Dulce assim que entrei na mesma van que ela.

Dei uma olhada rápida e estávamos sozinhas.

            — Estou tão cega quanto você, cadê os outros?

Dulce deu de ombros tão perdida quanto eu, restou a nós ficar em silencio seguindo o trajeto que pensamos ser do hotel. Quando o carro parou e a porta abriu demos de cara com Guilhermo arqueando as sobrancelhas preocupado.

            — O que houve? – perguntamos Dulce e eu ao mesmo tempo.

            — Alguns fãs invadiram o camarim, era tanta gente que tivemos que tirá-los às pressas.

            — E os outros?

            — Os meninos já chegaram, mas teremos que passar a noite por aqui. A confusão foi tanta que não poderemos chegar ao aeroporto o jatinho só pode sair até as 11.

            — Ai caray! – resmunguei – Tinha que ser justo hoje? – desci da van – Tantos malditos dias pra acontecer isso e me acontece hoje? – disse indignada.

            — Que te passa wera?

            — Que te passa? – desabafei começando a andar pra dentro do hotel, senti os dois me seguindo de perto – Rodrigo aparece de surpresa do nada sem explicação e ainda temos que ficar no hotel? Como vou me livrar dele agora?

Guilhermo olhou Dulce, Dulce olhou Guilhermo e ambos olharam pra mim com cara de indignados. Não sei o que pensaram, mas eu não fiquei ali para escutar, precisava procurar Poncho e definitivamente só ele vinha em minha mente. Segui a recepção e pedi a chave do meu quarto. Quando virei-me meus olhos bateram-se em um ponto fixo e escondido a frente por força do destino, conspiração do universo Poncho me fazia sinal escondido. Não olhei pros lados e nem pensei, apenas segui até ele. Quando me aproximei ele segurou meu braço com força e puxou-me para dentro de uma porta logo a direita. Fechou a porta encostando-se nela pra que ninguém entrasse, foi quando percebi onde estávamos: um armário de limpeza, apertado e cheio de matérias espalhados.Olhei-o apreensiva por ter me levado ali, mas como um piscar de olhos ele me puxou pra si e juntou nossos lábios. O toque macio e molhado paralisou a sensibilidade de pensar, levei minhas mãos ao seu rosto necessitando aquele beijo tanto quanto ele aparentava. Nossas línguas moviam-se com pressa e desejo e era só a isso que conseguia reagir.

            — Eu sei, fui um idiota mais uma vez...– começou falando rápido quando buscamos o ar – Você nunca faria isso, eu sei...me desculpe, mas fico cego de ciúme quando te vejo com aquele idiota e....

Antes que ele dissesse algo a mais juntei nossos lábios calando-o com um beijo. Deslizei minhas mãos ao seu cabelo pressionando-o contra meus lábios querendo senti-lo. Tão depressa como começou puxei de leve sua cabeça e mirei-o.

            — Poderia ter mais mil motivos acrescentados a sua lista de xingamentos – falei tão depressa quanto ele – mas no momento saber que você vai me esperar no quarto é tudo que me importa.

Poncho sorriu feliz apertando-me em seus braços colando nossos lábios novamente. Não queria brigas só queria ficar com ele logo sem mais preocupações.

            — Quero você logo – falou sem desgrudar-se dos meus lábios.

            — Se você não tivesse escolhido um armário tão apertado aposto que teria...– sorri mordiscando seu lábio inferior.

            — Isso não quer dizer – falou deslizando suas mãos pra debaixo da minha saia.

Apesar de ter gostado da caricia não poderia permitir-me um devaneio de tal ponto. Segurei sua mão e a trouxe a cima novamente.

            — Eu preciso que você confie em mim agora – falei olhando-o mais seria – Você sabe que eu tenho uma conversa pendente.

Senti os braços de Poncho tencionar em minha cintura e seu rosto fechar-se de repente.

            — Quem dera que a conversa fosse com Pedro – falou irônico.

            — Você sabe que não e que não posso adiar, só quero que confie em mim certo?

Poncho deixou seu rosto decair alguns centímetros fixando um lugar longe do meu olhar.

            — Eu confio em você – disse apertando-me mais em si – mas não confio nem um pouco nele...

            — Você não vai comigo – cortei-o sabendo exatamente que ele proporia isso – Eu resolvo e você trate de esperar no meu quarto. – levei na brincadeira.

Poncho sorriu se dando conta de que não queria discussões sobre isso. Beijei-o novamente sentindo-o deslizar sua língua sobre a minha carinhosamente num gesto simples de compreensão me deixando mais confiante ao ato que estava a fazer.

            — Até daqui a pouco bebe – falei afastando-me dele.

Poncho lançou-me um olhar apreensivo afastando-se da porta. Olhei para ver se ninguém passava e sai apressada dali.