Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 45 – Planos Suspeitos

(26/11/08)

“Sem fãs, sem repórteres e apenas um elevador para algumas horas de descanso.

            — Meninos fomos convidados pra ir a uma churrascaria típica daqui – disse Pedro enquanto subíamos – Servem uma picanha ótima! Pensei que poderíamos ir já que o show é amanhã!

            — Eu adorei a idéia – disse Ucker animado – estou morto da fome depois de tanta foto!

            — Hum a picanha, já devíamos estar lá – falou Christian molhando os beiços.

            — Então estamos fechados – bateu uma palma fechando o acordo.

Mas pra mim aquilo era totalmente fora dos planos.

            — Acho que não vou – falei fingindo um tom abatido – estou cansada!

            — Vai perder mesmo? – olhou-me Dulce.

            — Peço alguma coisa por aqui mesmo – dei de ombros.

            — Bom se a Annie vai ficar eu a acompanho – anunciou Poncho passando o braço por meu ombro.

Obviamente o gesto errado, todos no elevador, inclusive Oso o segurança, nos olharam como se tramássemos um plano maléfico e extremamente sexual.

            — Tinha que ser o novo casal – zombou Ucker – se a Mai estivesse aqui vocês ouviriam boas coisas!

            — Depois de dar os presentinhos coloridos dela – riu Christian.

Minha cara deve ter ficado um verdadeiro pimentão da vergonha. Até Pedro caia na brincadeira e ria com os outros.

            — Vocês parecem crianças... – falou Dulce ao meu favor, pelo menos uma sensata – ...será que nunca viram um casal com o fogo da paixão?

            — Dulce! – reclamei enquanto as risadas enchiam o elevador.

Graças aos céus paramos no próximo andar, do contrário não sairia viva das piadas.

            — Tomem cuidado meninos – falou Pedro ao sairmos – Não queremos ninguém nos jornais pela manhã! – jogou a mim e a Poncho um olhar severo.

            — Não vamos fazer nada demais ok! – retruquei.

Por mais serio que tenha falado todos riram ao se espalhar pelo corredor. Bati o pé e segui Dulce até o quarto.

            — Você deveria entrar na brincadeira – falou quando entramos – assim eles cansariam mais rápido.

            — Nossa que divertido vocês ficarem falando que eu e o Poncho vamos....vamos fazer cochinadas por ai!

Dulce olhou-me e caiu na gargalhada, não agüentei o ceticismo nas minhas palavras e ri com ela. Em seguida joguei-me na cama e ela rumou ao banheiro se arrumar, quando saiu percebi que cochilei.

            — Estou indo! – falou-me já na porta – Até amanhã!

            — Nossa que saída longa a de vocês – olhei-a sonolenta.

            — A sua neh amiga – falou com um sorriso – aposto que não vou te encontrar aqui quando voltar – parou pra pensar – só espero não encontrar você e Alfonso nus, isso seria horrível!

Joguei o primeiro travesseiro que encontrei em sua direção, ela me deixou um beijo no ar e fechou a porta. Gostaria de descrever o quanto gosto do silencio. Não por querer ficar solitária, mas para pensar. Imaginar situações e acontecimentos, claro que os felizes. Senti meu celular vibrar no bolso, retirei-o sabendo bem quem era.

Pedi serviço de quarto. Te espero aqui = )

Olhei a mensagem de Poncho e deixei o celular cair ao lado. Espreguicei-me sobre a cama e fui logo me arrumar. Nada muito demorado, apenas o essencial, afinal para Poncho eu não poderia me esconder atrás de um quilo de maquiagem. Sai logo e fui ao seu encontro. Bati três vezes na porta e em seguida seus olhos intensos me olhavam com aquele sorriso torto que eu amava.

            — Entra – disse dando passagem.

Mirei-o com um sorriso e entrei. O quarto estava bem arrumado ao contrario do meu, vi a comida a um canto totalmente devorada.

— Já comeu? – roubei algumas batatas fritas de outra bandeja colocando-as na boca.

— Você demorou – sorriu.

Aproximei-me dele enlaçando minhas mãos em seu pescoço sentindo suas mãos apoiarem-se em minha cintura.

            — Aposto que você ta todo fedidinho – funguei seu pescoço sentindo seu aroma.

Poncho riu abraçando-me.

            — Você sempre adivinha as coisas – disse – vou tomar um banho enquanto você aprecia o jantar!

            — Só se for os restos que você deixou – beijei seu pescoço deslizando meus lábios em sua pele.

            — Preciso de energias não? – brincou puxando meu rosto para olhá-lo – E você também!

Beijou-me de leve e trancou-se no banheiro. Enquanto ele tomava uma ducha comi um pouco dos camarões e o resto das batatas. A fome não me incomodava comparado aos pensamentos de estarmos sozinhos. Quando terminei a única taça de vinho Poncho aparecera em minha frente apenas de toalha. O peito nu ainda tinha algumas gotículas de água que pingavam do cabelo rebelde jogados pra trás. Foi instantâneo as sensações que percorreram meu corpo. Vê-lo daquela maneira me ascendeu, analisar seu sorriso me completou e quando ele se aproximou de mim seu cheiro emaranhou minhas narinas.

            — Você não sabe o efeito que causa saindo desse jeito – falei fechando os olhos e inspirando seu perfume.

            — Deve ser o mesmo que eu sinto quando me provoca – puxou-me a ele pela cintura.

Sorri deslizando as mãos do tórax até afundar os dedos em seu cabelo.

            — Eu adoro te provocar – confessei aproximando meu rosto do dele.

Poncho brincou com minha sanidade quando apertou-me em si e roçou seus lábios nos meus. Senti sua virilidade, meus seios pressionados em seu peito e o calor crescendo de dentro pra fora no ponto centralizado de prazer.

            — Queria poder dizer o mesmo, mas hoje não sei se sou capaz de resistir!

Beijei-o de leve em um breve segundo e voltei a fazer o mesmo mordiscando seus lábios. Quando invadi sua boca com a língua as mãos de Poncho já adentravam minha blusa retirando-a em seguida. Suspirei ao sentir meus seios tocarem a pele ardente e seu membro crescer em excitação.

            — Não resista e faça amor comigo – ansiei sobre seus lábios incapaz de raciocinar.

Forcei-nos a caminhar para a cama empurrando-o devagar sem remover os olhos dele, antes de cair sobre os lençóis retirei sua toalha num movimento rápido e completo. Poncho cairá na cama dando-me a satisfação de observar cada canto de seu corpo escultural, parecia ser a medida certa de encaixe com meus traços, a sincronia perfeita que chamava por mim. Removi as ultimas peças que me cobriam enquanto seu olhar não perdia nenhum detalhe dos meus movimentos aumentando o erotismo cético. Deixei a roupa intima deslizar pelas pernas e senti-me desejada sobre seu olhar. Fascinava-me a maneira com que percorria meu corpo com os olhos, a boca um pouco suspensa e as mãos apertando o lençol como se pudesse me atacar a qualquer momento. Tornava-se um momento sensual e único, o conhecimento sem o toque e o prazer sem esforço.

            — Podia morrer te olhando hipnotizado – disse-me com os olhos brilhando de paixão.

Sorri lasciva e ajoelhei-me sobre a cama engatinhando até ele deslizando o corpo nu na pele macia alcançando seus lábios e provocando o toque das nossas intimidades.

            — Nunca me senti tão desejada quanto estou com você – falei rente a sua boca olhando-o – Me enlouquece só com um olhar.

Poncho alcançou meus lábios de leve soltando-os devagar posicionando suas mãos sobre minhas costas e deslizando-as por toda área alcançável.

            — Esse desejo tem uma explicação! – disse apertando meu corpo com força e girando-nos na cama.

            — Toda vez que eu olho em seus olhos eu sei o porquê! – falei fazendo Poncho sorrir beijando-me de leve novamente.

Era inconfundível tê-lo tão perto, senti-lo junto a mim e não saber. Dividimos as risadas, as lagrimas e ambos sabíamos que continuaríamos dali. Brigas surgiriam, talvez distanciamentos, mas nada que superasse o que sentíamos um pelo outro. Deliciei-me de seus lábios entrelaçando minha língua na sua mal acreditando que estava em seus braços, recuperei o ar com um sorriso no rosto.

            — Quando sorri desse jeito mal posso acreditar que você é minha – falou deslizando seu nariz sobre o meu com carinho.

            — Tem duvidas disso? – sussurrei – Sempre fui sua! – sorri.

Nossos lábios colaram movimentando-se com paixão. Prendi minhas pernas em torno de Poncho deslizando as mãos em seus cabelos puxando-os com vontade dando movimento a sua cabeça. Perdi a lógica quando suas mãos alcançaram meus seios apertando-os com desejo e circulando-os com entonação. Nossas bocas perderam o pique quase sem agitação concentrando-se no toque possessivo. À medida que ele ia contornando os mamilos rijos com a ponta dos dedos sua boca ia traçando um caminho quente em meu pescoço, só conseguia arquear-me para ele gemendo baixinho deslizando a cabeça ao seu ouvido e aplicando beijos molhados e leves mordidas.

Sua boca em pouco alcançou o destino perspicaz percorrendo de um seio a outro sugando-os, mordendo-os e delineando o acúleo com a língua. A cada toque eu queria mais, pedia desesperadamente em seu ouvido que não parasse, começando a deslizar meu corpo sobre o dele sentindo seu membro pulsar entre minhas pernas. Obriguei-o a alcançar meus lábios para beijar-me com entusiasmo, sua língua invadiu minha boca esfregando-se sensualmente com a minha, suguei seus lábios e mordisquei-os com força ficando ofegante e insaciável. Queria-o agora sem delongas compreendendo que nada seria tão prazeroso quanto termos um ao outro. Poncho pegou um preservativo sobre o bidê esquerdo e colocou-o com agilidade. Quando se voltou a mim segurei seu rosto aproximando os lábios dos dele mantendo nossos olhares fixos pra que no momento seguinte ele me penetrasse de uma vez. Praticamente gritei tamanha emoção de seu gesto, arqueei meu corpo ao dele sentindo o prazer concentrar-se no único ponto. O inicio das investidas começaram lentas e injustas aumentando gradativamente conforme necessitávamos. Os suspiros e espasmos eram contínuos e interligados entre os corpos, insaciável não querer mais. Apertava Poncho deixando marcas pelas suas costas incapaz de controlar os sentidos, deslizava os lábios por seu ouvido sussurrando seu nome deixando gemidos prazerosos, isso só fazia com que ele aumentasse os movimentos levando-nos a um clímax explosivo. Em seus braços envoltos do meu corpo, estremeci no ápice ao mesmo tempo em que Poncho caia ao meu lado exausto puxando-me para descansar em seus braços. Passei a mão por seu peito sentindo o coração bater forte e a pele úmida, afundei meu rosto em seu pescoço sentindo o aroma de deleite reinar em sua pele. Beijei-o seguidas vezes ali sentindo sua respiração acalmar-se um pouco. Cochilei por alguns momentos praticamente deixando o cansaço me levar.

            — Eu preciso ir – disse sonolenta.

            — Não – falou com a voz grogue prendendo-me em seus braços.

Assenti com a cabeça contrariando-o. Não queria que os outros nos vissem saindo do mesmo quarto no dia seguinte. As piadas aumentariam e Dulce não sairia do meu pé querendo detalhes, definitivamente não. Além do mais amanhã tínhamos show, precisávamos de um descanço e com certeza não teríamos se ficasse ali.

            — Não torne as coisas mais difíceis...

Poncho calou-me com um beijo. Certo, aquilo era tornar a coisa mais difícil. Não era capaz de resistir a sua boca movendo-se com a minha e sua mão percorrer a lateral do meu corpo reascendendo as sensações. Empurrei-o sorrindo sentando-me na cama puxando um lençol junto ao meu corpo.

            — Annie volta pra cá – falou manhoso mal abrindo os olhos.

            — Não bebê – olhei-o – é melhor eu voltar!

            — Seu lugar é aqui, comigo!

Voltei à cama alcançando seus lábios beijando-o lentamente proveniente a ternura de suas palavras.

            — Shhh, fica ai manhoso – acariciei seu rosto – Precisamos de um descanso.

Poncho olhou-me com uma brisa de irritação na face. Levantei-me e catei minhas roupas pelo quarto vestindo-as.

            — Amanhã não venha dizer que acordei de mau humor – falou.

            — Posso acordar pior que você! – rimos juntos – mas pelo menos estará bem para o show.

Despedi-me dele selando nossos lábios pela ultima vez. Quando ia me levantando Poncho segurou meu braço.

            — Hey apressadinha, “Te Quiero” – disse-me.

Toquei seu rosto acariciando-lhe com um sorriso.

            — Eu também!

Quando me dei por conta, estava no meu quarto agarrada em um travesseiro revivendo tudo que Poncho me proporcionara, o melhor jeito de adormecer.

Proximo Post apenas segunda. Até lá começo a trabalhar e tudo volta a normalidade =)