Fanfic: After All - AyA [Finalizada]

After All – 2ª Temporada

Capitulo 51 – São Paulo – Brasil – O Grande Show P.1

29 de Novembro de 2008

Mais um passo, mais um dia de algumas horas. Tinha algo que Anahí não queria nesse show: Que ele acabasse. Ironia não é? Ele acaba. E se em consenso com ela os outros tinham era esse pensamento. E se Anahí tirara o dia de ensaio, instruções e minutos afastada de seus companheiros era pra não desmoronar em lagrimas. Era pra não delimitar-se a jogar tudo pro alto e causar um problema que não queria, era pra repensar o que ela e Poncho viviam. Tirara uma conclusão sobre isso, não importava o que ele queria ser, não importava ele ter sido um grosso pela manhã. A escolha era dele, o grupo não terminara por sua culpa por mais que ele ansiasse se libertar disso.

            — Poncho! – chamou-o Annie. Ele imediatamente virou-se até ela aproximando-se – Podemos conversar?

Ele assentiu vagarosamente. O cômodo estava lotado de pessoas. Os figurinos para o grande show estavam devidamente vestidos, cabelos e maquiagem perfeitos, luzes prontas, músicos prontos. E se estavam a um ponto de entrar no palco? E daí que as pessoas ao redor pudessem escutá-los? Ela precisava falar com ele.

            — O que foi? – tirou uma mecha de seus cabelos que caiam sobre o rosto.

A ternura no toque e os olhos brilhantes que ele demonstrou naquele momento fez  Anahí baixar seu olhar incapaz de encará-lo.

            — Me desculpe, por mais cedo! – sussurrou obrigando Poncho a aproximar seu rosto para entende-la – Fui imatura ao voltar naquele assunto e eu sei o que pensa sobre isso e não é meu direito interferir.

Um mini sorriso apareceu nos lábios dele enquanto suas mãos seguravam-lhe os ombros. Anahí manteve-se cabisbaixa mantendo o olhar em qualquer coisa menos seus olhos.

            — Sempre que falarmos do final do RBD vamos brigar, porque temos pensamentos diferentes! – disse Poncho levando os dedos ao queixo dela inclinando seu rosto para mira-lo – Eu quero atuar, você cantar. Simples assim, eu te respeito você me respeita!

Anahí assentiu. Poncho a abraçou e assim se entenderam, não como queriam selando os lábios em resposta, mas de uma maneira que teriam que se acostumar na frente de quem não tinha o consentimento deles.

            — Assim vocês me comovem! – aproximou-se Maite abraçando-os – Pena que isso não pode acabar na cama! – brincou.

Anahí e Poncho afastaram-se sorrindo. Minutos depois a sala movimentara-se apressadamente indicando o começo de mais um show. Pedro aproximou-se nervoso recordando os detalhes. A equipe preparava-se para recebê-los, os fãs agitavam-se a sua espera. Tudo pronto a cada mínimo detalhe. O psicológico de cada integrante martelava para acalmar o nervosismo, que apesar de tantas vezes estar presente dessa vez dobrara de tamanho. Os olhares, os sorrisos e os gestos, todos guardados na memória. O momento de subir ao palco, os gritos dos fãs invadindo os ouvidos e dando ganas a querer aquilo mais que tudo. Anahí deixou-se envolver por esses gritos, deixou a emoção tomar conta revigorando todas as energias que corriam por suas veias. Virou o rosto e viu Poncho ao seu lado, o rosto relaxado olhando através da cortina. As primeiras batidas, o corpo movimentando-se sozinho em movimentos sincronizados. Quem estivesse na platéia veria o toque carinhoso de Anahí sobre o rosto de Poncho estampado na longa cortina, veria o toque sutil dele em sua cintura (00:23), mas não seria capaz de visualizar o sorriso meigo e os olhares fixos um ao outro. A cortina desaba, como sempre. Os gritos aumentam como em nenhum outro lugar que fosse fora do Brasil.

            — São Paulo! – gritou Poncho ( 00:49).

Tudo gerava uma energia incrível. Os berros, os olhares e milhares de mãos esticadas até eles. Bastava à magia de um show começar e o resto do mundo ou dos problemas não existiam. Entregavam-se de corpo, alma e coração. Levavam todos a loucura e faziam com que a experiência fosse inesquecível pra todas as partes. A coreografia de Cariño Mio em contato constante e cada vez que Anahí se aproximava de Alfonso a loucura era geral. Ela sentia sua saia roçar nele (01:05), a mão sobre a sua com um aperto confortante.

            — Buenas Noches Amigos! – gritou ao publico recebendo ouvações –  Hoje eu quero dizer uma coisa São Paulo... – fez uma pausa – Eu te amo Brasil!