Fanfic: Sonho

Poncho foi mesmo um cavalheiro, será que pela primeira vez na minha vidinha sem graça eu tinha arrumado um amigo de verdade ? Mas era muito cedo pra dizer isso, nem o conhecia direito.

Poncho: É essa a sala. Será que pedimos licença agora ou esperamos a próxima aula ?

Eu: Acho que pedimos licença, somos novos aqui e nos perdemos, acho que a professora vai entender.

Poncho bateu na porta, e pra nossa surpresa fomos recebidos com um sorriso. Era um professor, e pelo jeito muito legal. O nome desse professor era Carlos. Não era muito alto, mas era um baixinho até que bonito, não fazia meu tipo, mas dava pra perceber que as meninas ficavam babando por ele.

Só nos sobrou lugares no fundo. Poncho pegou meu fichário que estava quase caindo de minhas mão e colocou em uma das carteiras vazias do fundo, e sentou na do lado, ele sorriu pra mim e eu retribui o sorriso.

Já passaram duas aulas, só faltava uma para o recreio, e assim que bateu para a terceira aula entrou uma professora muito nova, ela era loira e tinha um corpo bonito, muito bonita e muito nova para ser professora, um dos meninos do fundo comentou " que desperdício " e todos cairam na risada.

Mais ou menos na metade da aula entrou um senhor, ele não tinha batido na porta e estava de terno, pensei que era o diretor da escola, mas era um senhor rude. Eu já tinha visto ele, lembrei das propagandas políticas que eu odiava, ele era o Leon Bustamante, concorreu para prefeito no ano passadoe perdeu por pouco.

Bustamante: Meus Jovens, como muitas meninas aqui devem saber eu tenho um filho, e esse meu filho aprontou mais uma das dele, e agora como castigo, vou deixa-lo esse ano aqui nessa escola pública de quinta. Então só quero avisar para serem gentis com ele, e que se alguem se atrever a se meter com ele, eu posso acabar com a vida de qualquer um. Obrigada pela atenção.

Ele ascenou com a cabeça, e saiu da sala, todos ficaram mudos, e começaram a se olhar até que o a professora liberou os alunos. No recreio a minha "amiga" veio falar comigo.

Maite: Dulce amiiga, me desculpa eu me desesperei com o sinal e não sabia que ia encontrar esse gato no meio do caminho.

Eu: Não tem problema Maite, ah sim o Poncho foi muito legal comigo.

Maite: Poncho ? Vou me apresentar então. Espera aí.

Eu: Maite, ele está conversando com aquele menino, deixa ele, depois ele vem até aqui.

Maite: Eu não sou mulher de esperar Dul, isso pode acontecer contigo, mas não comigo.

Maite me puxou pela pequena distância que havia entre nós e poncho. Fazendo barulhos com a garganta conseguiu espantar o outro menino.

Maite: Rããn Rããn. Oi sou Maite, Poncho não é mesmo ?

Poncho: Sim, prazer Maite.

Ele olhou por sobre o ombro dela e me viu, sorriu para mim e eu contribui, estavámos virando bons amigos.

Poncho: Oi Dulciita

Maite: Dulcita ? Que intimidade é essa ? É Dulce pra você

Eu: Ignora ela

Poncho: Pode deixar. E então Maite, estuda com a gente ?

Maite: Claaro, como pode não ter me notado ?

Eu: Ela é aquela amiga minha que te falei.

Maite: Então andaram falando de mim ?

Poncho: Falamos sim, você foi muito ignorante ao não esperar a Dul, mas pelo menos viramos amigos.

Maite: Claro que viramos amigos.

Poncho: Sem querer cortar seu barato, mas eu falei amigos pra Dul.

Poncho deixou Maite falando sozinha, e me puxou pelo pulso até um outro local para conversarmos.

O sinal logo bateu, e então entramos para as duas últimas aulas, antes de ir para casa. A tarde estava longa, o primeiro dia é sempre longo, é sempre sem graça, pois você não conhece ninguem. Mas esse ano pela primeira vez foi diferente, eu conheci o Poncho, meu único amigo na escola.

Todos nos olhavam estranho, mas era só isso que eramos, amigos, bons amigos.

O sinal pro fim acabou, juntei meus materiais rapidinho e sai pela porta. Meu primeiro dia de aula havia acabado e eu dava graças a Deus.